Câmara Municipal de Arronches Portugal, Julho de 2009)
212 x 305 mm, 32 p., cor, cartonado
“O crime de Arronches”, um romance histórico de Henrique Lopes de Mendonça, datado de 1924, uma história de amor, desejo, honra e vingança, serviu de base a esta adaptação aos quadradinhos por Eugénio Silva, que é mais um exemplo da forma como as autarquias continuam a apostar nos nossos autores para promoverem o seu património histórico/literário, embora muitas vezes estas obras não entrem no habitual circuito de distribuição, pois são destinadas às escolas e bibliotecas locais.
Situada na vila de Arronches, a história gira em torno do (feliz) casal composto por Gaspar e Margarida e do desejo que esta desperta em Gomes Tição.. Um assassinato e a rivalidade entre o alcaide daquelas terras, o nobre André de Sousa, e o bispo da Guarda, são aspectos marcantes da narrativa, desenvolvida de forma agradável na sua versão aos quadradinhos, entre o tom policial e a crítica de costumes, com a intriga a avançar de forma sustentada e com o autor, por vezes, a trocar as voltas ao leitor, levando-o a seguir/imaginar pistas falsas, o que contribui para tornar a história mais cativante e o desfecho menos esperado.
O traço de Eugénio Silva, que na sua biografia contava já adaptações de Júlio Verne (Matias Sandor) ou as biografias de Eusébio e Inês de Castro, no seu habitual registo realista, servido por uma equilibrada paleta de cores, adapta-se bem à temática, sendo notório o cuidado havido na reconstituição histórica da Arronches do século XVI. A utilização de tons de cinzento nos flashbacks, ajuda a distingui-los e facilita a sua inserção na narrativa principal, sem provocar quebras no ritmo de leitura.
“O crime de Arronches”, um romance histórico de Henrique Lopes de Mendonça, datado de 1924, uma história de amor, desejo, honra e vingança, serviu de base a esta adaptação aos quadradinhos por Eugénio Silva, que é mais um exemplo da forma como as autarquias continuam a apostar nos nossos autores para promoverem o seu património histórico/literário, embora muitas vezes estas obras não entrem no habitual circuito de distribuição, pois são destinadas às escolas e bibliotecas locais.
Situada na vila de Arronches, a história gira em torno do (feliz) casal composto por Gaspar e Margarida e do desejo que esta desperta em Gomes Tição.. Um assassinato e a rivalidade entre o alcaide daquelas terras, o nobre André de Sousa, e o bispo da Guarda, são aspectos marcantes da narrativa, desenvolvida de forma agradável na sua versão aos quadradinhos, entre o tom policial e a crítica de costumes, com a intriga a avançar de forma sustentada e com o autor, por vezes, a trocar as voltas ao leitor, levando-o a seguir/imaginar pistas falsas, o que contribui para tornar a história mais cativante e o desfecho menos esperado.
O traço de Eugénio Silva, que na sua biografia contava já adaptações de Júlio Verne (Matias Sandor) ou as biografias de Eusébio e Inês de Castro, no seu habitual registo realista, servido por uma equilibrada paleta de cores, adapta-se bem à temática, sendo notório o cuidado havido na reconstituição histórica da Arronches do século XVI. A utilização de tons de cinzento nos flashbacks, ajuda a distingui-los e facilita a sua inserção na narrativa principal, sem provocar quebras no ritmo de leitura.
Curiosidade
- O album assinala uma (invejável) tiragem de 5 000 exemplares.
(Versão revista do texto publicado originalmente a 3 de Outubro de 2009, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
Pois... 5000 exemplares e ninguém encontra isso à venda!
ResponderEliminarDo mesmo género tentei comprar as Lendas de Salúquia editada pela Câmara Municipal de Beja, e apesar de ter uma tiragem acima da média, não se encontra à venda em lugar algum. Inclusivamente mandei um mail à referida Câmara, a perguntar como obter o livro, e já lá vão duas semanas sem resposta ao mail (quanto mais o livro...)
Não percebo... tiragens superiores às normais e os livros ficam encalhados em "nenhures"!
Pena...
Abraço
Enganei-me. Era Câmara Municipal de Moura :)
ResponderEliminarMas o mail foi para Moura. O engano foi só no comentário.
:D
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOlá Bongop,
ResponderEliminarÉ bom de vez em quando descobrir que alguém me lê!
Tens razão quanto à não distribuição da maior parte destes álbuns, mas a verdade é que o propósito de quem os edita é, fundamentalmente, a divulgação local da sua história e cultura.
E a verdade é que, desta forma, fogem a um dos grandes males de que sempre sofreu a BD em Portugal: a distribuição.
Para ti ou para quem estiver interessado, fica a informação, de que este álbum - O Crime de Arronches - pode ser adquirido directamente na C. M. Arronches: http://www.cm-arronches.pt/Tempsite/publicacoes.htm.
Abraço!
E já agora, para quem ficou curioso acerca do álbum Salúquia - A lenda de Moura em BD, já pode saber mais sobre ele aqui no blog: http://asleiturasdopedro.blogspot.com/2009/10/fora-das-livrarias-saluquia.html
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