20/12/2010

Rip Kirby, Volume I

Alex Raymond (argumento e desenho)
Bonecos Rebeldes (Portugal, Novembro de 2010)
270 x 348 mm, 56 p., pb, capa brochada com badanas

Aqueles que nas décadas de 50, 60, 70 ou mesmo 80, foram leitores regulares (ou não) especialmente do Mundo de Aventuras ou de outros títulos da Agência Portuguesa de Revistas, de certeza que guardam na memória o nome do detective Rip Kirby. Que muitos até podem ter conhecido sobre o (estranho) nome de Rúben Quirino, na fase em que as revistas infanto-juvenis rebaptizavam os heróis dos quadradinhos para os transformar em heróis lusos.
É especialmente para esses leitores a edição que a Bonecos Rebeldes acaba de colocar nas livrarias, o primeiro volume daquela que pretende ser a reedição integral das tiras de jornal desenhadas por Alex Raymond que criou o detective após ter participado na Segunda Guerra Mundial.
Movendo-se no meio da alta burguesia norte-americana, Rip (aliás Remington) Kirby, de óculos no nariz e cachimbo na boca, apreciador de música clássica e de conhaque, era fleumático, inteligente e ponderado, e privilegiava o raciocínio à acção, embora fosse capaz de recorrer aos punhos ou às armas quando necessário. Ao seu lado estavam sempre o fiel e impassível mordomo Desmond e belas e sensuais mulheres. A sua estreia nos jornais norte-americanos deu-se a 4 de Março de 1946, tendo demorado apenas três anos a chegar a Portugal, como um dos protagonistas do número inaugural do Mundo de Aventuras, com a história “O caso de Medellon Bell”.
Raymond, também criador de Flash Gordon, desenharia o detective durante dez anos, até à sua morte trágica num acidente de automóvel. John Prentice prosseguiria com as suas aventuras, de forma talentosa, até 1999, data em que desenhador e herói se reformaram definitivamente.
A actual edição foi preparada em Portugal, não seguindo a reedição integral (bem mais luxuosa) que a IDW Publishing está a levar a cabo nos Estados Unidos.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias 18 de Dezembro de 2010)

3 comentários:

  1. Carlos Santos21/12/10 09:10

    Pode ter alguma qualidade que justifique 25 euros por 56 páginas uma edição com o selo da Bonecos Rebeldes? Ainda não vi, mas não acredito que tenha.

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  2. Fernando Castro21/12/10 20:23

    Mas aonde quer chegar este editor com um álbum de 56 páginas, de pouca qualidade e a 25 Euros?

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  3. Caros Carlos Santos e Fernando Castro,
    Em primeiro lugar, obrigado pela visita e pelos comentários.
    Depois, as minhas desculpas pelo atraso desta resposta, devido à dificuldade de encontrar o livro para o apreciar.
    Finalmente, uma palavra para dizer que concordo em geral convosco, em especial no que diz respeito à fraca qualidade da reprodução do material apresentado. Nos tempos actuais é fácil fazer melhor.
    Abraço

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