11/04/2011

Johan et Pirluit

A estreia há 65 anos
Há 65 anos, o jornal belga “La Dernière heure”, apresentava pela primeira vez Johan, um cavaleiro da idade média, alto e louro, protagonista de uma tira com quatro vinhetas. O seu autor, era um pouco conhecido Peyo, que viria a retomá-lo de forma ocasional por diversas vezes, até que, em 1952, ele se tornou um dos heróis regulares da revista Spirou, já moreno e, a partir do terceiro episódio, acompanhado pelo pequeno, irrequieto e desastrado Pirlouit. Juntos, viveriam pouco mais de duas dezenas de aventuras de capa e espada, entre narrativas curtas e longas, caracterizadas pelo heroísmo desinteressado de Joahn, as trapalhadas de Pirlouit, muita acção, algum mistério e um toque de fantástico, tudo sob a capa de um humor simples mas eficaz e de alguma ingenuidade. E pelo traço ágil, desenvolto e agradável do autor, servido por cores lisas e quentes.
No entanto, apesar de Peyo várias vezes a ter referido como a sua criação favorita, os dois heróis ficariam mais conhecidos pelo facto de nas suas páginas terem aparecido pela primeira vez, em 1958, no álbum “Les Flûte à six Schtroumpfs”, uns simpáticos anõezinhos azuis, que davam pelo curioso nome de Schtroumpfs.
Depois de mais algumas aventuras em comum, as duas séries dividiram-se, tendo Peyo conseguido conciliar ambas até 1970, data em que o sucesso crescente dos Schtroumpfs, uma criação mais original e divertida, o levou a abandonar os seus heróis de eleição.
Em Portugal, a série estreou-se em Julho de 1960, no “Álbum do Cavaleiro Andante #74”, rebaptizada como João e Pirolito. Voltaria depois, com a mesma denominação (ou como Joanico e Pirolito) no “Zorro”, “Jacaré”, “Nau Catrineta” e “Spirou” (2ª série), tendo a União Gráfica editado três álbuns nos anos 60: “O Juramento dos Vickings”, “A Flauta de Seis Schtrumpfs” e “O Anel dos Castellac”.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 11 de Abril de 2011)

6 comentários:

  1. Épá...
    Isto traz-me saudades da revista Spirou...

    Abraço

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  2. Olá Bongop!
    Suponho que falas da Spirou portuguesa, de que apenas tenho a 2ª série, que comprei toda de uma vez, já ela tinha acabado há alguns anos...
    Por isso, não posso dizer que tenha saudades da revista, uma vez que não a vivi como tal.
    Mas que tinha boas séties, isso é indiscutível: Sibylline, Marc Lebut, Jerry Spring, Natacha..., estavam entre as minhas preferidas!
    Boas (re)leituras!

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  3. Sim, falo da 2ª série!
    No dia da saída de mais um número, lá estava já à espera um puto tótó pronto para ser o primeiro a comprar!
    Havia séries que tinham uma grande magia para mim, provavelmente agora já não, mas na altura era emocionante!
    :D
    É claro... como todos os putos estúpidas da altura, acabei por deixar desaparecer todos os números...

    Abraço

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  4. Bem-vindo de novo, Bongop!
    Eu fiz isso vezes sem conta com o Mundo de Aventuras, chegando ao ponto de correr todos os quiosques por onde passava para saber se por acaso lá a revista já tinha chegado!
    E se guardei todos os exemplares do MA, desfiz-me de outras revistas de que hoje me arrependo...
    Abraço!

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  5. Manuel Caldas16/4/11 00:05

    Quantas histórias podia eu contar sobre as esperas que fazia desta e daquela revista, as demandas intermináveis, as idas e vindas ("talvez chegue no próximo comboio, com os jornais da tarde"), mas entro aqui só para dizer que me lembro perfeitamente de quando saiu o 1º número DA PRIMEIRA série do "Spirou", que comprei depois de uma espera de muito mais do que um ano, desde o primeiro anúncio na revista "Tintin".
    "Há q'anos!", como diz o meu irmão.

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  6. Caro Caldas,
    Parece que todos os que tivemos o privilégio de ler revistas de BD temos histórias dessas para contar... Bons tempos!
    Abraço!

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