Gianluigi Bonelli (argumento)
Guglielmo Letteri (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Novembro de 2011)
135 x 175 mm, pb, 162 p., brochado
R$ 13,90 / 7,00 €
1.
Esta é uma aventura de Tex atípica, para não escrever
mesmo de todo invulgar.
2.
Desde logo porque ao longo dela, o ranger não
dispara um único tiro, nunca empunha uma arma, não anda à pancada com ninguém,
não persegue facínoras em longas cavalgadas, não defronta índios nem mexicanos…
3.
Mais ainda, porque Tex está ausente de 49 das
suas 149 pranchas (cerca de 33% do relato) e não tem qualquer influência – bem pelo
contrário - no desenlace final.
4.
(O que justifica a sua omissão nas imagens que
escolhi para ilustrar este texto).
5.
Depois, pela forma bastante invulgar em Tex,
como o argumentista introduz a história, numa página de vinheta única, em que afirma
tratar-se de um acontecimento real que lhe teria sido contada por alguém.
6.
Em acréscimo ao que já não era pouco, grande
parte do relato assume um tom “científico”, com enunciação de hipóteses e realização
de experiências para as confirmar (ou não) – no contexto da época, bem
entendido - com El Morisco a surgi como protagonista na avaliação da origem da ameaça,
o que faz de Tex e dos seus habituais companheiros pouco mais do que meros
figurantes em mais um significativo trecho do relato.
7.
Finalmente, porque esta estranha história – originalmente
datada de 1974 – tem na sua origem uma forma de vida extraterrestre, que chega ao
território do Arizona num meteorito, logo no seu início, e assume o papel de
ameaça que Tex vai combater.
8.
Desta forma, quanto mais não seja pelo seu invulgar
tema e pelo atípico desenvolvimento, já se justifica a leitura de “A flor da
morte”.
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