O Juramento
dos Cinco Lordes, 21.º álbum das aventuras de Blake e Mortimer chegou às
livrarias nacionais no passado dia 16 de Novembro, numa edição da ASA lançada em simultâneo com a francófona,
tendo como grande novidade a interacção dos heróis criados por Edgar P. Jacobs
com uma personagem real, o aventureiro Lawrence da Arábia.
Parte da
tiragem da edição portuguesa tem uma capa variante criada especialmente para o
nosso país, para venda exclusiva nas lojas FNAC.
Nono álbum
após a morte de Jacobs e quinto assinado por Yves Sente e Andre Juillard, apresenta
como curiosidade a ausência de Olrik, o grande adversário da fleumática dupla
britânica, e a sua acção situa-se entre A Marca Amarela e O Caso do Colar,
marcando o regresso dos heróis a Inglaterra, depois de nas últimas aventuras terem
percorrido boa parte do globo. Nele é também desvendada parte da juventude de Francis
Blake, como chegou a capitão dos serviços secretos ingleses e o papel decisivo
que teve no desaparecimento de Lawrence da Arábia, cuja morte num acidente de
mota, em 1935, ficou envolta em mistério.
No mercado
francófono, este é um dos lançamentos mais aguardados do ano e será com certeza
um dos best-sellers de 2012, tendo uma tiragem inicial de 450 mil exemplares, bem
como uma segunda edição no formato de tiras. A importância deste lançamento
pode ser também aferida pelo facto de ter sido publicado em tiras diárias nos
jornais Ouest-France e Le Soir durante o verão e pelas exposições que lhe são agora
dedicadas em Paris, Bruxelas e Neuchatel.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 23 de Novembro de 2012)
Sinceramente, achei este album uma decepção total. Este album está longe da riqueza dos albuns de Jacobs e é nefasto para a obra deste. A quantidade absurda de mortes que ocorrem e a forma como as mesmas são tratadas, a história pouco rica, pouco vibrante, até infantil, sem um rico contexto histórico, arqueológico ou cientifico e a aventura e suspense que nos prendem quando lemos um album do Jacobs, um desenho pobre e que descaracteriza os personagens. Em suma um argumento pobre e simplório com um desenho amador fazem deste album o pior de todos os albuns do Blake & Mortimer.
ResponderEliminarCaro anónimo,
EliminarSe partilho a decepção com o traço de Juillard - que é capaz de fazer muito melhor, como já o demonstrou - confesso que não desgostei do argumento, embora privilegie em exclusivo o tom policial.
E achei que a ancoragem na realidade, através da presença de Lawrence da Arábia, foi uma mais-valia.
Mas enfim, gostos não se discutem...
Obrigado pela sua participação!
Boas leituras!