21/11/2013

Hit-Girl









Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White e Michael Kelleher (cor)
Panini Comics
Espanha, Julho de 2013
185 x 280 mm, 136 p., cor, cartonado
15,00 €


Depois do sucesso dos dois tomos de Kick-Ass, Millar decidiu preencher o vazio entre eles e assim nasceu este Hit-Girl que, apesar do protagonismo da doce (?!) Mindy, dedica também bom número de páginas à busca de si mesmo e dos instrumentos para a sua vingança encetada pelo jovem Chris Genovese, passando para plano inferior – e depois afastando mesmo - o protagonista inicial.
Com a trama claramente ambientada num universo que se pretende realista, com a sombra dos (verdadeiros) super-heróis sempre a pairar, como modelo e exemplo – e a busca iniciática de Genovese, à imagem da de Bruce Wayne, é um achado de ironia e sarcasmo – o choque das explosões de hiper-violência continua a abalar os leitores, até pelo facto de serem em menor número nesta compilação dos cinco comic-books da edição original.
Millar continua a divertir-se à grande – e, assim, a divertir-nos a nós – jogando neste tomo com o impossível das situações super-heróicas face ao realismo da crueldade adolescente das colegas de escola de Mindy (que tenta a todo o custo fazer-se aceitar e viver uma vida normal…), numa narrativa que, desta forma, continua ambiguamente a balançar entre a abordagem séria e a desconstrução dos princípios que regem os universos – Marvel e DC Comics – de super-seres.
Quanto a Romita Jr., se despoja ainda mais o seu traço de pormenores – por vezes excessivamente…? – enquanto acentua o lado caricatural do tratamento que dá a (algumas d)as personagens, continua a dar lições de enquadramento e de dinamismo, adequando-os aos diferentes momentos que o ritmo narrativo vai impondo em função da acção.
A edição, mais uma vez impecável, fecha com algumas das capas alternativas originais, onde se encontram as assinaturas de Geof Darrow, Phil Noto ou Bill Sienkiewicz. 


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