09/12/2013

Entrevista com José de Freitas: “Tenho ideias para muitas colecções de BD!”







Em cerca de ano e meio, a Levoir editou em Portugal mais de meia centena de livros de super-heróis, em parcerias com os jornais Público e Sol.
Por detrás das mais de 10 mil páginas editadas está José de Freitas, consultor para a banda desenhada da Levoir, com quem as Leituras do Pedro conversaram, em especial sobre a (complicada) orgânica subjacente a este tipo de edições, mas também acerca do que ditou as escolhas feitas e das novas colecções que poderão estar a caminho.
Todas as respostas, já a seguir.


As Leituras do Pedro - De quem partiu a ideia da colecção Super-Heróis Marvel?
José de Freitas - Foi originalmente uma ideia da Levoir, já que a Silvia Reig (CEO e sócia fundadora da Levoir), viu em Espanha uma colecção semelhante que a Panini estava a distribuir em bancas e gostou muito do formato.
Como a Levoir sempre teve um relacionamento forte com o Público (e com outros jornais), ela teve logo naturalmente a ideia de fazer algo semelhante em Portugal, mas associado a um jornal, e o Público, tendo uma tradição já de vários anos de editar colecções de banda desenhada parecia ser o jornal preferencial. Como houve interesse, a colecção avançou. Felizmente! Para além do facto, claro, de ser possível fazer essa colecção só com títulos inéditos em Portugal, numa altura em que as únicas edições de Marvel que se vendiam no nosso país eram as distribuições das revistas brasileiras da Panini.

ALP - Após decidirem avançar com uma colecção deste género, quais os passos a dar?
JF - É uma pergunta difícil de responder genericamente, já que há muitas alternativas. Uma coisa é editar uma colecção que já existe no estrangeiro, outra é criar uma colecção ou um conceito de raiz. Uma coisa é editar uma colecção de livros cujos direitos pertençam todos ao mesmo proprietário, outra coisa editar uma colecção em que é necessário negociar os direitos de cada livro, ou de vários grupos de livros, com licenciadores diferentes.
Mas naturalmente os passos óbvios são os de negociar os direitos e pagar os adiantamentos sobre as vendas, ter uma equipe que possa assegurar a produção dos livros - desde idealizar o grafismo até traduzir, legendar, tratar de tudo o resto, como textos de apoio, etc…. - enfim, entregar os livros prontos a imprimir. Pensar o marketing, não só em termos de que tipo de anúncios (e criar graficamente e em termos de conteúdo esses anúncios), mas também em termos do orçamento que se vai atribuir a isso, dependendo também do PVP e da quantidade de livros (quer em termos de volumes individuais, quer em termos de tiragens e de vendas previstas), enfim: o normal da edição mas com prazos mais apertados e ritmo de lançamento e de trabalho mais intenso, e com mais intervenientes no processo (e investimentos maiores, claro).

ALP - Que limitações têm de enfrentar? Que tipo de impedimentos pode ‘vetar’ um título escolhido?
JF - Depende das colecções. Cada caso é um caso e os licenciadores também são variados. Há limitações que podem ter a ver com a ideia que o detentor dos direitos tem para as suas propriedades - tipo “Não queremos que se incluam livros desta fase, ou não se podem fazer estas histórias sem fazer aquelas ao mesmo tempo”, etc…
Outras podem ter a ver com a interferência nos planos editoriais de quem está a trabalhar o mesmo material noutros canais. Foi o caso, por exemplo, da colecção dos Heróis DC em que nos foi pedido que nesta altura não se editassem histórias dos Novos 52 para não haver sobreposições ou repetições com o material que a Panini está a lançar neste momento em Portugal.
Finalmente, existem limitações de ordem técnica. Por exemplo, há títulos que não estão disponíveis ainda em formato electrónico, digitalizados, e por isso não é opção fazê-los. Foi o caso, por exemplo, da história Judas Contract, dos Teen Titans, do Marv Wolfman e do Geroge Pérez, ou do Hawkworld, do Tim Truman.
No caso específico destas colecções, e como elas têm um “tema” razoavelmente firme, ou seja: histórias que ajudem a apresentar heróis ou fases importantes da sua história, e que sejam bastante auto-conclusivas sem requerer demasiado conhecimento do que está para trás, existem também condicionamentos editoriais.

ALP - Qual o tempo de vida que têm as sobras destas colecções após serem editadas com o jornal, antes de serem destruídos?
JF - Mais uma vez, é muito variável consoante as colecções e o contrato negociado. Existem casos em que a colecção SÓ pode ser vendida naquele canal e que o contrato especifica quantas distribuições podem ser feitas em bancas associadas a um dado jornal, por exemplo. Noutros casos, podem ser admitidas outras distribuições. Na grande maioria dos casos é possível o editor negociar, após o fim do prazo inicial do contrato, um novo mínimo garantido para ter o direito de continuar a vender os livros e escoar as sobras.
No caso dos livros da Levoir o contrato autoriza a venda em muitos canais de distribuição por um período adicional. Não sei se admite renegociação para prolongamento do prazo. Mas já tem havido distribuição noutros canais, nomeadamente na FNAC e nas livrarias Book.it, por exemplo.

ALP - É possível saber tiragens ou vendas das colecções Marvel e DC Comics já editadas? Ou pelo menos qual delas vendeu mais?
JF - Não me compete a mim revelar números exactos, já que sou apenas um colaborador externo da Levoir. Terias que perguntar esses números à Levoir directamente. Mas claramente a Marvel vendeu mais do que a DC, embora as vendas desta tenham sido boas também.

ALP - Há grandes oscilações de vendas entre os diversos títulos destas colecções?
JF - Nem por isso. O primeiro vende sempre muito mais, por ter um preço promocional, e por haver muitos leitores que compram para terem uma ideia do que a colecção vai ser, mas de seguida as vendas seguem uma curva muito parecida de colecção para colecção. Uma série de quebras mais ou menos acentuadas ao longo dos 3 ou 4 primeiros, seguidas de uma estabilização em que as vendas vão caindo até ao final, mas ao longo duma curva bastante suave e progressiva, o que indica que existe mesmo um fenómeno de “coleccionismo”. Quem aguentou até aos volumes 3 ou 4, em princípio fica a coleccionar até ao fim.

ALP - Quando se iniciou a colecção Super-Heróis DC Comics com o Público, já havia a hipótese de lançar uma ‘série II’?
JF - Honestamente, não sei como foram as negociações. Mas considerando que na Marvel se prolongou a colecção com mais uma série, penso que deve existir sempre na cabeça de quem idealiza a colecção a possibilidade de a prolongar se as vendas o justificarem.

ALP - O que levou a que a ‘série II’ transitasse para o Sol?
JF - Mais uma vez não conheço as negociações, já que são coisas que não me tocam a mim. Mas o facto do Público estar a ter uma colecção importante do Astérix em simultâneo deve ter a ver com isso, para não haver demasiada sobreposição no mesmo jornal de colecções diferentes de banda desenhada.

ALP - Que podes adiantar de novo em relação a esta colecção?
JF - Ela é um prolongamento natural da primeira série, e inclui personagens que não entraram na primeira porque não “cabiam”, como por exemplo Gavião Negro ou os Novos Titãs, por exemplo, porque já havia bastantes heróis novos, e porque é preciso alternar títulos menos fortes com outros mais comerciais, o que na DC significa… Super-Homem e Batman. Tal como a primeira, ela procura apresentar histórias importantes na cronologia da DC, bem como alguns novos heróis. Houve coisas que saltaram fora, até porque o detentor dos direitos levou muito tempo a aprovar a lista definitiva e a vetar alguns livros, obrigando-nos a encontrar outros títulos para os substituir. Por exemplo, não foi possível encontrar uma história disponível do Aquaman no tempo que tínhamos, e houve outras histórias (do Batman, por exemplo) que também não puderam ser incluídas por causa dessa pressa inicial de arranque da colecção.
Se olharmos para as duas colecções, elas funcionam muito bem em conjunto, e têm alguns aspectos simétricos. Por exemplo, é preciso olhar para as duas colecções para encontrar duas histórias de Elseworlds, uma do Batman e uma do Super-Homem. Mas por outro lado, e por respeito com o cliente da série II, que é novo, era importante que a colecção também funcionasse sozinha, e acho que funciona bem.

ALP - Se as vendas o justificarem, é possível termos uma ‘série III’ já de seguida?
JF - Parece-me pouco provável! Nunca podemos dizer “não” liminarmente, claro, mas existe um cansaço natural, e deve-se fazer uma pausa entre colecções deste tipo.

ALP - As maiores críticas a estas colecções têm recaído nas capas. Quem faz o seu design? Porque não utilizar a capa de um dos comics incluído no volume?
JF - Uma colecção deste tipo tem que ter um design unificado, ou seja, à partida deve ser possível olhar para qualquer um dos volumes e ver logo que pertence por exemplo, a “uma das colecções de super-heróis da Levoir”. Isso invalida que se use directamente as capas originais. Neste caso optou-se desde início por um tipo de capa com recorte de uma ou mais personagens, com uma cor de fundo que variasse de volume para volume.
A selecção prévia das imagens é feita por nós (ie. a equipe que produz os livros para a Levoir), mas o design inicial é definido pela Levoir (e pelas equipes de marketing dos jornais envolvidos), e cada capa tem que ser aprovada pela Levoir e pelo outro cliente (Público e Sol, por exemplo), e muitas vezes com alguma intervenção da equipe de marketing que faz os anúncios etc… E finalmente tem que ser aprovada pelo detentor dos direitos.
Há que distinguir aqui vários tipos de colecções. Quando se faz uma colecção do Asterix, ou uma colecção do Tomb Raider, como fizemos para o JN há muitos anos atrás, usam-se as capas originais (e no caso dos comics temos normalmente escolha, porque um livro/revista português inclui vários comics US) e podem-se acrescentar alguns elementos próprios para distinguir a colecção dos livros soltos que são normalmente editados.
Mas no caso de colecções que misturam vários heróis, é mais complicado. Se se lembrarem por exemplo da Série Ouro de banda desenhada que o Correio da Manhã editou há muitos anos atrás, que estava organizada por heróis, aqueles livrinhos pequenos em formato próximo do A5, optou-se por um grafismo de fundo branco, barras coloridas (com cores que iam variando de volume para volume) em cima e em baixo, e uma bola central onde se encaixava a personagem (por vezes a sair da bola).
No caso da Levoir, tem-se optado por aquele design, e as dificuldades têm recaído mais sobre as figuras que se vão colocar na capa depois de recortadas. Sabendo que, por exemplo, por vezes há desenhos de capas originais que não podem ser usados porque as figuras não se conseguem recortar ou estão incompletas.
É mais complicado do que parece!

ALP - Já há rumores sobre uma nova colecção Marvel para 2014? Têm algum fundo de verdade?
JF - Dado o sucesso da colecção da Marvel anterior, e o facto de 2014 ser um ano grande para a Marvel em termos de estreias de filmes (Homem-Aranha, X-Men), existe interesse, claro. Não me parece que haja impedimentos de maior, mas não sou a pessoa ideal para responder.

ALP - Que outras colecções gostarias de editar nesta área?
JF - Como editor, tenho ideias para MUITAS colecções! Mas na verdade, embora funcione muito como consultor da Levoir para banda desenhada, a palavra final pertence-lhes sempre a eles, e ao jornal que “comprar” a ideia. Num país com pequenas dimensões e mercado limitado como o nosso, não devemos ter ilusões. As únicas colecções deste tipo terão que ser de títulos muito comerciais, o que inviabiliza muitas das minhas ideias….

ALP - Achas viável uma colecção de ‘graphic novels’?
JF - Tudo depende dos formatos pensados para uma colecção desse género, e sobretudo de que jornal a lançasse e que abordagem teria ao tema. Trata-se dum tipo de banda desenhada que em anos recentes teve casos fortes de sucesso no nosso país, embora como “tipo de banda desenhada” também inclua títulos que são importantes e deveriam figurar numa colecção deste género, que são à partida bastante menos comerciais. Parece-me uma colecção viável, e com potencial interesse, mas que exige cuidados especiais.

ALP - O futuro da BD em Portugal passa principalmente por este género de edições com jornais, um segmento que tem ganho cada vez maior relevância nos últimos anos?
JF - Não sei. Antes do mais, na minha opinião, o futuro da banda desenhada passo pelo futuro dos livros em geral, e os sinais não são encorajadores, para mais ainda com a crise que vivemos. Estou um pouco longe dos números de vendas em livrarias e FNACs, mas na verdade, por conversas que tenho com amigos na Devir por exemplo, ou noutras editoras, a ideia que tenho é que a crise geral do mercado livreiro vem-se agudizando de ano para ano. Na minha opinião, o facto da maioria da BD (acho que a maioria, mas não tenho a certeza) que se editou em Portugal no último ano e meio ser em quiosques, e em associação com jornais, é mais um sintoma do desaparecimento das livrarias do que outra coisa.
Sempre houve colecções de banda desenhada em quiosques associadas a jornais, não é uma novidade. Eu próprio na Devir dirigi cinco, entre 2003 e 2005, com o Blitz, o Correio da Manhã e o Jornal de Notícias, e não é segredo para ninguém que as vendas nessa altura eram muito superiores às vendas que se conseguem hoje em dia em bancas com jornais. O volume que dedicámos ao José Carlos Fernandes na colecção do Correio da Manhã vendeu mais de 14.000 exemplares! Não sei os números de venda dos volumes da Levoir, mas se considerarmos que as vendas do Público em bancas em 2012 rondaram os 20.000 exemplares, a sensação que me dá é que o primeiro volume da colecção Marvel do ano passado não vendeu isso de certeza.

Estas colecções que se têm feito em bancas não são novas, a ASA nunca deixou de as fazer, e em cada ano fez duas ou três com o Público. O que é novo é o Público ter apostado nos comics americanos, algo que nunca tinha feito, e que por uma estranha coincidência, fez exactamente na mesma altura em que a Planeta de Agostini lançou a sua mega-colecção da Guerra das Estrelas, mas essa também só apareceu por um conjunto de coisas algo estranhas ao mercado português.
 Essa colecção é uma espécie de canto do cisne da Planeta em Espanha, que vai perder os direitos dos comics Star Wars para o ano, porque com a compra da Lucasfilms pela Disney, os comics passarão para a Marvel, e deixarão a Dark Horse. Assim, a Planeta deve ter pensado lançar uma mega-colecção para refazer stocks dos livros, reeditar tudo e “secar” um pouco o terreno à sua volta para adiar ao máximo a entrada da Panini neste mercado em Espanha. E Portugal beneficiou de alguém na Planeta ter decidido co-imprimir os livros em português. E ainda bem! É uma colecção excepcional. E como as colecções que a Levoir fez para o Público dos super-heróis também foram excelentes, num total de 55 volumes, podemos dizer que para leitores de comics em geral, foi um ano excepcional mesmo!
Mas de repente, em cerca de dois anos, saíram 55 livros de super-heróis e 70 de Star Wars, mais possivelmente algo que a Levoir faça para o ano, em formato americano relativamente semelhante, ou seja, 160 a 200 páginas a cores e capa dura, a preço muito acessível. É um daqueles acidentes de percurso que pode vir a ter muito impacto para o futuro, porque habitua o público a um formato, um nível de preços, uma regularidade e um tipo de banda desenhada que já há uns anos não saía com frequência em Portugal. Pode ser que seja essa uma saída, mas sobretudo, creio, para este tipo de banda desenhada americana que se verga bem às exigências desse canal de distribuição. Eu, pessoalmente, espero ver mais colecções deste tipo, mas não sei se o sucesso destas colecções é replicável para todos os tipos de banda desenhada e de géneros.
Nunca é de menos enfatizar o tamanho destas colecções. Muitas pessoas não se dão conta, mas 30 livros da DC correspondem grosso modo a mais de 5000 páginas de BD, e se compararmos isso com as edições regulares da Devir há uns anos atrás, em que se editavam duas ou três revistas mensais, uma só colecção de comcis deste tipo é o equivalente a dois ou três anos de produção da Devir de então! Nada mau, e acho que estão de parabéns a Levoir e o Público por terem proporcionado esta oportunidade aos leitores portugueses de constituir uma espectacular biblioteca quase-ideal de super-heróis!

6 comentários:

  1. Muito obrigado por este entrevista e fico, desde já, ansioso pela eventual continuação da coleção da Marvel.
    Todos os envolvidos nesta coleção de super-heróis, quer da Marvel, quer DC, estão de parabéns. Foi uma necessária injeção no panorama dos Comics em Portugal. Agora é esperar pelo resultados.

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    1. Caro SAM,
      Obrigado pelas suas palavras.
      Os resultados têm sido sem dúvida bons, senão não teríamos tido a aposta repetida neste género.
      Quanto a uma nova colecção Marvel, não sendo ainda uma certeza, é sem dúvida uma forte hipótese para 2014.
      E bem interessantes, são alguns dos outros projectos do José de Freitas, que eu, pessoalmente, gostaria mais que se concretizassem! Embora entenda perfeitamente que a temática de super-heróis seja comercialmente mais viável...

      Boas leituras!

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  2. Boas tardes, Pedro. Obrigado pela oportunidade de fazer e3sta entrevista, e pela compreensão pelo seu LONGO atraso...

    A idade não perdoa a ninguém, os anos passam e vou-me esquecendo das coisas.... O meu colega Rui Alves acaba de me corrigir algumas das informações que aqui dei, relativamente às colecções com jornais que orientei ainda no tempo da Devir: foram na realidade duas as colecções que coordenei para o JN, a do Ultimate Homem-Aranha e a do Hulk, e não a do Tomb Raider; essa saiu sim, mas no Record! Uff. Está feita a correcção, e estou aqui disponível para mais alguns esclarecimentos (se os puder prestar) no caso de alguém querer fazer outras perguntas.

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    1. Pois é, só os heróis de BD escapam ao envelhecimento... e não são todos!
      É verdade, a do Tomb Raider foi com o Record...
      E obrigado pela disponibilidade para esclarecer dúvidas que a entrevista possa suscitar ou para responder a perguntas de que eu não me tenha lembrado. Aproveitem, visitantes de As Leituras do Pedro!

      Boas leituras!

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  3. Eu tambem acho a pausa necessaria alias foi por isso que nao embarquei na Megalomania de Star Wars.Quanto a Queda das vendas em bancas e livrarias de outras bds é natural devido ao preço elevado e ao longo espaço entre ediçoes..

    "o futuro da banda desenhada passo pelo futuro dos livros em geral, e os sinais não são encorajadores, para mais ainda com a crise que vivemos"

    Não sei em parte sim mas o digital la fora ja tem um grande peso.

    " Por exemplo, há títulos que não estão disponíveis ainda em formato electrónico, digitalizados, e por isso não é opção fazê-los. Foi o caso, por exemplo, da história Judas Contract, dos Teen Titans, do Marv Wolfman e do Geroge Pérez, ou do Hawkworld, do Tim Truman."

    Ai não acredito que a Dc não vende-se podia era ficar mais caro visto que a reedição Hawkworld esta quase a sair.E já nem falo da linha Dc comics presents que reedita sagas do passado em ediçoes sc a 7.99 e 9.99 com 100 paginas cada.E é George Pérez.

    "Muitas pessoas não se dão conta, mas 30 livros da DC correspondem grosso modo a mais de 5000 páginas de BD, e se compararmos isso com as edições regulares da Devir há uns anos atrás, em que se editavam duas ou três revistas mensais, uma só colecção de comcis deste tipo é o equivalente a dois ou três anos de produção da Devir de então! "

    Aqui já é um bocado falasio porque nunca havia só 3 revistas tirando o 1 ano havia sempre diversos tpbs anos quase sempre 1 ou 2 por mes.
    Agora a parte que eu gosto do preço e de alguns extras.Para alem das capas as nas traduçoes dc principalmente acho que falta senso.Mais valia manter o original como uma certa editora já fez ou usar os termos brasucas popularmente conhecidos.Quanto as capas bem muitas são bem nhe tipo a Batman Renascido e Terra 2.

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  4. Confesso que não sou grande fã de BD em formato digital, embora dê o braço a torcer e reconheça que nos iPads os comics já passam quase perfeitamente. Mas é preciso ver o seguinte: a qualidade necessária para fazer um comic digital, não é a mesma necessária para poder imprimir um livro em papel a partir dele.

    O problema não é a DC não vender os ficheiros electrónicos, é eles não existirem. O do Hawkworld está de facto em fase de digitalização (o trade novo deve sair lá para Maio), mas os ficheiros só estarão disponíveis para aquisição por outras editoras a partir de 1 de Fevereiro. Não a tempo da nossa colecção...

    Sim, é verdade, a Devir fazia também bastantes livros, que tinham regra geral entre as 100 e as 144 pgs (chegámos a c. 30 num ano), mas citei as revistas como exemplo de comparação, para os leitores se darem conta do que representam 30 álbuns deste formato. Podia ter dito também que era o equivalente a 60 formatinhos dos da Abril (grosso modo). Muitas páginas, e muito trabalho!

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