06/03/2014

Homem-Aranha Superior #0/#1








Sejamos claros: o pretexto que está na origem do Homem-Aranha Superior é um absurdo. Mais a mais, um absurdo insuficientemente explicado.
Mas, será que uma história que parte de um absurdo pode dar origem a uma boa história?
Para saberem a minha resposta, têm que continuar a ler, já a seguir.


Antes dessa resposta, abro um parêntesis para uma provocação: mas não é o universo Marvel - tal como o da DC Comics e todos os outros de super-heróis… - baseado num enorme absurdo: a existência de seres com superpoderes, originados por acidente ou mutação genética?
E, se o(s) aceitamos assim, pacificamente, custa tanto a admitir que – como é mostrado no Homem-Aranha Superior #0 - o Dr. Octopus, às portas da morte, tenha conseguido um processo - mal explicado, apesar de tudo, volto a frisar - de trocar de corpo com Peter Parker e assumir a identidade de Homem-Aranha?
Penso que a grande questão em torno do Homem-Aranha Superior é, possivelmente, o facto de este arco (cuja duração será, já sabemos agora, pouco mais de um ano) estar incluído na cronologia geral do Aranha e não ser uma mini(ou maxi)-série do género What if…

Fechado o parêntesis, volto então à questão que abre este texto: a verdade é que a mudança de ocupante do disfarce de Homem-Aranha, implica – também, senão não faria sentido – uma mudança de mentalidade, o que traz às histórias já contadas (no Homem-Aranha Superior #1) um tom diferente e mais fresco, com o habitualmente inseguro Pater Parker a ser substituído por um determinado, pretensioso, (mais) violento e (mesmo) amoral Octo Octavius. A presença do espírito (?) de Parker funciona como uma (incómoda) consciência – tal como o Grilo Falante do Pinóquio! – que impede que o novo Homem-Aranha Superior passe (demasiado d)os limites, nomeadamente no que respeita a espancar (ou mesmo matar) os adversários.
Depois – pela novidade do tom ou porque era mesmo disto que eu (e outros leitores habituais?) esta(á)va(mos) a precisar – a verdade é que a nova forma de relacionamento do herói com Mary Jane ou os novos olhos com que J. J. Jameson vê aquele que até há pouco era apenas uma enorme ameaça, são contributos para dar um novo interesse às histórias e torná-las mais estimulantes.
Como bem conseguido foi – e volto ao Homem-Aranha Superior #0 – a forma como o quase moribundo Peter Parker conseguiu dar a volta (moralmente) a um Octo Octavius que se aprestava para assumir o herói aracnídeo e transformá-lo num (hiper-)vilão.
Dan Slott passa, então, em minha opinião, se não com distinção, pelo menos com uma boa nota, por este complicado exame, mostrando que, sim, é possível partir de um absurdo (dentro de outro absurdo?) para criar uma boa (série de) história(s).
Fico (para já…) cliente, disposto a confirmar a actual (boa) opinião.

Homem-Aranha Superior #0: Último desejo
Dan Slott (argumento)
Richard Elson e Humberto Ramos (desenho)
Victor Olazaba (arte-final)
Antonio Fabela e Edgar Delgado (cor)
Panini Comics
Portugal, Fevereiro de 2013
170 x 260 mm, 112 p., cor, brochado, 8,95 €

Homem-Aranha Superior #1
Dan Slott (argumento)
Ryan Stegman (desenho)
Victor Olazaba (arte-final)
Edgar Delgado (cor)
Panini Comics
Portugal, Fevereiro de 2013
170 x 260 mm, 72 p., cor, brochado, mensal, 3,50 €

25 comentários:

  1. pedro antes de mais gostei de ouvir a tua opiniao e para ja do que li desta historia acho interessante esta nova fase do homem aranha
    sou honesto so comecei a ler comics quando a levoir lançou estas coleçoes e hoje em dia tenho cada vez mais interesse para ler e saber mais sobre os super herois tanto da dc como da marvel por isso nao tenho uma opiniao mt fundamentada como certos leitores podem ter porque sempre leram homem aranha e talvez isto nao seja tao facil de aceitar como foi para mim
    Eu pessoalmente gostei de ver esta nova personalidade do homem aranha e um dos pequenos defeitos que tenho a apontar tb foi quando tudo mudou a historia do octopus mudar para peter parker tambem achei um pouco estupido e secalhar confuso mas no superior #1 ja gostei de ver este novo "peter parker" em acçao e espero anciosamente pelos proximos capitulos :)

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    1. Skillzofdead,
      Não ter 'memórias' muitas vezes é a melhor forma de apreciar histórias, embora por vezes o desconhecimento de personagens possa ter o feito contrário.
      No caso presente, acho que é bom conhecer o 'velho' Aranha, para apreciar melhor o Superior...

      Boas leituras!

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  2. Embora a polémica tenha sido enorme aquando a saída desta série, posso desde já assegurar que a partir de agora vão ver o Homem Aranha a fazer coisas que nunca fez e a um nível impossível para Peter Parker.
    Esta é uma revolução que irá acabar, como todas, mas que vai ser uma das mais marcantes de sempre...acreditem...continuem a ler e a vibrar com Homem Aranha Superior.

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    1. Nuno,
      A leitura das primeiras histórias deixou-me essa expectativa...

      Boas leituras!

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  3. Acontece por vezes os leitores demonstrarem-se aversos a mudanças nos personagens que por norma são temporárias e depois podem acontecer uma de 3 coisas: ou corre tudo bem como nos casos da morte e regresso do Superman e da saga da Queda do Morcego em Batman; ou corre mal como no caso de Heroes Reborn da Marvel; ou pode correr bem e mal como no caso da saga do clone do Homem-Aranha.

    Relativamente ao caso de Superior Spider-Man, a maioria das críticas é francamente positiva, considerando este o melhor comic Marvel da atualidade e o comic regular mais vendido.

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    1. Reignfire,
      Segundo o teu raciocínio, o Homem-Aranha Superior deveria ter continuado mas a verdade é que este (mega.)arco vai terminar em breve nos EUA. Claro que ainda não sabemos como vai ser o futuro Homem-Aranha, mas muitas vezes o melhor é terminar em grande do que deixar definhar uma boa ideia...

      Boas leituras!

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    2. Sim, eu sei. Lá por saber que Superior Spider-Man está indo bem, não significa que eu acho que essa fase devesse ter continuar. Como disse, estas fases são sempre temporárias, normalmente duram um ano, e este caso não foge à regra. E eu próprio previa que no mês de estreia do filme do Aranha 2 que o verdadeiro Peter Parker iria voltar. O que eu acho que deve continuar é o Dan Slott continuar a ser o timoneiro da revista principal do Aranha. O saldo do trabalho elaborado por ele à frente do personagem é francamente positivo e que se diz na gíria futebolística - equipa que ganha não se mexe. A única coisa que critico no Aranha é a aposta contínua no Humberto Ramos e naquele estilo de desenho.

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    3. Eu por acaso gosto do Ramos, Reignfire... ;)

      Boas leituras!

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  4. Boa tarde amigos,

    É a primeira vez que por aqui vou comentar, e que comento num blog de banda desenhada. Apesar de tal como todos que por aqui andam, ser um apaixonado pela mesma.

    Venho aqui para fazer um texto que penso que vale a pena pensarmos nisto, que diz respeito ao momento passado e atual da banda desenhada em Portugal, no que diz respeito aos lançamentos Marvel (atualmente) e Marvel,DC, Image, etc (no passado).

    Ora vejamos: se a nossa época de ouro foi a época da Abril, e depois foi sempre em declínio com a Devir, e mesmo agora com o novo projeto da Panini, quais os motivos de isso acontecer?

    Vários pontos que para mim são muito importantes e que separam a "época de ouro" com a atual e passado recente. Vejamos então:

    Com a editora Abril tínhamos: maior diversidade de títulos (Marvel, DC, Image, entre outras); preços mais acessíveis;as revistas eram em formatinho; a distribuição era muito superior e não faltava em qualquer papelaria ou quiosque que fosse e não menos importante, a crise econômica do país não era tão acentuada.

    Com a Devir e agora com a Panini temos: Menos títulos, revistas em formato americano com menos páginas e mais caras, distribuição fraca e crise do país mais acentuada.

    Pois bem amigos bedéfilos, desde já deixem-me dizer que sou um saudosista e como tal sou mais adepto do formatinho do que do formato americano. Sim, o papel era pior, por vezes os desenhos eram um bocado maus, mas o que é certo é que tínhamos tudo e certinho, com maior diversidade, com mais páginas e com um preço menor. Terças e Quintas lá estavam os nossos títulos sem falhas na nossa papelaria do costume.
    Se é certo que agora com o formato americano as revistas são melhores, com uma qualidade inegavelmente superior, etc, o que é certo é que tem menos paginas, são mais caras, e em termos de logística são muito mais difíceis de expor numa papelaria pequena por exemplo. E a juntar a tudo isto, mais o facto de não termos uma grande diversidade de títulos, ainda se junta o facto da péssima distribuição.
    Já pensaram que em relação aos títulos Disney por exemplo, que estão ao virar de cada esquina, este projeto da Panini, é um pequeno grão de areia num imenso areal? Já pensaram que os títulos Disney são em formatinho, com o tal papel fraco, mas que vendem para lá de muito? Já pensaram que em cada papelaria que entrem o tal formatinho está por vezes logo num expositor à porta? E não me venham dizer que vende mais porque os miúdos gostam mais do tio Patinhas ou do Donald do que do Homem Aranha ou do Super Homem. Se lhes perguntarem de quem eles gostam mais nenhum deles vai dizer Patinhas ou Donald em vez de Aranha ou Super Homem.

    Não seria melhor termos mais diversidade, mais títulos com maior numero de paginas, nem que fosse com menor qualidade do papel e outras tretas que tais, mais barato, mas termos e tentarmos voltar à época de ouro, do que os momentos atuais? É que se a mim me propusessem isso, eu nem olhava para trás.

    Para mim, este projeto da Panini, nasceu deficiente. Não vai ter muitas pernas para andar com muita pena minha. Tem graves deficiências em aspectos fulcrais com o ponto alto na quase inexistente distribuição, assim como na fraca publicidade aos mesmos. Vejam a Disney, poupam no papel e no formato, mas investem nas publicidades em outdoors e na televisão.

    Desculpem o texto extenso mas penso que são questões que vale a pena refletir.

    Andam por aqui alguns entendidos, que por alguns comentários que as vezes leio, ate me parece que percebem tanto disto como eu de pesca submarina e caça dos gambuzinos. Até a esses que têm maior responsabilidade em muitas das questões que aqui frisei, eu peço que parem e pensem um bocado nisto.

    Obrigado, e peço desculpa pelo texto extenso.

    Um abraço e boas leituras!

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    1. Caro The Next Big Thing,
      Agradeço a partilha, ainda mais sendo a primeira vez.
      Compreendo as suas razões, mas duvido que uma edição em formatinho de super-heróis tivesse sucesso, pois os leitores hoje têm um outro tipo de exigência que não existia há duas ou três décadas atrás.
      A verdade, é que os tempos mudaram - há muito mais oferta, para além da BD - e a época de ouro das revistas passou, em minha opinião para sempre. Infelizmente, pois foi nelas que fiz a minha aprendizagem aos quadradinhos.
      Boas leituras!

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    2. Olá Pedro,

      Deixe-me discordar de duas coisas no seu comentário.

      A primeira prende-se com o facto da dúvida que tem em relação ao formatinho. Não sabemos se vingava ou não. Não sabemos se não traria novos leitores, não sabíamos se não traria os leitores mais novos por exemplo que têm nos títulos Disney os seus preferidos, não sabíamos se os mais velhos a terem mais títulos, com mais paginas e mais baratos, não prefeririam a ter menos títulos, com menos paginas, mais caros mas com uma qualidade superior. Penso que são muitos "ses" para se resumirem a uma simples "dúvida".
      De uma coisa não há dúvida: desde a Abril, que a BD de super- heróis foi sempre a descer. Isso não é uma dúvida mas sim um facto. O resto são dúvidas e suposições.

      A segunda, é o facto de dizer que a época de ouro passou. Sim, é verdade e também é um facto. Mas para sempre? É mais uma suposição amigo Pedro, se bem que se continuarem as coisas como até aqui estão, temo que tenha toda a razão.

      Mas a isto levanto outra questão: porque é que terá passado só em Portugal? Porque é que não passou também no resto do mundo? Nomeadamente no Brasil e nos USA? Ah e tal, são países com outra cultura, com uma população não sei quantas vezes superior à nossa, etc. Não chega para explicar tudo. Se tivemos uma época de ouro e a população não aumentou nem diminuiu nos últimos 30 anos, só isso não chega para explicar tudo. O que terá afastado os fieis seguidores? Não terá sido trapalhada em cima de trapalhada, feitas pelas editoras posteriores como a Devir? Não terá sido o aumento de preços e diminuição de títulos?

      Amigo Pedro, apesar de respeitar e compreender em parte o seu comentário, penso que é demasiado vago e curto para tanta pergunta sem resposta. não concorda?

      Cumprimentos e boas leituras!

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    3. Caro The Next Big Thing,
      O meu comentário é curto, concordo, mas as questões levantadas não têm resposta objectiva. Tudo que se possa escrever não passa de suposições. Na realidade não temos 'universos alternativos' para testar a edição em formatinho e comparar com as edições actuais...
      Pessoalmente - aqui vai mais uma opinião - acho que hoje há mais oferta de divertimento (consolas, computadores, tabletes, i-phones...), que as novas gerações lêem menos BD (ou BD online ou nenhuma BD) e que os antigos 'fiéis seguidores' deixaram de seguir porque a oferta desapareceu ou porque procuraram outras coisas com o avançar da idade...
      Não acho comparável a situação em Portugal com a dos EUA ou do Brasil ou, a outros níveis, com a italiana (e a BD popular Bonelli e Disney) ou a franco-belga (onde as revistas deram lugar aos álbuns).
      Por tudo isto - e por mais que agora não escrevo - acredito que, com grande pena minha, a idade de ouro da BD em Portugal passou irremediavelmente, embora lute com os meios que tenho para que continue a haver BD, toda a BD que seja possível, mesmo que parte dela não me estimule especialmente...
      Boas leituras!

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    4. Acho que também me posso enquadrar no grupo dos saudosistas, do tempo em que ia às papelarias e quiosques todas as terças e quintas para a minha dose de BD da Abril! Acho que por mais que tentemos, nunca haverá nada que possa igualar essa sensação... nem Devir, nem Panini, nem Levoir... o máximo que consigo, é quando recebo por correio um Omnibus do Thor, com todas as histórias do Walter Simonson! Histórias essas que já tinha lido em formatinho...

      Concordo com praticamente tudo o que o Next Big Thing diz...isto é um assunto que por mais que se escreva e discuta, todos têm razão, mas a solução, essa, ninguém a tem... a verdade é que neste momento, a BD de super-heróis não é dirigida a crianças, tal como era no nosso tempo. Neste momento Marvel, DC, Image, Dark Horse, etc, etc, lançam títulos para uma faixa etária a partir dos jovens adultos. Sabem o que disse um editor ao Paul Pope quando ele queria escrever o Kamandi? "‘You think this is gonna be for kids? Stop, stop. We don’t publish comics for kids. We publish comics for 45-year-olds. If you want to do comics for kids, you can do Scooby-Doo."

      Tirando raras excepções, as crianças ou adolescentes não vêm na BD actual nada que as atraia, ao contrário de um jogo de consola, um tablet ou outra treta qualquer que passa na TV! São bombardeados com todo o tipo de distracções, seja na TV ou na internet, que as leva a escolher aquilo que lhes dá um prazer imediato... dito isto, o que fazer? O mercado é pequeno, as editoras quando apostam no mercado, como fez a Devir e agora a Panini, aposta no público alvo adulto (mais uma vez) com papel xpto, blah blah (é gerido por adultos que pensam no produto para adultos, e com um poder de compra de adulto, mas esquecem-se de que começaram a ler BD da Abril em crianças)... e o resultado é constantemente o mesmo. O formatinho é solução? Talvez, se se fizer uma aposta semelhante à da Disney, e que permita inundar o mercado. Chega a mais gente, mais faixas etárias, a um preço mais barato (com qualidade do produto inferior é verdade), mas também venderá melhor e provavelmente conseguir-se-ia que daqui a 20 ou 30 anos existisse alguém como nós a discutir BD... porque por este caminho, por essa altura, apenas se vai discutir os terceiros reboots dos filmes dos Avengers, dos X-Men!!! Paralelamente continuará a existir a BD franco-belga (essa sim para adultos), as edições em capa dura e formato original como as da Levoir que podem satisfazer o nosso público-alvo... porque actualmente não somos nós que vamos fazer este projecto ter sucesso, por mais que o divulguemos! Por muito que nos custe, e porque gostamos de ler uma BD em bom papel, bem impresso, com três histórias, a pagar 3 ou 4€, um miúdo não o faz!! E os pais muito menos... o dobro das páginas, o mesmo preço ou inferior, em formatinho ou neste mesmo formato, talvez, quem sabe o sucesso seria outro... mas com esta publicidade, esta estratégia de distribuição... não me façam rir! Nenhum miúdo de 10 anos vai à Fnac, ao Jumbo ou outros locais semelhantes sozinho, e compra uma BD pelo preço actual! Onde é que vocês as compravam com esta idade? A caminho da escola, na papelaria ou no quiosque por onde passavam.... ou no bairro onde moravam! Reignfire, quem são os leitores que hoje são mais exigentes e que querem o formato americano e com papel plastificado? E que prefiram o TPB a 8 ou 10€? Adultos com poder de compra!

      Por isso concordo quando dizem que certos entendidos e responsáveis por estes projectos percebem tanto disto, como eu de pesca submarina!!! Wake up and smell the coffee!!!

      Isto já vai longo e já é tarde! :-) Vou ler qualquer coisa! Cumprimentos a todos!

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    5. "Reignfire, quem são os leitores que hoje são mais exigentes e que querem o formato americano e com papel plastificado? E que prefiram o TPB a 8 ou 10€? Adultos com poder de compra!"

      Mas a verdade é que estes projetos, incluindo os da Levoir são vocacionados em 1º lugar para atrair os que já são consumidores deste tipo de produto, e em 2º lugar, se possível, cativar novos leitores.

      A política da Panini e doutras editoras em publicar no formato original e em papel plastificado é o que acontece em todo o lado, excetuando o Brasil que utiliza aquele papel manhoso. Se uma editora vai-se pôr a inventar a fazer formatos reduzidos e a pôr papel qualidade jornal, o mais provável é esses projetos nem sequer contarem com as compras dos que já são consumidores deste tipo de produto.

      E na verdade, é importante as edições traduzidas de bd's para a nossa língua, manterem a sua identidade original por respeito ao produto em si e ao seu leitor fiel. Caso contrário, entramos numa anarquia sem critérios, em que já só faltava começarem a editar franco-belga em formato de revista Maria.

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  5. Relativamente à questão do formatinho, em 1º lugar, acho que são as próprias editoras norte-americanas a não aceitar esse formato. Em 2º lugar, concordo com o Pedro - os leitores hoje são mais exigentes - querem o formato americano, e se possível, com papel plastificado. Há até quem seja contra o formato revista e prefira só mesmo o TPB.

    "Mas a isto levanto outra questão: porque é que terá passado só em Portugal? Porque é que não passou também no resto do mundo? Nomeadamente no Brasil e nos USA? Ah e tal, são países com outra cultura, com uma população não sei quantas vezes superior à nossa, etc. Não chega para explicar tudo. Se tivemos uma época de ouro e a população não aumentou nem diminuiu nos últimos 30 anos, só isso não chega para explicar tudo. O que terá afastado os fieis seguidores? Não terá sido trapalhada em cima de trapalhada, feitas pelas editoras posteriores como a Devir? Não terá sido o aumento de preços e diminuição de títulos?"

    Já o tempo da Abril/Controljornal as vendas andavam más,e foi por isso que esta editora cancelou este género de publicações. Isto não tem a ver com a dimensão do país, ou da população. A verdade é que a bd em termos gerais, existem muito poucos leitores em Portugal e contando com a crise a afetar público e as editoras, e com esses poucos leitores, é difícil construir um mercado da bd em Portugal.

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    1. Consegues então me explicar porque e que a Disney vende muito bem? Se existem muitos poucos leitores em Portugal e a crise se alastra ao público e as editoras, como consegue a Disney vender bem o seu produto em formatinho e com o tal papel barato? E que apesar de estar de acordo com a opinião de que agora as pessoas possam preferir um produto melhor, não estou a ver sinceramente a este projeto da Panini durar muito. E a Disney com os seus títulos em formatinho e com o tal papel que vocês dizem que e fraco, vai continuar a sua odisseia de vendas e sucesso em Portug

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    2. As vendas do material Disney rondam os 50% - segundo o seu editor em entrevista a este blog. Deve-se com certeza à boa campanha publicitária que realizaram, a boa presença em vários tipos de estabelecimento e junta-se-lhe facto de que Disney sempre vendeu mais que Marvel e DC. Daí a Abril/Controljornal ter publicado Disney por mais meia dúzia de anos em relação a Marvel e DC. Mas a verdade é que mesmo em formatinho, as vendas de Marvel e DC foram más.

      Agora a dúvida que pode surgir é se com a vaga recente de filmes Marvel, se os mensais poderiam vender mais que nas experiências anteriores, e se vale a pena uma editora arriscar num projeto destes. Acredito que as vendas razoáveis das coleções Marvel e DC com a Levoir, fez a Panini arriscar a ver se vale a pena lançar comics e TPB's Marvel em Portugal. Agora a Panini também não tem feito grande coisa pra promover o seu produto. Nem no seu próprio site, as revistas Marvel PT-PT são anunciadas. E publicidade na tv, nos cinemas, noutras publicações, etc., não se vê. Apenas alguns blogs como este, e alguma divulgação no facebook, é que permitiu que sobretudo as pessoas que já compravam este género de bd's e que estão atentas a estes blogs e facebook, soubessem destas revistas da Panini. E mesmo as pessoas que estão atentas a estes meios e sabem que estas revistas andam a sair, andam a ter dificuldades em encontrar as revistas à venda, e isso também dificulta a fidelizaram compradores destas revistas. E é por estes motivos que apesar de algumas pessoas até demonstrarem algum contentamento com a publicação destas revistas, por outro lado, estão pessimistas relativamente ao sucesso e longevidade deste projeto.

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    3. The Next Big Thing,
      A BD Disney vende bem, fruto da enorme campanha publicitária feita, mas já vendeu mais...
      Devia ter havido/haver maior publicidade neste regresso da Marvel em português? Sem qualquer dúvida, acho que sim...
      Assim como uma melhor (e mais alargada distribuição). Principais implicações? Maior investimento financeiro, mais sobras em armazém... A eterna pescadinha de rabo na boca que tem devorado todos os projectos de BD em Portugal nos últimos 15, 20 anos...

      Boas leituras!

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  6. Olá, caros amigos. Se pretendemos que estas publicações da Panini não fiquem a meio, devemos partilhar no Facebook e afins.

    Não quero assistir novamente ao que se passou com a Devir. Muito menos com o aranhiço.

    Your friendly neighborhood,

    Angelo Silva

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    1. Quanto ao Aranha Superior, duvido que fique a meio porque se a Panini não se meter a lançar spin-offs do Aranha, a fase do Aranha Superior será lançada na totalidade em 1 ano, por aí.

      Quanto à promoção no facebook, o Pedro Cleto, assim como outros bloguistas, já o têem feito, tanto em páginas relacionadas com a temática das bd's, como nos seus perfis pessoais.

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    2. Ângelo,
      Se não podemos - nem temos - de cumprir o papel que caberia à editora, podemos contribuir para aumentar a divulgação, pelo menos....

      Reignfire,
      Obrigado!

      Boas leituras?

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  7. Olá

    Sabem onde posso comprar estas revistas online? É que já passei por umas 20 papelarias e não vejo nada à venda.

    Obrigado

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    1. Caro Anónimo,
      Segundo um comentário de um visitante do blog há alguns dias, é possível encomendá-los aqui: http://papelariapiramide.blogspot.pt/

      Boas leituras... e boas compras!

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    2. Caro anónimo, de acordo com vários comentários, os sítios mais comum de encontrar estas revistas são os hipermercados, os Pingos Doce, as fnacs.

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    3. Ou tenta mandar mail prá distribuidora: assistencia.press@urbanos.com , a perguntar se tem à venda na tua área de residência, ou sugere pontos de venda que mais te convenham.

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