27/08/2014

Mary Poppins desceu do céu há 50 anos







A 27 de Agosto de 1964, estreava nos Estados Unidos Mary Poppins, uma fantasia musical dos Estúdios Disney que se distinguia pela combinação entre actores reais e animação.
Leia mais já de seguida.


O filme, ambientado em Londres, no início do século XX, conta a história do banqueiro George Banks, que trata com severidade os dois filhos, Michael e Jane, que afugentam todas as amas que o pai contrata para tomar conta deles.
Uma noite a menina descreve numa carta como seria a ama perfeita e no dia seguinte, Mary Poppins desce do céu suspensa do seu guarda-chuva, com a missiva na mão.
Com poderes fantásticos, a nova ama transforma a vida daquela família, enchendo-a de alegria e diversão, com a ajuda do seu amigo limpa-chaminés, Bert e das canções que adaptava a qualquer situação, entre as quais se destaca “Supercalifragilisticexpialidocious”.
Esta não era a primeira experiência de Walt Disney com actores reais e animação, pois já em 1923 Alice utilizava essa técnica. No entanto, Mary Poppins assume um lugar de destaque pela qualidade então alcançada. Só isso permitiu, aliás, recriar cenas que ficaram célebres e encheram os sonhos de muitas das crianças (e adultos) que o viram: é o caso da chegada da ama, o passeio pelos telhados, o ‘mergulho’ numa pintura feita a giz no chão ou os cavalos que se soltam do carrocel e levam quem os monta num passeio pelos campos interrompendo uma caçada à raposa.
Dirigido por Robert Stevenson a partir de argumento de Bill Walsh e Don DaGradi, que adaptaram os livros de P. L. Travers, Mary Poppins, que em 2006 foi considerado um dos melhores filmes musicais de sempre pelo American Film Institute, conta no elenco com Julie Andrews (como Mary), Dick Van Dyke (Bert), David Tomlinson (Banks), Matthew Garber e Karen Dotrice (Michael e Jane).
Num ano repleto de musicais, valeu aos Estúdios Disney uma bilheteira de 28,5 milhões de dólares, à frente de Música no Coração, Goldfinger e My Fair Lady, tendo recebido em 1965 cinco dos 13 óscares para que foi nomeado: Melhor Actriz, Efeitos Especiais Montagem, Banda Sonora e Canção (Chim-Chim Chree).


(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 27 de Agosto de 2014)

2 comentários:

  1. Um filme irresistível... Já perdi a conta de quantas foram as repetições na RTP (e outros) que na altura ( frequentemente, passa(va) nos dias natalícios) reclamava que era "o sempre do mesmo"... Mas, se passava pelo canal aonde era exibido, ficava logo "agarrado" à TV! 8-D

    ASantos

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    1. Caro ASantos,
      Não revejo a Mary Poppins há alguns anos, mas a escrita deste texto e a sua evocação despertaram em mim a a vontade de o fazer...

      Boas leituras... e bons filmes!

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