À partida nada de anormal. O Fantasma evoca aos seus amigos
uma quadrilha com quem teve confrontos recorrentes ao longo dos séculos.
Intitulada os Abutres, distinguia-se pelo facto de os seus
membros terem tatuada na cabeça a letra V. V de vulture, claro, ou não fosse
esta uma série norte-americana…
Só que, passadas algumas tiras, o leitor começa a sentir-se
confuso. Perceba porquê já a seguir.
É verdade. Apesar de a legenda indicar "A mesma tatuagem", o V das cabeças dos bandidos, agora
transformou-se num B. E não, não era por efeito de algum sotaque portuense. A
explicação, geograficamente mais distante, era o facto de nesta época muito do
material publicado pelas revistas infanto-juvenis nacionais lhes chegar via
Espanha. Ou seja, o ‘vulture’ transformou-se em ‘buitre’.
E quando o leitor já estava mais tranquilo, tudo muda e ele começa a duvidar dos seus próprios olhos.
Na verdade, não há como ser um herói dos quadradinhos, arguto e
desenvolto, capaz de ver mais longe do que os próprios olhos mostram…!
Mundo de Aventuras #1241
Agência Portuguesa de Revistas
(APR)
05/07/1973
Curiosidades,
parecenças e semelhanças, falhas de desenhadores e editores e atropelos à banda
desenhada serão alguns dos motivos que irão preenchendo aleatoriamente esta
rubrica recorrente em As Leituras do Pedro e cujas entradas anteriores podem
ser vistas aqui.
Na verdade esta está muito boa... Da próxima vez já não me queixo tanto quando encontrar uma tradução mais apressada nos livros que andam por aí a sair!
ResponderEliminarEh, eh eh!
EliminarPois, V, os tempos eram outros e os cuidados também... Ou a falta deles! Hoje não seria admissível. Aliás, ao longo da história, é curioso verificar como a mudança de V para BD (em Espanha) vai sendo feita de forma diferente.
Boas leituras!
Sou brasileiro e achei interessante vocês aí de Portugal traduzirem tio Walker como tio Caminhante.
ResponderEliminar