As Leituras do Pedro: Baby Blues #32

E não há - felizmente... - volta a dar-lhe: tão inevitável como os impostos ou a morte, é um novo volume de Baby Blues cada final de ano. Com a vantagem – inegável – que atenua ou faz mesmo esquecer aqueles…

Prenda de Natal antecipada - este volume já está venda há cerca de um mês - ou óptima sugestão (para todos) em lugar das tradicionais meias - + Molhados, + Barulhentos, + Pegajosos traz-nos de novo ao convívio da família MacPherson, formada pelo pai trabalhador - pode ser de outra forma? -, uma mãe doméstica – o auge, agravado, do conceito de ‘trabalhador’ – e os três saudáveis, dinâmicos, encantadores e insuportáveis filhos: Zoe, Hammie e Wren.

Reencontro que surge para o bem e o mal. Para o bem, pelas saudáveis gargalhadas e a boa disposição que proporciona. Para o mal, pelos momentos terríveis que recorda/antecipa para nós, pais – porque já passamos por situações similares - ou porque são – amaldiçoada – fonte de inspiração para os nossos rebentos que – frise-se – também gostam de ler e se divertem com as suas peripécias quotidianas.

Vinte e cinco anos depois da sua estreia, trinta e dois volumes compilativos mais tarde, Rick Kirkman e Jerry Scott continuam com a verve e o lápis (muito) inspirados – neste livro com a vantagem de comentaram diversas tiras, contextualizando a sua origem - e este retrato familiar, ao mesmo tempo tão real quanto surrealista, merece, melhor, deve continuar a figurar entre as (nossas) leituras obrigatórias. Como a leitura - gratuita! - das pranchas aqui disponibilizadas pela Bizâncio - pode comprovar, servindo ao mesmo tempo de aperitivo para mais um ano de vida dos MacPherson.