08/07/2017

Traço de Giz (I): Uma história e dois desenhos


Conheço Miguelanxo Prado desde 1984, quando foi convidado do 1.º Salão de Banda Desenhada e do Fanzine do Porto e tinha publicado as suas primeiras histórias na revista espanhola 1984.
Desde então cruzei-me com ele vezes sem conta, noutros salões, no Porto e em Angoulême, no Rivoli e na Comic Con.

Num desses encontros, anos depois (em 1991), tive o descaramento de me apresentar à frente dele, com uma pilha de álbuns para autografar. Combinámos que só os assinaria e no final me faria um desenho à minha escolha numa folha em branco.
Fez-me uma dedicatória em continuação, a saltitar de livro para livro e, concluída a maratona, perguntou-me que desenho queria. Pedi-lhe um do álbum que tinha em preparação à data - Traço de Giz, ainda envolto em grande segredo.
Tentou demover-me, disse que eu ficaria a ganhar se escolhesse outro tema mas, face à minha insistência, resignou-se.
O resultado, foi este…


…com a consequente lição de moral: “…non sempre se gaña!”
Guardei o desenho - disfarcei alguma desilusão - e… continuamos amigos.
Meses depois, aquando do lançamento de Trazo de Tiza em Espanha, fui surpreendido com um envelope na minha caixa de correio.
Dentro, estava este belo print, numerado e assinado na frente, dedicado no verso…


…afinal, era possível ganhar sempre!

(clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)

2 comentários:

  1. Não era razão para desilusão.
    Provavelmente se fosse de outros livros já teria sido ensaiado várias vezes e por isso mais elaborado. Assim foi de improviso, mas parece-me muito bem como um preview que no fundo foi um previlégio.

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    Respostas
    1. A desilusão foi relativa, mas em relação a outros desenhos que possuo de Prado, este era claramente inferior...
      Mas fui compensado depois! ;)
      Boas leituras!

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