(informação retirada
do site da organização)
Comissariado: Sara
Figueiredo Costa
Colaboração Museu de
BD de Angoulême e Museu de Cartoon Israelita
Projecto e execução de
cenografia: Catarina Pé-Curto, Alice Prestes e Filipa Sabala
Gabriel García Márquez chamou ao jornalismo a melhor
profissão do mundo. O ofício de analisar, questionar e decifrar a realidade
continua a ser um trabalho essencial em qualquer sociedade e a reportagem
persiste como o género onde esse trabalho pode fazer-se com um fôlego mais
largo, um olhar com múltiplos ângulos, uma procura dedicada das histórias e dos
momentos que definem uma história maior. A linguagem da banda desenhada é uma
das ferramentas possíveis para esse trabalho. Não será o mais reconhecido, ou o
mais óbvio, mas as últimas décadas têm mostrado uma vitalidade assinalável
desta relação. Nesta exposição pretendemos mostrar como a banda desenhada
responde de modos diversos e com soluções criativas às necessidades de um
género jornalístico concreto (mesmo quando lhe empurra os limites em direcções
menos canónicas).
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Autor Português em
Destaque
NUNO SARAIVA, TUDO
ISTO É FADO
(Prémio Melhor Álbum
Português 2016)
Projecto e execução de
cenografia: Carlos Farinha
Vencedor do Prémio Melhor Álbum Português de Banda Desenhada
de 2016, com Tudo Isto é Fado, Nuno Saraiva é o autor português em destaque
nesta edição.Tudo
Isto é Fado, edição conjunta da EGEAC/Museu do Fado e Semanário Sol,
consiste num conjunto de curtas histórias, escritas e desenhadas pelo autor,
que prestam homenagem ao universo do fado e às suas personalidades mais
marcantes. Exposição dedicada não só ao processo criativo deste álbum mas
também aos 30 anos de carreira do autor.
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O ESPÍRITO DE WILL EISNER
Co-comissariado Denis Kitchen e John Lind
Projecto e execução de cenografia: Rui Horta Pereira
O legado de Will Eisner (1917-2005) é tão importante para a
banda desenhada que ele deu nome aos famosos “Eisners”, os “óscares” da banda
desenhada que são atribuídos anualmente. Conhecido como o pai da novela
gráfica, a sua forma inovadora de contar histórias, o traço e o desenho na
série lendária The Spirit (1940-1952) inspirou nos jornais toda uma geração de
cartunistas. A sua série, aclamada de mais de vinte e cinco livros e novelas
gráficas que começou em 1978 com A Contract with God, ajudaram a estabelecer o género.
Esta exposição contém desenhos originais de Eisner, selecionados especialmente
para o Festival AmadoraBD pelos curadores Denis Kitchen e John Lind, a partir
das exposições paralelas da emblemática Will Eisner Centennial Celebration no
Museu de Banda Desenhada de Angoulême e da exposição da Society of
Illustrations ocorrida em Nova Iorque no início de 2017.
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JACK KIRBY – 100 ANOS
DE UM VISIONÁRIO
Comissariado: Mário
Freitas
Projecto e execução de
cenografia: Susana Vicente
Apelidado de “The King” por Stan Lee, o autoproclamado “Pai
da Marvel”, Jack Kirby viveu demasiado tempo na sombra do seu famoso e quase
omnipresente ex-editor. Agora, no centenário do nascimento de Kirby, o Amadora
BD presta a sua homenagem ao maior criador de universos da história da BD
americana. O homem que, ao longo de quatro décadas, foi revolucionando a forma
de contar histórias, criando ou cocriando milhares de personagens, muitas das
quais povoam na atualidade o imaginário popular e mediático graças a múltiplas
adaptações ao cinema, com destaque para o universo cinemático da Marvel.
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REVISÃO – BANDAS
DESENHADAS DOS ANOS 70, DE COLETIVO DE AUTORES
Prémio Clássicos da 9ª
Arte 2016)
Colaboração de Marcos
Farrajota (Chili com Carne)
Projecto e execução de
cenografia: Sara de la Féria
“Visão” foi uma revista improvável que fez rutura com a
banda desenhada tradicional portuguesa e que se apresentava nas bancas com
cores brilhantes e temáticas políticas. Para comemorar os seus 40 anos de história,
surge “Revisão” que, não tendo como objectivo ser um compêndio de tudo,
recupera um conjunto de bandas desenhadas esquecidas dos anos 70. Esta
exposição não pretende ser uma mostra de todos os autores da década de 70, ela
resulta da colaboração de alguns autores que cederam as obras.
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TECTO DA BIBLIOTECA,
DE RUI PIMENTEL
Design Gráfico: V-A
Rui Pimentel é arquitecto de formação, mas cedo começou a
colaborar em diversas publicações, ficando conhecido do grande público através
do trabalho feito n’O Jornal e na Revista Visão. Pimentel expõe regularmente
nacional e internacionalmente, tendo já recebido diversos prémios pelo seu
trabalho, incluindo pela Amadora BD.
A exposição surge da vontade do próprio autor em mostrar ao
público o trabalho que realizou propositadamente para decorar o tecto em
caixotão da sua biblioteca particular.
Algumas personagens fazem-se acompanhar das suas obras mais
relevantes, mas, no caso particular da BD, Rui Pimentel optou pela
representação das personagens mais marcantes em vez de representar os seus
autores.
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O RIO SALGADO, DE JAN
BAUER
Colaboração de Rui
Brito (Polvo)
Projecto e execução de
cenografia: Cristiana Fernandes
Jan Bauer (Preetz, Alemanha, 1976) cursou Ilustração na
Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo e Animação no Queensland College
of Art, em Brisbane. Durante os seus estudos especializou-se como pintor de
paisagens, voltando-se depois para o cinema de animação. A partir de 2002
começa a trabalhar como ilustrador freelancer, designer, argumentista e
realizador e aparece ligado à produção de numerosos filmes publicitários em
animação, curtas e longas-metragens, e séries. Foi também professor. Bauer apresenta-se
como um fã de desportos de exterior, sempre pronto a afrontar os desafios da
natureza. A sua paixão por viagens é tratada em “O rio salgado” (Polvo, 2017),
romance gráfico de estreia, que conta uma história de amor terno e inesperado,
magnificamente enquadrada por espetaculares paisagens, que transportam o leitor
ao fim do mundo, num périplo de quatrocentos e cinquenta quilómetros a pé
através do coração escaldante da Austrália. Vive em Hamburgo.
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MARIA!…, DE HENRIQUE
MAGALHÃES
(Prémio Melhor Álbum
de Tiras Humorísticas 2016)
Colaboração de Rui
Brito (Polvo)
Projecto e execução de
cenografia: Rui Mecha
Henrique Magalhães nasceu na Paraíba, estado do Nordeste do
Brasil, em 1957. Em 1975 criou a personagem de Banda Desenhada “Maria”, que foi
publicada durante vários anos em tiras diárias nos jornais locais, além de
revistas e álbuns. “Maria” notabilizou-se pela crítica aos desmandos do poder
autoritário que se instalou no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980. Se
inicialmente era uma solteirona em busca de companhia, a pouco e pouco foi-se
posicionando contra a ditadura militar, o cerceamento das liberdades políticas,
a censura e os costumes arcaicos que estruturavam uma sociedade machista,
racista, homofóbica e conservadora. Em 2016, com “Seu nome próprio… Maria! Seu
apelido Lisboa” (Polvo), vence o Prémio Nacional de Banda Desenhada, na
categoria de “Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
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FÓSSEIS DAS ALMAS
BELAS, DE MÁRIO FREITAS E SÉRGIO MARQUES
(Prémio Melhor
Argumento Para Álbum Português 2016)
Projecto e execução de
cenografia: Susana Lanceiro e Joana Bartolomeu
Mário Freitas é um multi-nomeado argumentista e editor de
banda desenhada, com um cunho irreverente e iconoclasta, que gosta de revisitar
figuras e acontecimentos históricos. Com desenhos de Sérgio Marques, “Fósseis
das Almas Belas” tem a capacidade de mitificar a história portuguesa na época
dos descobrimentos, através da relação que se estabelece entre um pai e os seus
dois filhos.
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TRAÇOS E INSPIRAÇÃO. A PRESENÇA PORTUGUESA NO MERCADO
NORTE-AMERICANO DE BD
Comissariado: Bruno Caetano
Projecto e execução de cenografia: Susana Vicente
Foram muitos os que cresceram a ler “comics” em Portugal nos
anos 80 e 90, os ditos “formatinhos” que inundavam o nosso mercado, vindos do
Brasil. Alguns até sonhavam em um dia poder escrever ou desenhar histórias com
algumas destas imortais personagens. Se na altura a ideia parecia impossível de
concretizar, hoje em dia, graças ao árduo percurso de alguns dos mais
talentosos e trabalhadores artistas portugueses que desbravaram caminho, essa
“impossibilidade” foi ultrapassada de forma significativa. Enaltecemos nesta
exposição o trabalho destes incansáveis que levam a nossa arte a todo o mundo
de forma tão virtuosa.
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O CRONISTA MARCELLO
QUINTANILHA
Colaboração de Rui
Brito (Polvo)
Projecto e execução de
cenografia: Rui Mecha
Nascido em Niterói, Brasil, em 1971, Marcello
Quintanilha mostra-nos nesta exposição alguns dos seus trabalhos mais
representativos. “Fealdade de Fabiano Gorila” (Polvo, 2016) conta-nos uma
história baseada na vida do seu pai, que foi jogador de futebol de várias
equipes da sua cidade natal na década de 1950. Foi com este livro que se tornou
conhecido no seu país. “O Ateneu” (Polvo, 2017), mostra-nos a sua faceta de
adaptador, com a magistral passagem a Banda Desenhada do romance do escritor
Raul Pompeia (séc. XIX). “Tungsténio” (Polvo, 2015) é o seu trabalho mais
conhecido, premiado e traduzido. Relata-nos uma história que cruza os destinos
de um sargento reformado do exército, de um jovem traficante, de um polícia sem
escrúpulos e da sua mulher. Um filme está a ser feito no Brasil, baseado no
livro. “Talco de vidro” (Polvo,2015) é brutal na forma como nos exibe a saga de
Rosângela e vem apenas confirmar Quintanilha como um dos grandes autores
mundiais da actualidade. Finalmente, “Hinário Nacional” (Polvo, 2016) é uma colectânea
de histórias curtas que representam aspirações e desejos humanos.
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TORMENTA, DE JOÃO
SEQUEIRA
(Prémio Melhor Desenho
Para Álbum Português 2016)
Projecto e execução de
cenografia: Teresa Cardoso e João Nogueira
“Tormenta” é um álbum de banda desenhada que pretende ser um
ensaio sobre o tempo, o silêncio e a aceitação. É um livro sem legendas, mas
com muito para ler, ao qual temos vontade de voltar regularmente. A mestria de
João Sequeira com o pincel volta a ser evidenciada através dos contrastes
absolutos e da exploração de sombras e texturas. O trabalho do autor contribui
assim para acentuar o impacto emocional desejado.
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MADGERMANES, DE BIRGIT
WEYHE
(Prémio “Max and
Moritz” no Festival de Erlangen)
Projecto e execução de
cenografia: Teresa Cardoso e João Nogueira
“O que constitui a fonte das memórias?” É esta a pergunta
que serve de ponto de partida para o livro de Birgit Weyhe’s, Madgermanes,
galardoado com o prémio “Max und Moritz” no Erlangen International Comic Salon
2016. As três histórias que fazem parte do livro de Birgit Weyhe são de
natureza ficcional, contudo, apresentam momentos da vida real provenientes de
memórias que a autora registou num estilo de diário, documental, parecendo
cartas enviadas para uma casa distante.
O prémio “Max und Moritz” apresentado pela cidade de Erlangen, é o prémio mais
importante para a literatura gráfica no universo alemão. É entregue
bianualmente(*) em diferentes categorias por um júri de profissionais
independentes durante a Erlangen International Comic Salon e, desempenha uma
função fundamental no reconhecimento da banda de desenhada como arte.
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MANA, DE JOANA ESTRELA
(Prémio Melhor
Desenhador Português de Livro de Ilustração 2016)
Projecto e execução de
cenografia: Catarina Pé-Curto, Claúdia Gaudêncio
Inspirado na relação que Joana Estrela tem com a irmã três
anos mais nova, “Mana” surge como uma carta que uma irmã mais velha escreve à
sua irmã mais nova, cheia de queixas e lamúrias sobre o comportamento desta.
Visualmente cheia de detalhes que remetem para a infância, a história relata
episódios com os quais todos os irmãos se podem facilmente identificar – livros
riscados e brinquedos partidos – que no decorrer da narrativa dão lugar à
partilha carinhosa do dia-a-dia, dos objetos e dos sentimentos.
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O MEU IRMÃO INVISÍVEL,
DE ANA PEZ
(Prémio Melhor
Desenhador Estrangeiro de Livro de Ilustração)
Projecto e execução de
cenografia: Teresa Cortez
Ana Pez gosta de experimentar diversas técnicas e formatos
nos seus livros e “O meu Irmão Invisível” não é excepção. Escolhendo entre usar
ou não os óculos que acompanham o livro, este conta-nos duas histórias
diferentes: o mundo como o conhecemos e uma realidade paralela. Um exercício de
genuína criatividade premiado internacionalmente.
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ANO EDITORIAL
PORTUGUÊS
Co-comissariado: Sandy
Gageiro e Pedro Moura
Design gráfico: V-A
A leitura é um espaço privilegiado em que se nutre o caminho
para uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Celebremos por isso os
espaços em que ela tem lugar, refletindo a cada vez maior variedade da oferta.
Na banda desenhada há sobretudo um aumento dos públicos-alvo,
englobando áreas de interesses que haviam sido relativamente negligenciados até
recente. Há mais livros para o público mais jovem, o público mais maduro, o
público feminino.
O escopo temático dos álbuns ilustrados para a infância
também tem aumentado de forma corajosa, enfrentando-se questões necessárias de
debater com os cidadãos do futuro.
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CONCURSO NACIONAL DE
BANDA DESENHADA
O concurso de Banda Desenhada 2017 é promovido pela Câmara
Municipal da Amadora. Este ano o tema do concurso foi “Repórter por um Dia” e,
como habitualmente, os trabalhos estão em exposição no Fórum Luís de Camões.
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CONCURSO MUNICIPAL DE BANDA DESENHADA E ILUSTRAÇÃO
Câmara Municipal da Amadora promove e apoia toda a dinâmica
da utilização da Banda Desenhada nas escolas como auxiliar pedagógico,
encontrando, deste modo, eco na relação educativa. Assim sendo, a CMA promoveu
o concurso Municipal de Banda Desenhada e Ilustração, dirigido ao 1º e 2º ciclo
das escolas do concelho, tendo como tema “A Reportagem das minhas férias”.
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FERNANDO RELVAS:
retrospectiva/outra perspectiva
Galeria Municipal
Artur Bual – Casa Aprígio Gomes
28 OUTUBRO a 12
NOVEMBRO
Exposição comissariada
por João Miguel Lameiras.
Exposição retrospectiva do autor Fernando Relvas, com
pranchas originais, esboços e estudos de personagens e impressões dos trabalhos
digitais mais recentes, integrada no 28º Amadora BD – Festival Internacional de
Banda Desenhada.
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FIAT – Por estradas e
vinhetas
Fiat Motor Village
28 OUTUBRO – 12
NOVEMBRO
Comissariado: Bruno
Caetano e Pedro Silva
Poucas são as marcas com o destaque que a Fiat teve ao longo
dos anos na 9ª arte. Com modelos diversos, retratados nas mãos de pilotos
profissionais, de detetives internacionais à procura de desvendar mistérios,
heróis de universos fantásticos ou simples familiares em viagem, são desenhados
de forma soberba.
Com traço definido e detalhado ou solto e expressivo, é
fácil reconhecer a forma de modelos icónicos como Fiat 500, o Fiat 850 ou mesmo
o desportivo e veloz Fiat X1/9. Podemos, numa breve viagem conhecer os nossos
heróis e as suas “Belle Macchine”.
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Cidades, The Lisbon Studio
Bedeteca da Amadora
Até 11 de NOVEMBRO
“É lícito dizer que as histórias são feitas da mesma
substância que as cidades: há uma arquitectura de memórias trazidas para o
papel, estruturas de fundações mais profundas que as dos prédios. A cidade está
em constante mutação, e as memórias, aparentemente fixas em tinta, mudam de
acordo com quem as lê, quem as interpreta. Uma história passada numa cidade
muda tantas vezes quantas as que é contada, sendo que é contada de cada vez que
é lida…” – do prefácio de Filipe Homem Fonseca.
Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos
(imagens disponibilizadas pela organização; clicar nelas para a
aproveitar em toda a sua extensão)
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