O toque dos
extremos
Diz-se que os
extremos se tocam e isso acontece nesta colecção Bonelli, que a Levoir e o
Público disponibilizaram ao longo de 10 - parcas? -semanas.
Abriu e fecha
agora da mesma forma: com um volume de histórias curtas, coloridas, de dois dos
mais carismáticos - e populares - heróis da Casa das Ideias: então Tex, agora
Dylan Dog.
Em A Lenda de Tex, as
histórias curtas exploravam facetas diferentes de um herói com um percurso de
décadas, agora, neste Os Inquilinos Arcanos, as três histórias
- ou serão cinco? - mostram o detective do pesadelo exactamente como ele é:
mero peão em investigações paranormais, repletas de paradoxos temporais,
enfrentando fantasmas, zombies ou algo (ainda) mais inexplicável, inseguro como
sempre, como sempre apaixonado pelas belas mulheres com quem se cruza, com o
toque de humor absurdo proporcionado por Groucho, e a omnipresença das
dúvidas persistentes do inspector Bloch da Scotland Yard, rendido sim, mas
nunca convencido...
São três histórias
- ou serão cinco? - de final bastante aberto, com o inexplicável deixado à
nossa consideração e à nossa interpretação, com o que se desenrola perante os
nossos olhos a levantar mais dúvidas do que certezas.
Duas histórias -
ou serão quatro? - assinadas - e que bem assinadas! - por, tão só, nomes da
dimensão de Corrado Roi e Enrique Breccia e ainda mais uma - só uma, mesmo! - por
Nives Manara... irmã do Manara que vos veio de imediato à ideia, distante do
virtuosismo deste, apesar de alguma proximidade gráfica notória.
Três relatos - ou
serão cinco? - que introduzem ou fazem revisitar o detective do pesadelo com
cara de Rupert Everett, ex-alcoólico, não fumador e vegetariano, e nos deixam
com vontade de ler e descobrir mais. Um pesadelo desejado que talvez se possa
concretizar mais cedo do que nos atrevíamos a sonhar...
Dylan Dog: Os Inquilinos Arcanos
Colecção Bonelli #10
Prefácio de Filipe Melo
Prefácio de Filipe Melo
Os Inquilinos Arcanos
Tiziano Sclavi (argumento)
O Grande Nevão
Luighi Mignacco (argumento)
Enrique Breccia (desenho)
Dançando com um desconhecido
Barbara Baraldi (argumento)
Nives Manara (desenho)
Levoir/Público
Portugal, 14 de Junho de 2018
190 x 260 mm, 120 p., pb,
capa dura
10,90 €
(imagens
disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua
extensão)
Termina da melhor forma uma colecção que me agradou muito e que demonstra, como se fosse preciso, a qualidade de tantos italianos (e outros), argumentistas e desenhadores, na banda desenhada internacional. Espero que tenha corrido bem e nos possibilite o acesso a outras obras dos mesmos personagens e de outros. A qualidade geral pareceu-me muito boa. Parabéns Levoir e Público e todos aqueles que certamente usaram os seus conhecimentos e as suas influências para nos tornar possível o acesso a essas obras.
ResponderEliminarLetrée
Também acho que termina bem esta colecção da Bonelli. Sinceramente espero que tenha corrido bem as vendas para que nos possibilite num futuro, mais ou menos próximo, mais obras destes e de outros personagens(pois a Bonelli é muito rica em diversidade de personagens), um pouco no estilo da colecção NOVELA GRÁFICA. Ou seja, era interessante que pudessem trazer uma segunda série da BONELLI.
EliminarNão vai deixar saudades.
ResponderEliminarEspero que seja a primeira de muitas da Bonelli.
ResponderEliminarTambém espero que sim, Jorge.
EliminarBoas leituras!
Deus te ouça!
EliminarPelas repercussões que tenho visto e ouvido, mas sobretudo pelas vendas aqui na minha região (nas três principais bancas/tabacarias da região de Anadia foi unânime a informação que foi a colecção do Público que mais vendas teve, superando até as Novelas Gráficas), acredito que esta foi "apenas" a primeira colecção Bonelli da Levoir/Público...
ResponderEliminarJá eu sempre que ia as bancas via pilhas a espera de venda e sao bancas wue vendem bem outras coleçoes.
ResponderEliminarvale mais a pena este ou a saga de johny freak?
ResponderEliminarPessoalmente prefiro A Saga de Johnny Freak.
EliminarBoas leituras!