05/01/2019

Tarzan: Guerra prehistorica

Ler com o coração



Ler (uma banda desenhada) abdicando do lado crítico da razão e deixando-nos levar apenas pelas emoções não é fácil. Não acho sequer que seja um exercício que se consiga cumprir. Tem que acontecer porque sim. Como foi o meu caso, em mais um regresso a Tarzan e às suas aventuras no mundo perdido pré-histórico.
Foi um regresso à Aventura com 'a' grande, um viagem nostálgica à adolescência quando um livro, uma revista, um álbum podia transportar sabe-se lá para onde, de forma (literalmente) mágica, ao lado dos grandes heróis da literatura e da BD.
Na quarta entrega da Libri Impressi com as pranchas dominicais de Manning, reencontrei Tarzan, a deslumbrante Jane (sempre em perigo), o mínusculo (mas corajoso) Joiper, monstros pré-históricos, humanóides com asas, caudas de símio, ou abrutalhados, mas sempre com belíssimas fêmeas, trepei escarpadas montanhas, penetrei em estranhas habitações, mergulhei em rápidos perigosos, saltei (literalmente, outra vez) de liana em liana, do esconderijo para a arena onde a morte aguardava, do dorso de um estranho animal num quase voo sobre os mais intrépidos inimigos. Donzelas em perigo foram salvas, combates ferozes foram travados, a humanidade foi esquecida num despertar de instintos naturais e de ferocidade puramente animal.
Sem sentido crítico activo, desfrutei de uma leitura intensa, de forma quase absoluta, graças à mestria de dois génios, Edgar Rice Burroughs e Russ Manning.
[Deixo de lado, voluntariamente, as apreciações críticas - muito bem explanadas na introdução deste volume - traçadas com a razão, porque esta foi uma leitura em que predominou a emoção.]

Tarzan Planchas Diminicales 4
Guerra prehistorica
Russ Manning,
Libri Impressi
Espanha, Dezembro de 2018
230 x 315 mm, 64 p., pb, brochada
18,50 €

(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)

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