Death Note Black Edition #1

Edição melhorada

Há quase uma década, chegava ao mercado português um dos mais famosos manga, Death Note, sendo a edição dos 12 volumes de 200 páginas que a compõem concluída cerca de cinco anos depois.
Agora, a Devir volta a propor a obra máxima de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata numa edição melhorada, de maior formato, capa com aplicações de verniz, bordas das páginas completamente negras, umas poucas páginas (bem) coloridas e dois tomos (dos iniciais) por volume.

Trata-se de uma publicação com dois tipos de alvos: aqueles que gostaram da história e a querem ter numa edição superior, cuja maior dimensão permite uma melhor fruição da arte, e também um apelo a novos leitores, com o bónus de esta edição (de certa forma surpreendentemente...) ficar mais barata do que a inicial.

Não vou alongar-me muito sobre a série neste texto. Seguindo o link acima encontram a entrada aqui do blog em que já o fiz. Se preferirem seguir esta, encontrarão em As Leituras do Pedro as minhas impressões parciais sobre alguns dos volumes.

De qualquer forma, deixo uma curta sinopse e algumas considerações breves.

A abrir "Death Note", um deus da morte perde o caderno onde escreve os nomes de quem deve matar no mundo dos humanos e ele é encontrado por Light Yagami, um excelente estudante, que decide utilizá-lo para eliminar criminosos e criar um mundo melhor.

A intriga, intrincada e muito bem urdida por Tsugumi Obata, enleia e prende o leitor, enquanto o criminoso tenta afastar as suspeitas de si e a polícia tenta provar que o suspeito é realmente o culpado, numa trama cuja fasquia é sucessivamente elevada, num crescendo que explodirá quando o final, coerente e credível mas surpreendente, é atingido, deixando perguntas sem resposta ao leitor: Até que ponto nos podemos sobrepor à justiça? O que é um mundo ideal? Os fins justificam os meios?

Death Note Black Edition #1

Takeshi Obata (argumento)

Tsugumi Ohba (desenho)

Devir

Portugal, Novembro de 2020

150 x 210 mm, 392 p., pb+cor, capa mole

14,99€

(versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 15 de Janeiro de 2021; imagens disponibilizadas pela Devir; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)