13/07/2012

Le Cycle des Epées









Colecção Contrebande
Howard Chaykin (argumento)
Mike Mignola (desenho)
Al Williamson (arte-final)
Sherilyn Van Valkenburgh (cor)
Delcourt (França, Agosto de 2007)
173 x 264 mm, 192 p., cor, cartonado
19,90 €


Resumo
Durante uma emboscada nas ruas da perigosa cidade de Lankhmar, Fafhrd, o guerreiro nórdico, e Sourcier Gris, um renomado ladrão, encontram-se pela primeira vez e tornam-se improváveis amigos, juntos para uma vingança e para as mais inesperadas batalhas e pilhagens.
Esta banda desenhada, originalmente uma mini-série em quatro números, adapta uma série de romances escritos a partir de 1939 por Fritz Leiber (1910-1992), considerado um dos fundadores do género “espada e feitiçaria”.

Desenvolvimento
Género que em tempos fez escola – e para alguns era mesmo a única BD aconselhável – a adaptação em quadradinhos de clássicos da literatura, depois de ter decaído bastante, está hoje de novo em voga. Com a vantagem de a eles, muitas vezes, estarem associados autores jovens, que recriam os originais no novo suporte narrativo, de forma fiel mas também estimulante.
Não sendo uma obra actual – longe disso, pois data do início da década de 1990 – esta mini-série aqui compilada num único tomo, tem a particularidade de ter a assinatura de dois nomes importantes dos comics: Howard Chaykin e Mike Mignola (aqui antes da criação de Hellboy). Ou de três, pois é de toda a justiça incluir também o arte-finalista, o grande Al Williamson!
Na sua origem, está um inusitado encontro entre personalidades – um guerreiro e um ladrão - que nada parecia indicar terem interesses comuns, unidas primeiro em defesa das suas vidas, depois na tentativa de um roubo mítico, na sequência dele, na dor pela perda das companheiras e, em seguida na vingança.
Uma vez consumada, deambulam em busca de presas e sonhos, numa época indefinida e por locais fictícios – à semelhança do que acontece com Conan, com quem têm outras afinidades. Cruzam-se com saqueadores e guerreiros, senhores e magos, espíritos e seres sobrenaturais, com a realidade e o sobrenatural a sobreporem-se com frequência – embora nem sempre de forma muito linear… – e na qual a acção serve geralmente para resolver questões aparentemente complicadas.
Graficamente, o traço de Mignola – por “culpa” própria ou devido à finalização de Williamson? – surge algo incaracterístico e com oscilações, preso a um equilíbrio precário entre um semi-realismo mais convencional e a depuração que o tornaram depois único e famoso.


2 comentários:

  1. Não basta a história parecer interessante, como já não sei o que dizer do Mignola. Muitas vezes o seu traço não me atrai muito, mas que coisa, o seu sentido de design e composição anda-me sempre a dar chapadas de felicidade :D Estas páginas agarram-me logo... Ai ai, mais despesa...

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    1. Olá de novo, Luís!
      O Mignola é, sem dúvida, um grande autor de BD, mesmo que o seu desenho não seja dos mais agradáveis ou chamativos.
      Acho que esta compilação, apesar dos anos que já tem, reúne o necessário para agradar aos fãs de espada e feitiçaria.
      Embora eu, pessoalmente, prefira o Hellboy...
      Boas leituras... de Mike Mignola!

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