29/05/2015

XI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja começa hoje








É hoje que a banda desenhada invade a planície alentejana, graças ao XI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja que abre as suas portas às 21 horas. É$ o aperitivo para um fim-de-semana em cheio, com muitos atractivos para quem gosta de quadradinhos.

Com o núcleo principal na Casa da Cultura/Bedeteca de Beja e diversos pólos por toda a cidade - Museu Regional de Beja, Teatro Municipal Pax Julia, Núcleo Expositivo do Museu Regional de Beja - o festival propõe uma vintena de exposições e promete a presença de dezenas de autores neste primeiro fim-de-semana, no qual a pacata cidade alentejana deverá ser invadida por centenas de apreciadores de BD, em busca de autógrafos, novos edições, exposições sóbrias mas cativantes e o grande espaço de partilha, descoberta e convívio entre todos, a que o Festival de BD de Beja habituou os seus visitantes, rendidos tanto á quantidade como á qualidade.
Com um lugar firme no calendário nacional - e não só - no que diz respeito à BD, conquistado com esforço, trabalho e dedicação, o festival tem conseguido que ano após ano, rumem a Beja nomes consagrados da BD das mais diversas proveniências.
Este ano não é excepção e, para além da mostra dos respectivos originais, estão anunciadas as presenças de Ted Benôit, o primeiro a desenhar Blake e Mortimer (ASA), quando foram retomadas as suas aventuras após a morte de Edgar P. Jacobs; Yslaire, autor de Sambre (Baleia Azul/Witloof), ou Stanislas, desenhador de As Aventuras de Hergé (MaisBD), uma biografia aos quadradinhos não autorizada do criador de Hergé. Do Brasil, chegam Marcelo Quintanilha e Spacca, bem como Sérgio Chaves, editor da revista Café Espacial.
É no entanto em português que o Festival de Beja se afirma, pelo número de exposições que dedica a criadores portugueses: André Pacheco, André Pereira, Luís Louro (com originais do regresso de Jim del Monaco, previsto para final do ano), Manuel Morgado (a preparar um álbum que será editado em França em 2016) ou João Amaral (com pranchas da sua adaptação de A Viagem do Elefante, de José Saramago. “A Polónia em vinhetas”, “Improvisos nas toalhas de mesa” e um tributo de autores portugueses às Tartarugas Mutantes Ninja Adolescentes são outras das exposições patentes.
Pela dimensão que atingiu, o festival tem-se afirmado como a principal data do primeiro semestre para o lançamento de novas edições que, este ano ultrapassam uma dezena.
O festival, que inclui uma feira do livro de BD e que reúne todos os seus convidados apenas neste primeiro fim-de-semana, pode ser visitado até 14 de Junho. A programação de cada dia, condensada aqui, estará disponível em As Leituras do Pedro, nas respectivas datas, a começar já pela do dia de hoje.

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