É hoje que a banda desenhada invade a planície alentejana, graças ao XI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja que abre as suas portas às 21 horas. É$ o aperitivo para um fim-de-semana em cheio, com muitos atractivos para quem gosta de
quadradinhos.
Com o núcleo principal na Casa da Cultura/Bedeteca de Beja e diversos pólos
por toda a cidade - Museu Regional de Beja, Teatro Municipal Pax Julia, Núcleo Expositivo do Museu Regional de Beja - o festival propõe uma vintena de exposições e promete a presença de dezenas de autores neste primeiro
fim-de-semana, no qual a pacata cidade alentejana deverá ser invadida por
centenas de apreciadores de BD, em busca de autógrafos, novos edições, exposições sóbrias mas cativantes e o grande espaço de partilha, descoberta e convívio entre todos, a que o Festival de BD de Beja
habituou os seus visitantes, rendidos tanto á quantidade como á qualidade.
Com um lugar firme no calendário nacional - e não só - no que diz respeito à BD, conquistado com esforço, trabalho e dedicação, o festival tem conseguido que ano após ano, rumem a Beja
nomes consagrados da BD das mais diversas proveniências.
Este ano não é excepção e, para além da mostra dos
respectivos originais, estão anunciadas as presenças de Ted Benôit, o primeiro
a desenhar Blake e Mortimer (ASA),
quando foram retomadas as suas aventuras após a morte de Edgar P. Jacobs;
Yslaire, autor de Sambre (Baleia
Azul/Witloof), ou Stanislas, desenhador de As
Aventuras de Hergé (MaisBD), uma biografia aos quadradinhos não autorizada
do criador de Hergé. Do Brasil, chegam Marcelo Quintanilha e Spacca, bem como
Sérgio Chaves, editor da revista Café
Espacial.
É no entanto em português que o Festival de Beja se afirma,
pelo número de exposições que dedica a criadores portugueses: André Pacheco,
André Pereira, Luís Louro (com originais do regresso de Jim del Monaco, previsto para final do ano), Manuel Morgado (a
preparar um álbum que será editado em França em 2016) ou João Amaral (com
pranchas da sua adaptação de A Viagem do Elefante, de José
Saramago. “A Polónia em vinhetas”, “Improvisos nas toalhas de mesa” e um tributo
de autores portugueses às Tartarugas Mutantes Ninja Adolescentes são outras das
exposições patentes.
Pela dimensão que atingiu, o festival tem-se afirmado como a
principal data do primeiro semestre para o lançamento de novas edições que,
este ano ultrapassam uma dezena.
O festival, que inclui uma feira do livro de BD e que reúne
todos os seus convidados apenas neste primeiro fim-de-semana, pode ser visitado
até 14 de Junho. A programação de cada dia, condensada
aqui, estará disponível em As Leituras do Pedro, nas respectivas datas, a começar
já pela do dia de hoje.
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