O autor italiano Pasquale Frisenda, desenhador
do Tex
Gigante #23 – Patagônia, é um dos convidados da 2.ª
Mostra do Clube Tex Portugal, que decorre no próximo fim-de-semana, dias 9
e 10 de Maio, na Anadia.
Já a seguir, uma breve apresentação do autor
fornecida pela organização.
A ambição em seguir uma carreira como desenhador
de banda desenhada esteve sempre presente, mas os passos dados para concretizar
este desejo foram por vezes incertos e até casuais. As palavras são do próprio
Pasquale Frisenda, milanês de 1970, e são reveladoras de um autor que chega à
banda desenhada muito por vocação, mas também guiado pelo destino. E quis este
que Frisenda frequentasse um curso de banda desenhada e ilustração de Castelo
Sforzesco em Milão. Uma experiência que lhe permitiu contactar com outros nomes
do meio e trocar experiências. Graças ao contacto mantido com o Studio Comix de
Carlo Ambrosini e Giampiero Casertano, Frisenda começa a colaborar com a
revista Cyborg e o seu primeiro trabalho é Tenebra, história que vai desenhar
com texto de Michele Masiero.
Na banda desenhada Frisenda parece ter o western
como constante na sua carreira. Apesar de tudo, Ken Parker, Mágico Vento e Tex
são séries com variantes diferentes, mas curiosamente Frisenda não se considera
como um desenhador do género ou como um autor capaz de representar o velho Oeste
na sua real dimensão ou com a sua verdadeira capacidade. Frisenda considera-se
mais um emotivo, um autor que ama o western, toda a sua atmosfera e todas as
suas características, factos que o ajudam no seu trabalho.
Mas Tex é o herói por excelência, um monstro
sagrado que acompanha Frisenda desde sempre. Quando começou a desenhar Tex em Patagônia,
a maior dificuldade para Frisenda veio com a gestão da narração muito própria
das aventuras do ranger, aspecto que vai sendo moldado com a ajuda fundamental
de Boselli, mas sobretudo com o próprio carácter de Frisenda, desenhador capaz
de se documentar tanto ou mais que um argumentista. Tendo encontrado o ritmo
certo, Frisenda considera que Patagônia acaba por reflectir a visão que o
desenhador tem da personagem, a excelência narrativa de Boselli e a paixão que
Sergio Bonelli colocava no seu trabalho, como também se constata ao descortinar
as páginas expostas neste evento de Anadia.
2.ª Mostra do Clube Tex Portugal
Museu do Vinho da Bairrada
Anadia
9 e 10 de Maio de 2015
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