A Febre de Urbicanda, que marca o regresso de As Cidades
Obscuras à edição nacional - regresso que se espera não seja
único nem solitário - é uma alegoria sobre as ditaduras e as
revoluções - mais ou menos pacíficas… - que elas sempre
provocam.
Na sua génese está a cidade (ficcional) de Urbicanda, uma metrópole
que um rio divide a meio e funciona como fronteira entre dois mundos,
dois conceitos. De um lado, a ordem, o rigor arquitectónico, a força
das leis - a ditadura. Do outro, a anarquia, o desordenamento
espacial, a liberdade individual.