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04/10/2024
Nascidas Rebeldes + Turma da Mônica Jovem #25
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06/11/2023
Turma da Mônica: meia dúzia de títulos
Passado, presente, futuro e os outros
Reflexo, apesar de tudo pálido, da exuberância editorial da Turma da Mônica no Brasil, neste momento é possível encontrar em (algumas) bancas e quiosques nacionais - e também no site da Panini portuguesa) diferentes publicações que espelham várias fases da produção de Maurício de Sousa e do seu estúdio e a diversidade das suas propostas.
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Turma da Mônica Jovem
29/06/2023
Demolidor #7 + Turma da Mônica Jovem #13 + Giga Spirou
Modelos
“Parar
é morrer”,
costuma dizer-se e o que se aplica aos seres humanos também serve
para as publicações periódicas.
No
caso presente, três revistas - deixem que as designe assim -
actualmente à venda (nalguns locais) em Portugal cujos
modelos - há mais ou menos tempo em vigor, a diferentes níveis -
estão em mudança.
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Turma da Mônica Jovem
22/05/2023
Curtas (III)
Sob o signo da morte
Desta vez sem recurso ao intróito que me serviu nas anteriores entradas sobre bandas desenhadas curtas, agrupo três das minhas mais recentes destas leituras sobre o signo da morte.
Curiosamente, uma frase que li já não sei onde há muitos anos, que me ficou na memória e que de forma recorrente, embora espaçada no tempo, vou encontrando, dizia que só podemos ter certeza de duas coisas: da morte e dos impostos. Se a estes há sempre uns quantos chicos-espertos que lhes vão escapando, aquela continua incontornável.
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19/05/2021
Chico Bento Moço #70 + Turma da Mônica Jovem #46
Função social
De
há muito que as bandas desenhadas de Maurício de Sousa têm uma
importante componente social que, a par do seu humor característico,
surge como reflexo de valores e atitudes que o autor reputa com
importantes.
Isso
é especialmente relevante nalgumas edições de Chico
Bento Moço
e da Turma da Mônica
Jovem,
como estas.
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25/04/2021
Turma da Mônica Jovem #44: Amnésia
Herdeiros do manga (III)
Cito a mesma introdução dos textos sobre Yojimbot e Love Kills: ‘Se noutras épocas, foram as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis, mais tarde, por exemplo, que influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga - e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna evidente nas suas obras’. A Turma da Mônica Jovem, é um exemplo.
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18/11/2020
Os Vingadores #13 + Turma da Mônica Jovem #42 + Quarteto Fantástico: Etern4mente
Mais três
Entre descoberta,
surpresa e confirmação - ou até um pouco de tudo, em todas - deixo
três referências rápidas a outras tantas publicações da Panini
Comics Brasil, distribuídas/a distribuir este mês em (alguns)
quiosques e bancas portuguesas.
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23/08/2019
Os mais jovens heróis da Terra
Resumo
Uma
máquina de teletransporte inventada pelo Franjinha funciona mal e os
adolescentes da Turma da Mônica Jovem são enviados para diferentes
lugares do multiverso, onde encontram diferentes membros da Liga da
Justiça.
A
sua reunião será a única forma de parar um monstro que ameaça
destruir o planeta Terra.
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Turma da Mônica Jovem
23/09/2018
Perigo Electrónico
Efemérides
- 10 anos após a estreia da Turma da Mônica Jovem...
- 34 anos após Maurício de Sousa e Osamu Tezuka se terem
conhecido...
- 6 anos após o primeiro encontro entre a Turma da Mônica
adolescente e a princesa Safiri, Simba, o leão Branco ou Astroboy
(criações de Tezuka)...
- 90 anos após o nascimento do ‘deus’ do manga…
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Turma da Mônica Jovem
07/06/2016
Turma da Mônica Jovem #88
Podia ter acontecido na Comic Con Portugal mas,
compreensi-velmente, a história desta edição, actualmente distribuída em
Portugal, decorre na Comic XP de São Paulo.
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10/03/2013
Turma da Mônica Jovem #50
O Casamento do Século
Flávio T. de Jesus (argumento)
Estúdios Maurício de Sousa (desenho)
Panini Comics
Brasil, Setembro de 2012
160 x 210 mm, 128 p., preto e branco,
brochada, mensal
R$ 7,50 / 3,00 €
Há cerca de seis meses, o
Brasil - aos qua(dra)dinhos pelo menos – parou para ler “O Casamento do Século”,
que agora está nas bancas e quiosques portugueses.
Na verdade, após praticamente
meio século de zangas, discussões, planos infalíveis e coelhadas, a Mônica e o
Cebol(inh)a finalmente iam dar o nó.
Na base desta história,
estavam três objectivos: assinalar os 50 números da revista Turma da Mônica
Jovem; criar um facto mediático que impulsionasse (mais?) as vendas da
publicação (tal como já acontecera com o “primeiro beijo” dos dois no n.º 34);
reforçar um dos princípios que presidiu à criação da Turma da Mõnica Jovem: orientar
os leitores nas situações novas que a vida adolescente/jovem lhes depara.
E a verdade é que esta
história – uma vez satisfeitos os dois pressupostos iniciais - cumpre bem este
propósito, dando sentido a um relacionamento sério e de compromisso a dois,
algo cada vez menos valorizado e defendido nos nossos (tristes) dias…
No entanto, essa carga pedagógica/moral
– que existe e é intencional – numa história escrita primeiramente para agradar
às leitoras (mas que pode fazer muito bem a muitos leitores…) e que aborda
temas como o pedido de casamento, os preparativos, a cerimónia, a vida a dois,
a rotina ou a primeira zanga, está bem contrabalançada com sucessivos e
conseguidos momentos de humor típicos da Turma, evitando que a leitura se torne
mais pesada ou mesmo aborrecida.
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Turma da Mônica Jovem
05/09/2012
Turma da Mônica Jovem #44
Tesouro Verde (2ª parte)
Petra Leão (argumento)
Estúdios Maurício de Sousa (desenho)
Panini Comics (Brasil, Fevereiro e Março
de 2012)
160 x 210 mm, 128 p., preto e branco,
brochada, mensal
R$ 7,50 / 3,00 €
Resumo
Actualmente nas bancasportuguesas,
esta revista conclui o arco iniciado na “Turma da Mônica Jovem” #43,
na qual as versões adolescentes de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e
Franjinha, vivem uma aventura em conjunto com Kimba, o leão branco, AstroBoy, Safiri (de A Princesa e o
Cavaleiro) e outros heróis criados pelo japonês Osamu Tezuka.
A aventura, que concretiza um
projecto esboçado pelos dois autores nos anos 1980, leva as personagens dos
dois até à Amazônia, para defrontarem traficantes de madeira.
Desenvolvimento
Qualquer crossover – como o
actual – para funcionar tem que obedecer a um pressuposto simples: as
personagens envolvidas têm que manter as suas identidades próprias e fazer
sentido na relação umas com as outras e no enredo que as une.
E isso, sem qualquer dúvida é
conseguido em “Tesouro Verde”, onde todos agem como o leitor esperaria, embora,
naturalmente, o registo – na construção, no tipo de humor - esteja mais próximo
do habitual em Maurício de Sousa – falta a crueldade e realismo habituais nos argumentos
de Tezuka – o que não surpreende pois esta é uma produção original dos seus estúdios.
Por isso, também, se todos interagem
naturalmente – de alguma forma foram agrupadas de acordo com as suas ambições e
desejos – grande parte da narrativa baseia-se nos choques e/ou ligações que
conseguem estabelecer. E se isto é positivo pois ajuda o leitor a integrar-se
num modelo que, sem dúvida, foge ao habitual, acaba por limitar – e nalguns
casos secundarizar – aquela que deveria ser a base narrativa.
Porque convém não
esquecer, no âmago deste projecto está uma mensagem ecológica – actual e
premente – centrada na Amazónia mas extensível a outros locais do planeta – ou
mesmo a todo o planeta – que salienta a necessidade de uma utilização
sustentada dos recursos naturais.
Apesar desse propósito óbvio,
a história, de ritmo sustentado para que todos os elementos possam ser
considerados e absorvidos, desenvolve-se em cenas paralelas que convergem para
o inevitável confronto final, mas não sem algumas surpresas e inflexões no
argumento.
Mesmo com os aspectos menos
conseguidos apontados, no geral o conjunto funciona bem e poderá ter sido, quem
sabe, o abrir de uma porta que no futuro proporcione outros cruzamentos entre a
Turma da Mônica Jovem e heróis de outros universos…
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Astroboy,
Maurício de Sousa,
Panini,
Tezuka,
Turma da Mônica Jovem
31/07/2012
Turma da Mônica Jovem #43
Está já distribuída em Portugal a revista “Turma da Mônica Jovem” #43, na qual as
versões adolescentes de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, vivem uma aventura
em conjunto com Kimba, o leão branco, AstroBoy, Safiri (de A Princesa e o
Cavaleiro) e outros heróis criados pelo japonês Osamu Tezuka.
Considerado
o pai do manga moderno, Tezuka (1928-1989) conheceu Maurício de Sousa nos anos
1980, tendo os dois criadores de quadradinhos ficado amigos e tido vários
encontros no Brasil e no Japão, tendo mesmo projectado uma história em
conjunto, que acabou por não se concretizar devido à morte prematura do criador
japonês.
“Na época
em que conversámos, a ideia era fazer uma animação juntando os nossos
personagens”, explicou Maurício de Sousa, mas recentemente, após contactos com
a família de Tezuka, “achamos melhor começar com uma publicação aos
quadradinhos, para depois vermos a possibilidade de fazer um desenho animado
também”.
O resultado
é “Tesouro Verde” uma história em duas partes – que foi introduzida num encarte
especial incluído na “Turma da Mônica Jovem” #42 – que une os heróis mais
emblemáticos dos dois criadores na luta pela preservação da Amazônia e que tem
por objectivo alertar os mais jovens para a importância da sustentabilidade.
A “Turma da
Mônica Jovem” #43, lançada há seis meses no Brasil e agora disponível também em
Portugal, antecipava a ECO+20, um encontro internacional de temática ecológica,
organizado pelas nações Unidas, que teve lugar no Rio de Janeiro em Junho
passado.
(Versão
revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 28 de Julho de 2012)
Leituras relacionadas
Astroboy,
Maurício de Sousa,
Tezuka,
Turma da Mônica Jovem
25/01/2012
Cebola Jovem Especial #1
O Grande Prémio
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Novembro de 2010)
190 x 275 mm, 96 p., cor, brochado
R$ 9,90 (3,50 €)
Resumo
Vencedor de uma corrida espacial entre a turma num simulador
virtual, Cebola é abduzido para outra dimensão, onde terá que defrontar os
campeões de vários planetas num desafio cujo prémio decidirá o futuro do
universo.
Desenvolvimento
Com um atraso maior do que os habituais seis meses, chega a Portugal
mais uma edição derivada do sucesso Turma da Mônica Jovem.
Distribuída este mês – está agora nas bancas nacionais – foi
uma das edições lançadas para comemorar os 50 anos do Cebolinha,
sendo pena que com ela não tenha vindo a edição que compilou alguns dos
melhores e mais marcantes momentos da sua carreira. Mas como a esperança é a
último a morrer, pode ser que ainda chegue a Portugal essa edição – bem como os
diversos tomos do projecto MSP50…
Cebola Jovem Especial é a cores – vivas e lisas - e num
formato maior do que a revista mensal, o que podendo ser, do ponto de vista
comercial, um atractivo extra, não beneficia a história, pois acentua o vazio
dos fundos e a linearidade do traço utilizado, acentuado pela excessiva
simplificação dos engenhos voadores presentes na maioria das páginas.
Merecem
referência, apesar disso, alguns dos conceitos – interessantes – que lhes estão
subjacentes, as (chamativas) personagens femininas (qual será a sua relevância no
sucesso da TMJ junto dos rapazes adolescentes?!), a galeria de esboços inserida
nas páginas finais da revista e a elevação para uma nova dimensão do conceito
de “dono da rua” que Cebol(inh)a há tantos anos persegue e que está na base
deste relato.
O afastamento dos habituais protagonistas – Cebola, Mônica,
Cascão e Magali – do seu quotidiano, sem eliminar os habituais choques,
cumplicidades e momentos de humor, retira-lhes algum do destaque habitual,
substituído na história pela homenagem/sátira a títulos como Star Trek, Star
Wars e outras séries/filmes de ficção-científica, numa história movimentada em
que nem todos são o que parecem e em que a amizade – como sempre – leva de
vencida o engano e a mentira.
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Maurício de Sousa,
Panini,
Turma da Mônica Jovem
30/05/2011
Turma da Mônica Jovem #34
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Maio de 2011)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada, 2,35 €
1960: nasce no Brasil, nas tiras diárias de jornal protagonizadas pelo Bidú, Cebolinha, um menino com meia dúzia de anos, cinco fios de cabelo na cabeça e dificuldade em pronunciar os “rr” que sistematicamente troca por “ll”.
1963: no mesmo suporte, aparece pela primeira vez Mônica, uma menina da mesma idade, dois dentes salientes, muita força e a companhia constante de um coelhinho de peluche chamado Sansão.
2008: Mônica e Cebolinha, depois de anos de um imenso sucesso, muita amizade e ainda mais rivalidade, marcados pelo falhanço de planos infalíveis e grandes tareias com o coelhinho, (finalmente) cresceram. Vantagem do tempo passado nos quadradinhos, mais de quarenta anos depois são apenas adolescentes. Ela está bonita e continua decidida; ele, agora chamado Cebola, só troca os “rr” pelos “ll” quando está nervoso. A estreia, a preto e branco e em estilo próximo do manga (BD japonesa) acontece na revista Turma da Mônica Jovem, que de imediato se torna um enorme sucesso de vendas no Brasil, com presenças sucessivas nos tops de vendas de bancas e livrarias.
2011, Maio, 24: Chega às bancas brasileiras o nº34 da Turma da Mônica Jovem, alguns dias mais cedo do que o anunciado, na sequência de uma intensa campanha de marketing, essencialmente desenvolvida online. Inicialmente assente numa imagem que mostrava Sansão, o tal coelhinho de peluche abandonado, ganhou (mais) força mediática quando foi revelada a capa que mostra um intenso beijo entre Mônica e Cebola.
Não que fosse o primeiro. Esse, mais casto e rápido, aconteceu na TMJ #4, no calor do final de uma aventura emocionante, que fez da revista recordista com quase meio milhão de exemplares vendidos!
Depois, já houve mais alguns, leves e rápidos. Mas agora, numa história intitulada “Quer namorar comigo?”, Cebola finalmente ganhou coragem e faz o pedido, para não perder a amiga para um rival, revelou Maurício de Sousa, remetendo para a leitura da revista a descoberta da resposta da Mônica.
Sendo positiva, como a capa parece indicar, implicará um reajuste na estrutura da série – em parte assente na rivalidade/atracção – entre os dois jovens. O que poderá servir de mote para Maurício, que lança algumas pistas – mais dúvidas do que certezas - sobre o futuro do “casal” no editorial da revista, que pode ser lido abaixo, explorar outras temáticas mais sensíveis relacionadas com as relações na adolescência, pois esse era, afinal, um dos objectivos da publicação quando foi criada.
Mas se os brasileiros já estão a descobrir a resposta da Mônica (um sim intenso ou uma forte coelhada?), numa edição com tiragem base de 500 mil exemplares, os portugueses terão que esperar até Outubro, quando chegará às bancas e quiosques nacionais este número da Turma da Mônica Jovem.
Panini Comics (Brasil, Maio de 2011)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada, 2,35 €
1960: nasce no Brasil, nas tiras diárias de jornal protagonizadas pelo Bidú, Cebolinha, um menino com meia dúzia de anos, cinco fios de cabelo na cabeça e dificuldade em pronunciar os “rr” que sistematicamente troca por “ll”.
1963: no mesmo suporte, aparece pela primeira vez Mônica, uma menina da mesma idade, dois dentes salientes, muita força e a companhia constante de um coelhinho de peluche chamado Sansão.
2008: Mônica e Cebolinha, depois de anos de um imenso sucesso, muita amizade e ainda mais rivalidade, marcados pelo falhanço de planos infalíveis e grandes tareias com o coelhinho, (finalmente) cresceram. Vantagem do tempo passado nos quadradinhos, mais de quarenta anos depois são apenas adolescentes. Ela está bonita e continua decidida; ele, agora chamado Cebola, só troca os “rr” pelos “ll” quando está nervoso. A estreia, a preto e branco e em estilo próximo do manga (BD japonesa) acontece na revista Turma da Mônica Jovem, que de imediato se torna um enorme sucesso de vendas no Brasil, com presenças sucessivas nos tops de vendas de bancas e livrarias.
2011, Maio, 24: Chega às bancas brasileiras o nº34 da Turma da Mônica Jovem, alguns dias mais cedo do que o anunciado, na sequência de uma intensa campanha de marketing, essencialmente desenvolvida online. Inicialmente assente numa imagem que mostrava Sansão, o tal coelhinho de peluche abandonado, ganhou (mais) força mediática quando foi revelada a capa que mostra um intenso beijo entre Mônica e Cebola.
Não que fosse o primeiro. Esse, mais casto e rápido, aconteceu na TMJ #4, no calor do final de uma aventura emocionante, que fez da revista recordista com quase meio milhão de exemplares vendidos!
Depois, já houve mais alguns, leves e rápidos. Mas agora, numa história intitulada “Quer namorar comigo?”, Cebola finalmente ganhou coragem e faz o pedido, para não perder a amiga para um rival, revelou Maurício de Sousa, remetendo para a leitura da revista a descoberta da resposta da Mônica.
Sendo positiva, como a capa parece indicar, implicará um reajuste na estrutura da série – em parte assente na rivalidade/atracção – entre os dois jovens. O que poderá servir de mote para Maurício, que lança algumas pistas – mais dúvidas do que certezas - sobre o futuro do “casal” no editorial da revista, que pode ser lido abaixo, explorar outras temáticas mais sensíveis relacionadas com as relações na adolescência, pois esse era, afinal, um dos objectivos da publicação quando foi criada.
Mas se os brasileiros já estão a descobrir a resposta da Mônica (um sim intenso ou uma forte coelhada?), numa edição com tiragem base de 500 mil exemplares, os portugueses terão que esperar até Outubro, quando chegará às bancas e quiosques nacionais este número da Turma da Mônica Jovem.
Leituras relacionadas
Maurício de Sousa,
Panini,
Turma da Mônica Jovem
18/11/2010
Turma da Mônica Jovem #21 e #22
No País das Maravilhas
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Abril e Maio de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Na banda desenhada – como em qualquer outra arte – variedade e diversidade é fundamental. Quanto mais não seja, para haver possibilidade de escolha, para poder definir gostos através da comparação.
Se só houvesse Dot & Dash, ou só Stuart, ou só Tintin, ou só J. Kendall, ou só Corto Maltese, ou só Iron Man, ou só humor, ou só acção, ou só aventura, ou só crítica social, ou só História, ou só manga, ou só super-heróis, ou só franco-belga, ou só autobiografia, seria impossível desfrutar em toda a plenitude de qualquer destas obras ou de qualquer destes géneros.
Porque, todos eles têm o seu lugar, o seu interesse, a sua importância: na formação de jovens leitores ou no seu acompanhamento ao longo do crescimento e amadurecimento, na diversificação da oferta ou na exploração de novas vias e tendências, na combinação de diferentes géneros e sensibilidades artísticas ou na adaptação de obras de outros meios de expressão à linguagem própria dos quadradinhos.
Por isso, quando nas minhas Melhores Leituras de um qualquer mês eu indico Tex e Jerry Spring e André Carrilho e Blacksad, não estou de forma alguma a dizer que todos os livros em questão me satisfizeram de igual forma ou me tocaram da mesma maneira. Apenas indico que todos eles me satisfizeram no momento da sua leitura, que todos eles corresponderam ou superaram as minhas expectativas. Até porque não tenho – não posso ter, ninguém pode – as mesmas expectativas para todas as obras. Mas, a diferentes níveis, todas podem satisfazer-me (ou não, também é verdade). Porque, em todas, há lugar para profissionalismo e para arte, para génio e para trabalho, para diversão e para reflexão. E para obras-primas, (também) em sentido absoluto, cuja leitura se recomenda – eu recomendo muitas vezes.
Por isso, neste espaço que preencho com as reflexões das minhas leituras, tenho procurado diversificar o leque de obras sugeridas, cumprindo, de algum modo – menos do que desejava – o propósito que estabeleci no início do ano.
Por isso, também, hoje, a minha proposta de leitura são os dois mais recentes (nas nossas bancas) números da Turma da Mônica Jovem.
Escolha que certamente levará muitos a torcer o nariz e a seguirem adiante. Perdendo, em minha opinião, a hipótese de desfrutarem de um produto (não, não é um termo pejorativo) bem feito e adequado aos propósitos que o seu autor previamente estabeleceu: educar, formar, divertir. O maior número de leitores que for possível.
Daí, o uso de personagens conhecidas e (muito) populares recriadas numa nova fase da sua vida, o estilo gráfico adequado aos gostos dos seus leitores potenciais, os adolescentes (o que não significa que não toque igualmente crianças e adultos), um tom ligeiro e leve (não displicente ou menor, até porque estão lá os ingredientes para fazer pensar) -, uma colagem consistente a temas actuais, o recurso a referências por todos (re)conhecidas. No caso vertente, o clássico de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”, potenciado pela (então) próxima estreia do filme de Tim Burton… Que é abordado com uma boa exploração do universo original, mesclando-o com o universo da Turma da Mônica (e não só a Jovem), recorrendo ao humor (muitas vezes à custa da própria criação), à clareza dos diálogos e a um ritmo narrativo que se adequa às diferentes cenas, que são apanágio tradicional das obras de Maurício de Sousa. Um bom exemplo? As primeiras páginas do tomo #21, com o próprio Maurício a surgir, com o seu “lápis mágico”, ao lado da sua esposa Alice, que faz a ponte para a outra, a do País das Maravilhas, antes da Mônica assumir a personagem…
E mensalmente, em cada nova história escrita e desenhada, as personagens vão desenvolvendo as suas personalidades – mantendo muitas das características já conhecidas, recorrentemente evocadas, para aumentar a ligação com os leitores -, o novo universo vai sendo estruturado, relações e sentimentos vão sendo aprofundados.
E, o mínimo que pode ser escrito é que os objectivos traçados têm sido alcançados. Provam-no os resultados comerciais (que, sim, são – sempre - importantes), a forma agradável como estas histórias se apresentam, o prazer que a sua leitura pode proporcionar.
Como leitura exclusiva? Não, de forma alguma! Como leitura capaz de satisfazer integralmente um leitor exigente? Também não (embora a resposta possa ser sim, se pensada para situações específicas). Mas, sem dúvida, como MAIS uma leitura, capaz de agradar e dispor bem, e de permitir desfrutar, (também) a outros níveis, de outras leituras diferentes.
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Abril e Maio de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Na banda desenhada – como em qualquer outra arte – variedade e diversidade é fundamental. Quanto mais não seja, para haver possibilidade de escolha, para poder definir gostos através da comparação.
Se só houvesse Dot & Dash, ou só Stuart, ou só Tintin, ou só J. Kendall, ou só Corto Maltese, ou só Iron Man, ou só humor, ou só acção, ou só aventura, ou só crítica social, ou só História, ou só manga, ou só super-heróis, ou só franco-belga, ou só autobiografia, seria impossível desfrutar em toda a plenitude de qualquer destas obras ou de qualquer destes géneros.
Porque, todos eles têm o seu lugar, o seu interesse, a sua importância: na formação de jovens leitores ou no seu acompanhamento ao longo do crescimento e amadurecimento, na diversificação da oferta ou na exploração de novas vias e tendências, na combinação de diferentes géneros e sensibilidades artísticas ou na adaptação de obras de outros meios de expressão à linguagem própria dos quadradinhos.
Por isso, quando nas minhas Melhores Leituras de um qualquer mês eu indico Tex e Jerry Spring e André Carrilho e Blacksad, não estou de forma alguma a dizer que todos os livros em questão me satisfizeram de igual forma ou me tocaram da mesma maneira. Apenas indico que todos eles me satisfizeram no momento da sua leitura, que todos eles corresponderam ou superaram as minhas expectativas. Até porque não tenho – não posso ter, ninguém pode – as mesmas expectativas para todas as obras. Mas, a diferentes níveis, todas podem satisfazer-me (ou não, também é verdade). Porque, em todas, há lugar para profissionalismo e para arte, para génio e para trabalho, para diversão e para reflexão. E para obras-primas, (também) em sentido absoluto, cuja leitura se recomenda – eu recomendo muitas vezes.
Por isso, neste espaço que preencho com as reflexões das minhas leituras, tenho procurado diversificar o leque de obras sugeridas, cumprindo, de algum modo – menos do que desejava – o propósito que estabeleci no início do ano.
Por isso, também, hoje, a minha proposta de leitura são os dois mais recentes (nas nossas bancas) números da Turma da Mônica Jovem.
Escolha que certamente levará muitos a torcer o nariz e a seguirem adiante. Perdendo, em minha opinião, a hipótese de desfrutarem de um produto (não, não é um termo pejorativo) bem feito e adequado aos propósitos que o seu autor previamente estabeleceu: educar, formar, divertir. O maior número de leitores que for possível.
Daí, o uso de personagens conhecidas e (muito) populares recriadas numa nova fase da sua vida, o estilo gráfico adequado aos gostos dos seus leitores potenciais, os adolescentes (o que não significa que não toque igualmente crianças e adultos), um tom ligeiro e leve (não displicente ou menor, até porque estão lá os ingredientes para fazer pensar) -, uma colagem consistente a temas actuais, o recurso a referências por todos (re)conhecidas. No caso vertente, o clássico de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”, potenciado pela (então) próxima estreia do filme de Tim Burton… Que é abordado com uma boa exploração do universo original, mesclando-o com o universo da Turma da Mônica (e não só a Jovem), recorrendo ao humor (muitas vezes à custa da própria criação), à clareza dos diálogos e a um ritmo narrativo que se adequa às diferentes cenas, que são apanágio tradicional das obras de Maurício de Sousa. Um bom exemplo? As primeiras páginas do tomo #21, com o próprio Maurício a surgir, com o seu “lápis mágico”, ao lado da sua esposa Alice, que faz a ponte para a outra, a do País das Maravilhas, antes da Mônica assumir a personagem…
E mensalmente, em cada nova história escrita e desenhada, as personagens vão desenvolvendo as suas personalidades – mantendo muitas das características já conhecidas, recorrentemente evocadas, para aumentar a ligação com os leitores -, o novo universo vai sendo estruturado, relações e sentimentos vão sendo aprofundados.
E, o mínimo que pode ser escrito é que os objectivos traçados têm sido alcançados. Provam-no os resultados comerciais (que, sim, são – sempre - importantes), a forma agradável como estas histórias se apresentam, o prazer que a sua leitura pode proporcionar.
Como leitura exclusiva? Não, de forma alguma! Como leitura capaz de satisfazer integralmente um leitor exigente? Também não (embora a resposta possa ser sim, se pensada para situações específicas). Mas, sem dúvida, como MAIS uma leitura, capaz de agradar e dispor bem, e de permitir desfrutar, (também) a outros níveis, de outras leituras diferentes.
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24/05/2010
Turma da Mônica Jovem #15 a #17
Estúdios Maurício de Sousa
Panini Comics (Brasil, Novembro de 2009 a Janeiro de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Odiada por alguns, bem recebida pela (maior parte da) crítica, amada pelos (seus muitos) leitores, a Turma da Mónica Jovem é um dos maiores sucessos aos quadradinhos de sempre no Brasil.
Se o efeito curiosidade – saber como seriam os elementos da Turma da Mónica uns anos mais velhos - poderá ter servido para o desencadear, a verdade é que só por si não seria suficiente para o manter ao longo de mais um ano. Por isso, as razões para o explicar devem ser procuradas nas próprias histórias.
Uma delas, é a forma coerente como Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali se tornaram adolescentes, sem se descaracterizarem, não perdendo as qualidades e defeitos que lhes eram (re)conhecidas enquanto crianças, mas adaptadas à sua nova idade. Outra é porque o tom leve e despretensioso habitual nas histórias, a naturalidade dos diálogos, o sentido de humor de Maurício de Sousa, continuam presentes, mostrando porque é um dos autores de quadradinhos mais lidos de sempre. Depois, porque a temática e os cenários vão mudando de história para história: por isso podem narrar o quotidiano adolescente (que é igual ao do seu público-alvo – mas onde estão longe de se esgotar os seus leitores), ou pode emular os ambientes fantásticos de tantas criações de referência – dos manga, do cinema, da TV –, caras aos adolescentes, o que serve para aumentar a cumplicidade de quem lê e de quem é lido. E também, porque se (indiscutível e assumidamente) há algum tom pedagógico e educativo nas histórias da TMJ, ele surge com naturalidade, sem incomodar nem afastar os leitores.
A chegar às bancas portuguesas, o 17º número da revista mensal, traz a terceira e última parte da saga “Monstros do ID”, para mim, uma das mais consistentes e conseguidas até agora protagonizada pela TMJ. O seu tema são os “monstros” que existem dentro de nós, que nos levam a fazer o que não queremos, a ter reacções despropositadas, a magoar aqueles de quem gostamos, a eixar de gostar de nós...
Monstros a que a equipa que produziu esta saga da TMJ conseguiu dar corpo e substância, com equilíbrio e credibilidade, conseguindo dessa forma mostrar com uma outra força e intensidade as consequências dos confrontos que normalmente são interiores e que se sentem com mais força exactamente na adolescências, na fase de formação do carácter, quando as solicitações são maiores.
A utilização de duas cores – vermelho e azul - para distinguir o “lado bom” e o “lado mau” de cada um – tantas vezes na BD representados por um anjo e um diabo – é um recurso simples mas muito eficaz que ajuda à compreensão do enredo e dá uma outra vida a estas pranchas em estilo manga que, por vezes, parecem mesmo estar a pedir cor
Panini Comics (Brasil, Novembro de 2009 a Janeiro de 2010)
160 x 210 mm, mensal, 128 p., preto e branco, brochada
Odiada por alguns, bem recebida pela (maior parte da) crítica, amada pelos (seus muitos) leitores, a Turma da Mónica Jovem é um dos maiores sucessos aos quadradinhos de sempre no Brasil.
Se o efeito curiosidade – saber como seriam os elementos da Turma da Mónica uns anos mais velhos - poderá ter servido para o desencadear, a verdade é que só por si não seria suficiente para o manter ao longo de mais um ano. Por isso, as razões para o explicar devem ser procuradas nas próprias histórias.
Uma delas, é a forma coerente como Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali se tornaram adolescentes, sem se descaracterizarem, não perdendo as qualidades e defeitos que lhes eram (re)conhecidas enquanto crianças, mas adaptadas à sua nova idade. Outra é porque o tom leve e despretensioso habitual nas histórias, a naturalidade dos diálogos, o sentido de humor de Maurício de Sousa, continuam presentes, mostrando porque é um dos autores de quadradinhos mais lidos de sempre. Depois, porque a temática e os cenários vão mudando de história para história: por isso podem narrar o quotidiano adolescente (que é igual ao do seu público-alvo – mas onde estão longe de se esgotar os seus leitores), ou pode emular os ambientes fantásticos de tantas criações de referência – dos manga, do cinema, da TV –, caras aos adolescentes, o que serve para aumentar a cumplicidade de quem lê e de quem é lido. E também, porque se (indiscutível e assumidamente) há algum tom pedagógico e educativo nas histórias da TMJ, ele surge com naturalidade, sem incomodar nem afastar os leitores.
A chegar às bancas portuguesas, o 17º número da revista mensal, traz a terceira e última parte da saga “Monstros do ID”, para mim, uma das mais consistentes e conseguidas até agora protagonizada pela TMJ. O seu tema são os “monstros” que existem dentro de nós, que nos levam a fazer o que não queremos, a ter reacções despropositadas, a magoar aqueles de quem gostamos, a eixar de gostar de nós...
Monstros a que a equipa que produziu esta saga da TMJ conseguiu dar corpo e substância, com equilíbrio e credibilidade, conseguindo dessa forma mostrar com uma outra força e intensidade as consequências dos confrontos que normalmente são interiores e que se sentem com mais força exactamente na adolescências, na fase de formação do carácter, quando as solicitações são maiores.
A utilização de duas cores – vermelho e azul - para distinguir o “lado bom” e o “lado mau” de cada um – tantas vezes na BD representados por um anjo e um diabo – é um recurso simples mas muito eficaz que ajuda à compreensão do enredo e dá uma outra vida a estas pranchas em estilo manga que, por vezes, parecem mesmo estar a pedir cor
Leituras relacionadas
Maurício de Sousa,
Turma da Mônica Jovem
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