Nascidas
em formato digital, online, em 2013, em português, inglês e
japonês, as Butterfly
Chronicles
têm finalmente edição em papel -
para mim, nada o substitui... - pela
Escorpião Azul.
Costuma
dizer-se que o importante não é a história que se conta mas sim a
forma como é contada. E, em A
cor das coisas,
de Martin Panchaud, que a Levoir editou no recente Amadora BD,com
a presença do autor em Portugal, sem dúvida o destaque é a forma
como ele narra.
Sou
um anjo perdido,
em edição portuguesa da Arte de Autor, é um belo e longo passeio
pela memória. Na
sua origem e
a terminar, pela memória, as memórias, do autor, Jordi Lafebre. A
terminar, porque é no posfácio que Lafebre confessa os seus medos
de infância e adolescência na sua Barcelona natal, que lhe serviram
de ponto de partida para este relato que tem aquela cidade como
cenário e personagem de relevo.
Os
tempos mudam (dizem alguns...), a tecnologia atinge um nível que há
poucos anos era inimaginável, assistimos a avanços em diversas
áreas mas... o ser humano continua igual. Fanatismo
religioso (e político), intolerância, ignorância, desrespeito pela
opinião dos outros são temas actuais que, no entanto, não diferem
assim tanto dos que imperavam há 100 ou 200 anos. É pelo menos o
que depreendemos da muito aconselhável leitura de Undertaker
8 - O mundo segundo Oz,
edição recente da Ala dos Livros que fecha (?)no quarto díptico (com um final suficientemente aberto para o transformar num tríptico?) de um
dos melhores westerns
que a BD conheceu, iniciado em Mister Prairie.
Se
há mérito que se deve apontar à banda desenhada, é a forma como
se tem sabido reinventar ao longo dos tempos. Nascida 'cómica',
enveredou pela aventura, procurou outros suportes para lá dos
jornais que lhe assistiram ao parto, inventou super-heróis, virou
alternativa, aventurou-se por relatos de grande extensão, aborda
temáticas actuais, controversas, desafiadoras. Em
suma, ousou experimentar, fazer-se diferente, recriar-se, não só
temática mas também graficamente. Não
passando de uma excepção a regras criadas para serem quebradas ou
contornadas, Corpo
de Cristo,
uma edição recente da Iguana, espelha muito do que fica atrás
escrito.
Sabemos
tanto e ao mesmo tão pouco sobre Fernando Pessoa, o escritor, o
poeta, o homem, a face visível de tantos heterónimos, que todos os
delírios e suspeições são legítimos.
Está
finalmente
disponível
em português,
numa belíssima edição de A Seita, o segundo e último volume de A
Fera
que, na edição lusa, traz como extras uma história curta e um
passeio guiado e ilustrado pela Bruxelas de Frank Pé, que desvenda
alguns dos segredos e referências que espalhou pela história - e
que permitem, justificam até, uma segunda leitura atenta aos
pormenores e não ao fundamental.
A cerimónia de entrega dos troféus aos vencedores dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora teve lugar no passado domingo e o palmarés completo está disponível já a seguir. Também podem ler a notícia alusiva aqui.
"Astérix
na Lusitânia", o álbum que os portugueses há tanto tempo
aguardavam, chega esta quinta-feira às livrarias de todo o mundo com
uma tiragem recorde: cinco milhões de livros. A
notícia completa pode ser lida aqui e na edição em papel de hoje.
Peças,
já nas livrarias em edição portuguesa da Ala os Livros, é uma
analogia entre o jogo de xadrez e a vida, a um tempo desafiadora e
provocadora, que, se por um lado nos reduz à nossa insignificância,
por outro nos mostra como todos somos relevantes como integrantes de
uma realidade maior, mesmo que poucos de nós cheguemos a ser 'reis'
ou 'rainhas'.
26
de Janeiro de 2021. Em plena pandemia da Covid-19, Luís Moreira
Gonçalves, médico português a trabalhar em S. Paulo, no Brasil,
recebe um e-mail do Governo do Estado da Rondónia sobre "a
extrema necessidade de recrutamento
e contratação imediata de profissionais médicos para laborar no
combata à Covid-19". Apesar de leccionar na universidade e não
ter propriamente experiência em hospitais, sentiu que tinha de
responder positivamente àquela chamada.
Mattéo
tem sete ou 8 anos e vive com os pais. Vai diariamente à escola onde
é atormentado pelos valentões que lhe infernizam a vida, ansioso
por voltar a casa e brincar com o seu cão, Tommy que (o) adora, e
com os super-heróis que preenchem o seu imaginário e conseguem
sempre derrotar o mal.
Quinta
obra da coreana Keum Suk Gendry-Kim editada em Portugal, depois dos
aplaudidos A espera,
que aborda a vida da mãe e a separação das duas Coreias, e Erva,
sobre
as adolescentes e mulheres que que os japoneses utilizaram como
escravas sexuais durante a II Guerra Mundial,
O
meu amigo Kim Jong-Un,
destoa
daquelas pelo seu tom menos intimista e pessoal, assumindo um
carácter mais
semelhante
ao do
também/a
biografia Alexandra
Kim, filha da Sibéria.
O
nome de André Juillard será conhecido de muitos, como desenhador de
vários dos álbuns de Blake e Mortimer das últimas duas décadas. Para esses, será uma surpresa
descobri-lo como autor completo de O
caderno azul,
que lhe valeu um troféu em Angoulême para o Melhor Álbum, em 1995.
Acontecimento
traumático e ainda demasiado envolto em secretismo, a guerra
colonial que tantas vítimas fez e tantas marcas deixou, a nível
individual e colectivo, no nosso país, necessita de ser falada,
evocada e discutida como forma de catarse e para ajudar a curar
algumas feridas.
A
capa definitiva de Astérix na Lusitânia, que chega às
livrarias a 23 de Outubro, foi divulgada ontem, com a particularidade
de ter sido divulgada em Portugal antes de todos os outros países,
incluindo a França.