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23/09/2018

Perigo Electrónico

Efemérides

- 10 anos após a estreia da Turma da Mônica Jovem...
- 34 anos após Maurício de Sousa e Osamu Tezuka se terem conhecido...
- 6 anos após o primeiro encontro entre a Turma da Mônica adolescente e a princesa Safiri, Simba, o leão Branco ou Astroboy (criações de Tezuka)...
- 90 anos após o nascimento do ‘deus’ do manga…

05/09/2012

Turma da Mônica Jovem #44

 
 
 
 
 
 
 
 
Tesouro Verde (2ª parte)
Petra Leão (argumento)
Estúdios Maurício de Sousa (desenho)
Panini Comics (Brasil, Fevereiro e Março de 2012)
160 x 210 mm, 128 p., preto e branco, brochada, mensal
R$ 7,50 / 3,00 €
 
Resumo
Actualmente nas bancasportuguesas, esta revista conclui o arco iniciado na “Turma da Mônica Jovem” #43, na qual as versões adolescentes de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Franjinha, vivem uma aventura em conjunto com Kimba, o leão branco, AstroBoy, Safiri (de A Princesa e o Cavaleiro) e outros heróis criados pelo japonês Osamu Tezuka.
A aventura, que concretiza um projecto esboçado pelos dois autores nos anos 1980, leva as personagens dos dois até à Amazônia, para defrontarem traficantes de madeira.
 
Desenvolvimento
Qualquer crossover – como o actual – para funcionar tem que obedecer a um pressuposto simples: as personagens envolvidas têm que manter as suas identidades próprias e fazer sentido na relação umas com as outras e no enredo que as une.
E isso, sem qualquer dúvida é conseguido em “Tesouro Verde”, onde todos agem como o leitor esperaria, embora, naturalmente, o registo – na construção, no tipo de humor - esteja mais próximo do habitual em Maurício de Sousa – falta a crueldade e realismo habituais nos argumentos de Tezuka – o que não surpreende pois esta é uma produção original dos seus estúdios.
Por isso, também, se todos interagem naturalmente – de alguma forma foram agrupadas de acordo com as suas ambições e desejos – grande parte da narrativa baseia-se nos choques e/ou ligações que conseguem estabelecer. E se isto é positivo pois ajuda o leitor a integrar-se num modelo que, sem dúvida, foge ao habitual, acaba por limitar – e nalguns casos secundarizar – aquela que deveria ser a base narrativa.
Porque convém não esquecer, no âmago deste projecto está uma mensagem ecológica – actual e premente – centrada na Amazónia mas extensível a outros locais do planeta – ou mesmo a todo o planeta – que salienta a necessidade de uma utilização sustentada dos recursos naturais.
Apesar desse propósito óbvio, a história, de ritmo sustentado para que todos os elementos possam ser considerados e absorvidos, desenvolve-se em cenas paralelas que convergem para o inevitável confronto final, mas não sem algumas surpresas e inflexões no argumento.
Mesmo com os aspectos menos conseguidos apontados, no geral o conjunto funciona bem e poderá ter sido, quem sabe, o abrir de uma porta que no futuro proporcione outros cruzamentos entre a Turma da Mônica Jovem e heróis de outros universos…
 

31/07/2012

Turma da Mônica Jovem #43













Está já distribuída em Portugal a revista “Turma da Mônica Jovem” #43, na qual as versões adolescentes de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, vivem uma aventura em conjunto com Kimba, o leão branco, AstroBoy, Safiri (de A Princesa e o Cavaleiro) e outros heróis criados pelo japonês Osamu Tezuka.
Considerado o pai do manga moderno, Tezuka (1928-1989) conheceu Maurício de Sousa nos anos 1980, tendo os dois criadores de quadradinhos ficado amigos e tido vários encontros no Brasil e no Japão, tendo mesmo projectado uma história em conjunto, que acabou por não se concretizar devido à morte prematura do criador japonês.
“Na época em que conversámos, a ideia era fazer uma animação juntando os nossos personagens”, explicou Maurício de Sousa, mas recentemente, após contactos com a família de Tezuka, “achamos melhor começar com uma publicação aos quadradinhos, para depois vermos a possibilidade de fazer um desenho animado também”.
O resultado é “Tesouro Verde” uma história em duas partes – que foi introduzida num encarte especial incluído na “Turma da Mônica Jovem” #42 – que une os heróis mais emblemáticos dos dois criadores na luta pela preservação da Amazônia e que tem por objectivo alertar os mais jovens para a importância da sustentabilidade.
A “Turma da Mônica Jovem” #43, lançada há seis meses no Brasil e agora disponível também em Portugal, antecipava a ECO+20, um encontro internacional de temática ecológica, organizado pelas nações Unidas, que teve lugar no Rio de Janeiro em Junho passado.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 28 de Julho de 2012)


10/12/2010

Selos & Quadradinhos (7)

Stamps & Comics / Timbres & BD (7)

Tema/subject/sujet: Science and Technology and Animation Series Nº 1 - Astroboy
País/country/pays: Japão/Japan/Japon
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2003

09/08/2010

Astroboy #3

Osamu Tezuka (argumento e desenho)
ASA (Portugal, Agosto de 2010)
127 x 182 mm, 208 p., pb, brochada


Se a recensão dos tomos #1 e #2 já deixou diversas pistas de leitura, a presença nas livrarias do terceiro tomo de Astroboy justifica mais estas curtas linhas em período de férias (também aqui nas Leituras).
Porque se trata de (mais) Tezuka – em português – um autor de referência e incontornável, que todos devem conhecer, sejam fãs de manga ou não, e porque significa que a ASA cumpriu o programa editorial que se tinha proposto. O que (infelizmente) tem sido algo raro entre nós na edição de BD, mas não deixa de ser um sinal positivo para os leitores, mais a mais tendo em vista o lançamento – previsivelmente em Outubro – do primeiro volume de Dragon Ball, uma série de outro fôlego para a qual a periodicidade será factor fundamental para agarrar (o seu) público.

23/07/2010

Astroboy 2

Osamu Tezuka (argumento e desenho)
ASA (Portugal, Julho de 2010)
127 x 182 mm, 208 p., pb, brochada

Se já algo ficou escrito n’As Leituras do Pedro sobre Astroboy, aquando do lançamento do primeiro tomo desta trilogia que a ASA está a editar, a chegada às livrarias do segundo tomo um mês decorrido sobre o lançamento do primeiro – dentro do prazo previsto, portanto, o que nem sempre (raramente?!) tem sido regra em Portugal – justifica nova chamada de atenção para a obra em geral e alguns detalhes dela em particular.
Em geral, porque Tezuka é um dos grandes nomes do manga e da BD e lê-lo em português é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. Até porque a edição, graficamente, está bem cuidada e conseguida (pese embora alguns problemas na impressão dos tons cinzentos) e respeita o sentido de leitura do original japonês.
Depois, porque Astroboy é um clássico que, se tem algumas marcas do tempo que decorreu desde o seu lançamento - nos anos 60 do século passado – como era inevitável numa obra de antecipação tecnológica e científica, continua perfeitamente legível e, em muitos aspectos, actual. E se a primeira impressão é que estamos face a uma obra ingénua – e a ingenuidade está presente nela - e até infantil – devido a algumas das soluções narrativas adoptadas - , uma leitura – que nem necessita de ser muito atenta – contraria de imediato esta ideia porque, com o seu traço (enganadoramente) simplista - mas muito expressivo e dinãmico -, Tezuka consegue desenvolver histórias adultas que podem até ser chocantes e cruéis, destacando-se nestes aspectos, nesta nova compilação, “Sua alteza Deadcross”, o primeiro dos três contos nela inseridos.
Deixo ainda uma chamada de atenção final para a dualidade humanos/robots que perpassa toda a saga de Astroboy, com as criações mecânicas, frequentemente, a ultrapassarem em humanidade os seus criadores humanos…

24/06/2010

Astroboy 1

Osamu Tezuka (argumento e desenho)
ASA (Portugal, Junho de 2010)
127 x 182 mm, 224 p., pb, brochada


Resumo
Astroboy é uma das mais famosas criações de Osamu Tezuka (1928-1989), considerado o pai do manga moderno e, sem dúvida, o mais importante autor do género, sendo esta a primeira vez que o autor é publicado no nosso país.
Astroboy, cuja versão cinematográfica estreou há poucas semanas nos nossos cinemas e cujo sucesso da versão animada, em 1963, estaria na origem do grande boom da animação japonesa, é a designação ocidental de um herói criado em 1951 sob o título de Atomu Taishi e um ano mais tarde alterado para Tetsuwan Atomu.
Manga “shônen” (ou seja, direccionado para o público juvenil masculino), de grande longevidade – foi publicado até 1968 - é uma história de ficção-científica que decorre no (então futuro e distante) ano de 2003, num tempo em que máquinas e humanos vivem lado a lado. O protagonista é um poderoso robot, criado por um cientista para substituir o seu filho falecido num desastre de automóvel, mas depois abandonado por não crescer e se desenvolver. Astroboy acaba por tornar-se o herói de Metro City, usando as suas super-capacidades para combater o mal

Desenvolvimento
Para os nossos dias, o tom – e a forma como são abordadas temáticas como a conquista do mundo a colonização da Lua ou a construção de robots a partir de seres vivos - pode parecer algo ingénuo, mas não deixa de ser um prazer ler Tezuka em português e descobrir (algum)as qualidades que fizeram dele um dos grandes autores aos quadradinhos de sempre: o ritmo, originalidade e imprevisibilidade das histórias, a planificação variada e dinâmica…
Apesar do tom aventuroso de Astroboy, Tezuka fez dele um hino à tolerância e à amizade, o que é de alguma forma visível no segundo (e maior) dos relatos incluídos neste tomo, ou não tenha sido o herói imaginado num Japão ainda sob os efeitos da derrota na II Guerra Mundial.
Curioso também é verificar como o seu traço simples – quase apetece escrever infantil – funciona tão bem num registo de ficção-científica como é este, quanto em histórias de outro cariz, sejam lendas, aventuras de acção, policiais ou de crítica social.
Fica o desejo que o “sucesso” desta “trilogia” permita à ASA posteriormente avançar com outros títulos (mais estimulantes) do autor, de temática mais adulta.

A reter
- A edição de Tezuka em português.
- A estreia da ASA na edição de manga japonês.
- A publicação do livro praticamente em simultâneo com a estreia do filme. Parece (e é) lógico, mas tem sido raro em Portugal.

Curiosidade
- As três histórias (completas) contidas neste volume têm introduções – igualmente aos quadradinhos -, protagonizadas pelo próprio Tezuka –posteriores á data original de publicação, que ajudam a perceber o contexto em que foram criadas.
- Este é o primeiro dos três volumes de Astroboy que a ASA tem agendados, devendo os restantes chegar às livrarias em Julho e Agosto.
- A edição portuguesa, de boa qualidade, respeita o sentido de leitura original, ou seja, da direita para a esquerda e do “fim para o princípio” (em relação à forma como geralmente se manuseiam os livros ocidentais).

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 5 de Junho de 2010)
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