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25/11/2023
Lançamento: Colecção Clássica Marvel #84 - Capitão América #5
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08/04/2023
Lançamento: Colecção Clássica Marvel #51 - Capitão América #3
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31/12/2022
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23/05/2022
Capitão América 80 anos - Especial de aniversário
Viva o Rei!
Assinalando os 80 anos da estreia do Capitão
América - em Dezembro de 1940 ou em Março de 1941, conforme seja
considerada a data de chegada
a bancas da sua revista #1 ou a data nela impressa - a Marvel decidiu
homenagear o mais americanos dos super-heróis de forma original,
oferecendo a várias dezenas dos seus autores a possibilidade de
refazerem uma página de uma das suas histórias emblemáticas.
A análise ao resultado, actualmente disponível
em algumas das nossas bancas e quiosques, está já a seguir.
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16/04/2022
Lançamento: Capitão América #1
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18/11/2020
Os Vingadores #13 + Turma da Mônica Jovem #42 + Quarteto Fantástico: Etern4mente
Mais três
Entre descoberta,
surpresa e confirmação - ou até um pouco de tudo, em todas - deixo
três referências rápidas a outras tantas publicações da Panini
Comics Brasil, distribuídas/a distribuir este mês em (alguns)
quiosques e bancas portuguesas.
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16/09/2019
Capitán América: El hombre sin patria
Todos sabemos que o tempo e a distância têm influência na forma como lemos uma qualquer obra.
Algumas
não conseguem passar esse crivo, outras mantêm uma frescura que, no
caso presente, não deixa de ter algo de surpreendente.
23/01/2018
Os Vingadores (série II), vol. 2
Os tempos recentes - na verdade talvez não tão recentes
assim… tudo depende do peso que dermos à palavra ‘recente’ - trouxeram a moda -
ou a mania? - de dotar (quase?) todos os heróis, todos os protagonistas, de
infâncias difíceis, umas vezes órfãos, outras vezes maltratados, por vezes
abusados sexualmente...
Para realçar o seu valor presente? Para ‘normalizar’ o que
deveria ser - e felizmente ainda é - excepção?
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18/07/2017
Capitão América: O Escolhido
Conceito
Mais que uma personagem nesta história - embora seja seu
co-protagonista e o fundamental da sua origem passe perante os nossos olhos - o
Capitão América em O Escolhido é mais
um conceito, uma forma de estar e viver segundo quatro princípios: coragem,
honra, lealdade, sacrifício.
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05/07/2017
Nas bancas: Capitão América - Morte de uma lenda
(nota informativa disponibilizada pela editora)
CAPITÃO AMÉRICA: MORTE
DE UMA LENDA
Argumento de JEPH LOEB
& J. MICHAEL STRACZYNSKI
Arte de LEINIL YU, ED
McGUINESS, JOHN ROMITA JR, DAVID FINCH & JOHN CASSADAY
“Durante mais de 70 anos, o Capitão América lutou para
proteger a sua pátria amada, até ser mortalmente baleado por um misterioso
assassino. Agora, a comunidade dos super-heróis terá de encontrar forma de
lidar com a dor provocada pela perda de um dos seus melhores membros, e pelo
papel que poderão ter tido na morte do Capitão América.”
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20/03/2017
Capitão América: Branco
Duas leituras
Há duas leituras possíveis - pelo menos… - para este Capitão América: Branco.
A primeira, mais simplista é encará-lo - apenas... - como uma história ambientada na II Guerra Mundial.
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16/03/2017
Capitão América: Uma nova era
Os EUA e o terrorismo
Com os atentados de 11 de Setembro de 2001, a América – bem
como os seus (super-)heróis –descobriu um novo inimigo: o terrorismo.
Uma forma mais brutal de assassinar, de exercer vinganças
básicas, sem a cobertura (ilusória) das guerras.
Ou, conforme os pontos de vista, uma resposta à opressão…
04/05/2016
Capitán América: Blanco
No início do século XXI, Jeph Loeb e Tim Sale, entre outros
aspectos relevantes, destacaram-se pela original abordagem com base em cores feita
a alguns dos super-heróis Marvel.
Há oito anos, retomaram a ideia ‘pintando’ o Capitão América
de branco.
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22/09/2015
Capitão América: Sonhadores americanos
Ed Brubaker é, hoje, para mim, um dos poucos argumentistas
de super-heróis que me faz comprar uma edição.
Foi o seu nome – embora não só, mas já lá irei – que me fez
embarcar neste Capitão América:
Sonhadores americanos, nono volume da colecção Poderosos
Heróis Marvel da Levoir, distribuída às quintas-feiras com o jornal Público,
e a verdade é que, mais uma vez, apesar das surpresas, não saí desiludido.
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18/02/2015
Capitán América: Las Batallas del Bicentenario
O reencontro do Capitão América com o seu criador gráfico –
ou será o contrário? – e uma viagem daquele por alguns dos momentos marcantes
da História norte-americana, é a proposta deste volume que tem na sua quase
totalidade a assinatura de Jack “King” Kirby.
25/06/2014
Capitão América: Perdido na Dimensão Z
Chega hoje às bancas o quarto TPB Marvel Now!, versão
portuguesa, dedicado desta vez ao Capitão América, depois dos protagonizados
pelo Homem-Aranha, Vingadores-X e Guardiões da Galáxia.
A minha leitura, já a seguir.
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Bancas,
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16/10/2012
Capitán América - El hombre que compró América
Colecção Marvel Deluxe - Capitán
América #8
Ed Brubaker (argumento)
Steve Epting, Mike Perkins,
Roberto de la Torre, Rick Magyar, Fabio Laguna (desenho)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Setembro
de 2012)
175 x 265 mm, 152 p, cor,
cartonado
16,00 €
Resumo
Compilação dos comics Captain America vol. 5, #37 a #42, da
edição original norte-americana, consolida Bucky Barnes/o Soldado Invernal como
o novo Capitão América, não sem que antes ele tenha de defrontar alguém com as
mesmas aspirações, ao mesmo tempo que os planos urdidos pelo Caveira Vermelha são
finalmente derrotados.
Desenvolvimento
Este tomo é o último do tríptico que narra o assassinato do
Capitão América, no final da Guerra Civil que abalou o universo Marvel, e os
acontecimentos subsequentes que levaram a ajustes importantes no seu seio.
Por isso, não deve ser lido isolado, mas como fecho de uma
longa saga iniciada em “La muerte del Capitán América”
(Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #5) e que prosseguiu em “El peso de los sueños”
(Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #6), da mesma forma que este meu
texto precisa também do complemento do que escrevi atrás sobre os outros dois
tomos, até porque evitei repetir as ideias até agora expressas.
Nele, Brubaker continua a sua reconstrução do mito do Capitão
América, revisitando ou evocando diversos momentos da sua cronologia para dar
consistência à narrativa, que vai orientando entre o conflito com os seguidores
do Caveira Vermelha e as cenas dialogadas em que Bucky tenta justificar a opção
de vestir o uniforme do herói caído, num crescendo de tensão que culmina num
confronto entre dois capitães América!
E se a linha condutora de Brubaker – e a sua mestria
narrativa – se mantêm ao longo de toda a saga, bem pensada, delineada e
exposta, pena é que a participação de Steve Epting tenha passado a ser
intermitente, com a imagem gráfica a ressentir-se bastante e o traço a
tornar-se rude e até indefinido, sem o cunho hiper-realista que o caracterizava
e ajudava à ligação entre a ficção de super-heróis e a realidade, pois são
vários os aspectos quotidianos nela incluídos.
Em jeito de resumo, como ideia central, fica a forma como Ed
Brubaker destrói, justifica, releva e restaura o mito, encerrando um ciclo e
abrindo as portas para outro novo. Porque, se este é concluído de forma no
mínimo competente e, algumas vezes, mesmo brilhante, deixa também as pontas
soltas suficientes para que tudo possa continuar.
Leituras relacionadas
Brubaker,
Capitão América,
D'Armata,
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Magyar,
Marvel,
Panini,
Perkins,
Torre
05/10/2012
Capitán América - El peso de los sueños
Colecção Marvel Deluxe
Capitán
América #6
Ed Brubaker (argumento)
Steve Epting, Butcht Guice e Mike
Perkins (desenho)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Maio de
2012)
175 x 265 mm, 152 p, cor, cartonado
16,00 €
Resumo
Compilação dos comics Captain America vol. 5, #31 a #36 da
edição original norte-americana, mostra quem substituiu o Capitão América ao
mesmo tempo que decorrem as investigações para saber quem esteve por detrás do
seu assassinato.
Desenvolvimento
Depois de o volume anterior – “Capitán América #5: La muertedel Capitán América”
– ter mostrado a morte do maior símbolo da América, no que aos comics diz
respeito, e como isso afectou não só os que lhe eram mais próximos mas também,
a população em geral, neste novo tomo Brubaker continua a explorar esse
conceito, a diversos níveis.
Se é óbvio que a ideia inicial foi desde sempre substituir
ou de alguma forma fazer ressuscitar o herói caído – é assim que a morte
funciona no universo Marvel – o desenrolar do argumento, consistente e bem
estruturado, com uma linha condutora forte e bem definida, leva a adiar esse
(inevitável) regresso para bem dos leitores. Na verdade, isto permite que a
intriga se desenvolva em diversos locais e em diversos contextos, tornando-a
mais densa e estimulante, pois são várias as questões em jogo: recuperar o
corpo do herói falecido, encontrar Sharon Stone a sua presumível assassina,
acompanhar a evolução de Bucky Barnes como a nova encarnação do justiceiro,
seguir a evolução da desesperada situação económica dos EUA e a ascensão
política do senador Wright, desvendar até que ponto o dr. Fausto domina muitos
dos intervenientes, impedir o seucesso dos planos orquestrados pelo Caveira
Vermelha.
Mantendo um tom próximo do registo de espionagem e de
policial negro, a narrativa tem neste tomo um significativo acréscimo das cenas
de acção, depois do tom mais introspectivo do volume anterior. Assente na
indefinição de Bucky Barnes quanto a assumir o (pesado) uniforme do Capitão
América, privilegia os diversos confrontos entre ele, o Falcão, a Viúva negra e
os operacionais da SHIELD, contra os seguidores do Caveira Vermelha e do dr.
Fausto. Este último, assume um papel determinante em toda a trama, que só será
entendido em toda a sua magnitude no terceiro e último volume, “El hombre que
compró América”.
Bastante positiva é a utilização do suporte televisivo como
instrumento narrativo e o facto da estratégia do vilão para ascender ao poder
combinar o habitual lado violento com a intriga económica e política, o que
reforça o realismo e a credibilidade do argumento, assim mais alicerçado em
aspectos do nosso quotidiano.
Como última nota, a quem quiser e puder, sugiro uma
comparação entre os níveis de violência apresentados por este novo Capitão América (e pelo relato
em geral) com os que se podem ver, por exemplo, no (bem mais ingénuo) volume da colecção Heróis
Marvel dedicado ao Capitão América, como reflexo de adequação dos quadradinhos a novos tempos – e à realidade.
A reter
- De novo a superior capacidade narrativa de Ed Brubaker…
- … e o trabalho gráfico num registo hiper-realista de
Epting…
- … bem como a excelente edição, embora desta vez sem a
inclusão de quaisquer extras.
Menos conseguido
- Quando se alcança o grau de realismo que Brubaker e Epting
imprimiram ao “seu” Capitão América, uma personagem caricatural como o Caveira
Vermelha acaba por surgir algo deslocada no conjunto.
27/09/2012
La muerte del Capitán América
Colecção Marvel Deluxe - Capitán
América #5
Ed Brubaker e Brian Michael
Bendis (argumento)
Steve Epting e Mike Perkins
(desenho)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Julho de
2011)
175 x 265 mm, 176 p, cor,
cartonado
16,95 €
Resumo
Compilação dos comics Captain America vol. 5, #25 a #30 da
edição original norte-americana, narra o assassinato do Capitão América, na
sequência dos acontecimento do final da saga Guerra Civil, e como esse
acontecimento afecta todos aqueles que de alguma forma estavam a ele ligados.
Desenvolvimento
Se é verdade que as maxi-sagas que recorrentemente abalam os
universos da Marvel ou da DC Comics têm primeiramente um vincado intuito
comercial, quer pelo impacto mediático, quer pela multiplicação de mini-séries
a ela associadas que obrigam à compra de um sem número de edições, a verdade é
que, após deixar assentar a poeira levantada, por vezes é possível encontrar
boas histórias, especialmente nessas tais séries paralelas.
A Guerra Civil que (mais uma vez) revolucionou o universo
Marvel em meados da década passada, não é excepção e o seu momento fulcral – a
morte do Capitão América – é um dos casos atrás descritos.
Líder da resistência contra o registo obrigatório dos super-heróis,
após um combate com o Homem de Ferro que encabeçava a facção oposta, o Capitão
América é preso. Ao ser levado para julgamento, é atingido mortalmente a tiro.
Começava assim, de forma marcante, o Captain America #25, ou
não fosse o seu herói titular um dos maiores (se não mesmo o maior) símbolos
dos EUA nos comics. Ultrapassando as expectativas dos próprios criadores, a
notícia foi então difundida por jornais, rádios e televisões por todos os
Estados Unidos e mesmo no estrangeiro, transformando-se num acontecimento
mediático planetário.
Deixando estes acontecimentos acessórios de lado, de volta
aos quadradinhos, Ed Brubaker, autor que passou pelo Salão de BD do Porto nos
anos 90, “responsável pelo assassinato”, constrói uma história consistente e
bem sustentada, que, iniciada praticamente com o acontecimento de maior
impacto, é desenvolvida depois num crescendo que terá, rapidamente, novo
momento marcante com o surpreendente desvendar de quem (aparentemente?) matou o
super-herói.
Depois, o relato adopta um tom de espionagem e policial que
lhe serve para explorar a forma como as diversas pessoas e organizações
receberam a notícia e qual o impacto que o acontecimento teve nelas e no “povo”
norte-americano em geral, acentuado pela utilização de flashbacks cirúrgicos
que ajudam a compreender acções e reacções e explicar o que o Capitão América
representava, transformando esta história também numa sentida homenagem.
Tudo isto enquanto Tony Stark tenta pôr ordem na SHIELD,
Nick Fury orquestra na clandestinidade, o Caveira Vermelha, auxiliado pela sua
filha Pecado, se revela como o vilão por detrás da morte, Sharon Carter, a
braços com perturbantes segredos, tenta recompor-se do abalo e o Falcão, por um
lado, e o Soldado Invernal (Bucky Barnes), por outro, com intuitos diversos – a
justiça, um, a vingança, o outro – tentam descobrir o responsável pelo
assassinato.
O traço seguro, dinâmico e de grande realismo de Epting,
ajuda a realçar a ambiência que Brubaker lhe imprimiu, mas revela-se igualmente
apto para as cenas e confrontos em que prevalece a faceta super-heróica.
A continuação da história, que passará pela perseguição do
assassino mas,também – inevitavelmente – pelo regresso do herói, em moldes a
desvendar, pode ser lida em “Capitán América – El peso de los sueños”, em breve
aqui no blog.
A reter
- A mestria narrativa demonstrada por Brubaker que faz de um
acontecimento de grande impacto mas curta duração e final expectável, uma bela
história negra em tom policial e de espionagem enquanto também homenageia o
herói tombado.
- O traço hiper-realista de Epting.
- A bela capa do volume, correspondente à do comic-book #25.
- A edição irrepreensível da Panini espanhola, com capa
dura, inclusão de capas alternativas, uma exemplar introdução de Raimón Fonseca
e entrevistas com Ed Brubaker e Steve Epting, entre outros extras.
Leituras relacionadas
Brubaker,
Capitão América,
Epting,
Panini
20/07/2012
Heróis Marvel #3
Capitão América – A Lenda Viva
Roger Sterne (argumento)
John Byrne (desenho)
Josef Rubinstein (arte-final)
Levoir+Público (Portugal, 19 de Julho de
2012)
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonado
8,90 €
Resumo
Este volume compila as
revistas Captain America #247 a #255, editadas nos Estados Unidos entre Julho
de 1980 e Março de 1981.
Desenvolvimento
O equilíbrio entre histórias
clássicas e outras mais recentes, uma das características assumidas da colecção
Heróis Marvel
, pode revelar-se um pau de dois bicos.
Para leitores habituais de
banda desenhada – em especial para aqueles que estão menos familiarizados com
os comics norte-americanos – essa é sem dúvida uma mais-valia, pois permite
descobrir/recordar fases marcantes dos principais super-heróis Marvel e
compará-las com outras mais recentes (que nalguns casos serão também clássicos
dentro de alguns anos).
No entanto, para leitores novos
– aqueles que a colecção tenta conquistar, por exemplo entre os que viram e
gostaram das recentes adaptações cinematográficas – as histórias mais antigas
poderão ter o efeito contrário ao pretendido.
Porque, sejamos claros, nos
anos 80 – para nos concentramos neste volume – a forma de narrar era muito
diferente da que é utilizada hoje em dia – e essa é uma das razões porque a
Marvel tem recorrentemente recontado a origem dos seus principais heróis.
Por isso, quem eventualmente
chegar à BD através desta colecção, poderá ter dificuldade em lidar com a
utilização de cores mais vivas e planas, pouco apelativas nos nossos dias, com
as narrativas muito palavrosas e constantemente a recordar o passado e do
protagonista e os seus dilemas presentes, com alguma ingenuidade temática e com
protagonistas inverosímeis como Batroc, o saltador - um semi-vilão que… salta!
Do que atrás fica escrito,
não quero que se infira que estou contra esta opção editorial, longe disso;
compreendo-a e aceito-a, até porque – infelizmente? - acredito que entre os
seus compradores haverá mais leitores habituais de quadradinhos do que novos
leitores.
De qualquer forma, uns e
outros, se perderem este volume – como outros - perderão a oportunidade de
acompanhar um momento importante da história dos comics Marvel e de um dos seus
mais significativos personagens, perdido entre dois mundos, o dos anos 1940 -
em que surgiu como símbolo americano na guerra contra os nazis – e dos anos
1980 – a actualidade, quando estas histórias foram criadas, nos quais procura,
ainda o seu lugar (embora sem essa dualidade ser extremada como em “CapitánAmerica – El hombre fuera del tiempo”
).
Estas histórias, correspondem ao aclamado período em que
Roger Stern e John Byrne assumiram o destino do mais americano dos super-heróis,
balizando de novo o seu percurso em diversos aspectos (vida civil, relação com
o poder militar, novos relacionamentos amorosos), apontando-o como símbolo vivo
do sonho e dos ideais norte-americanos e como o seu principal defensor contra
todo o género de inimigos, externos e internos, de terroristas a simples
gangsters, de monstros fantásticos a velhos inimigos.
Delas, destacam-se “À
primeira luz do alvorecer”, pela ponte feita com elementos do tempo da II
Guerra Mundial, “Capitão América para Presidente”, pela sua invulgar temática pois
nela o alter-ego de Steve Rogers é apontado como candidato à presidência, e
“Velhos conhecidos”, pela revisitação da mitologia do herói.
A reter
- A boa qualidade gráfica da edição, mais a mais se
considerado o seu preço.
- A importância clássica do conteúdo deste tomo.
- As histórias atrás citadas, boas em qualquer contexto –
desde que lidas e entendidas à luz do contexto em que foram criadas!
- O desenho de John Byrne, respeitador da proporção da
figura humana, dinâmico, expressivo e aqui e ali com algumas soluções originais
em termos de planificação.
Nota – Com excepção da capa, as imagens que ilustram este
texto foram retiradas do portal Central Comics e do blog Por um punhado deimagens.
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