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27/02/2020

O Círculo de Júpiter

Super-heróis como nós...



Um dos chavões mais repetidos - e com razão - para justificar o sucesso das criações de Stan Lee - & parceiros desenhadores… - para a (criação da) Marvel (tal como a (re)conhecemos hoje) foi que os seus (super-)heróis tinham os mesmos problemas que os humanos: contas para pagar, falta de auto-estima, conflitos familiares, vítimas de bullying (mesmo que o conceito ainda não existisse na época)…
Em O Círculo de Júpiter, Mark Millar eleva - ou será que rebaixa? - esse conceito a um outro nível.

18/02/2020

Ms. Marvel #3 e #4

 
Mais uma
Mais uma” - escrevi acima - série completa em Portugal: Ms. Marvel.
Mais uma - não por acaso, mas também não obrigatoriamente - série editada integralmente pela G. Floy.
Mas não é só por isso - embora também - que hoje trago uma banda desenhada que, na sua essência, bebe nos quadradinhos de super-heróis dos anos 1960 aspectos determinantes que tantas vezes esquecemos: identifica-se com o seu público-alvo, ao mesmo tempo que distrai e diverte.

18/12/2019

Ignited #1: Activés

Ponto de partida






Outro exemplo do ‘regresso’ dos Humanöides Associés aos comics, depois de Meyer, Ignited toma como ponto de partida um tiroteio num liceu norte-americano, espelhando factos reais que, infelizmente nos habituámos a ver recorrentemente nos noticiários.
Com uma diferença fundamental…

16/09/2019

Capitán América: El hombre sin patria

Para além do tempo







Todos sabemos que o tempo e a distância têm influência na forma como lemos uma qualquer obra.
Algumas não conseguem passar esse crivo, outras mantêm uma frescura que, no caso presente, não deixa de ter algo de surpreendente.

22/02/2018

Campeões #1


Reinventar






O percurso da Marvel - a editora que interessa para o caso - tem sido feito, de há uns bons anos a esta parte, baseado em constantes reinvenções - das personagens, das histórias, das temáticas…
Campeões é mais um caso. Mas que vale a pena espreitar.

19/02/2018

O Cemitério dos Esquecidos


Em nome dos ‘Zé Ninguém’






Policial negro de contornos indefinidos, este O Cemitério dos Esquecidos é - ajustadamente - protagonizado por John Doe - literalmente um ‘Zé Ninguém’ - que tenta pôr um nome nas lápides anónimas de um cemitério nova-iorquino.

03/02/2017

La más buscada de S.H.I.E.L.D.

Influências



‘Marvel’, nos nossos dias, soa de forma diferente consoante a geração que ouve. Os mais novos, crianças e adolescentes, pensarão de imediato nos desenhos animados que passam nas TV’s, as gerações seguintes evocarão os filmes de sucesso que regularmente estreiam e, curiosamente, serão os que contam mais anos que associarão a Casa das Ideias primeiramente às histórias aos quadradinhos. Que estão, como todos sabemos, na origem de tudo o resto…

12/08/2016

Princesa Leia











O ditado diz ‘dividir para reinar’; o recente regresso do universo Star Wars aos comics sugere uma inflexão: ‘dividir para dominar’.

08/08/2012

Daredevil, el hombre sin miedo #1

La sonrisa del diablo







Colecção Marvel 100 %
Mark Waid (argumento)
Paolo Rivera e Marcos Martín (desenho)
Joe Rivera (arte-final)
Muntsa Vicente e Jaime Rodríguez (cor)
Panini (Espanha , Julho de 2012)
250 x 170 mm, 144 p., cor, capa brochada com badanas
12,00 €




1.       Daredevil (possivelmente a ausência mais marcante da colecção Heróis Marvel, da Levoir/Público ) constitui, com o Homem-Aranha e Batman, o meu triunvirato preferido no que aos super-heróis diz respeito.
2.      Talvez porque – tal como os outros dois – embora “super” mantém uma forte componente humana…
3.      Talvez porque a sua incapacidade física o torna narrativamente mais interessante…
4.      Talvez porque o descobri na sua melhor fase, quando foi escrito – de forma brilhante e genial – por Frank Miller.
5.      E se nessa altura teve a sua primeira descida aos abismos – quando ocorreu a sua primeira queda…
6.      A verdade é que – como bem destaca Julián M. Clemente na interessante introdução deste livro, mais um magnífico objecto da colecção Marvel 100 % da Panini espanhola – os sucessivos autores que assumiram o seu controlo sentiram a necessidade de o tornar cada vez mais negro, de o fazer cair cada vez mais e mais, numa descida aos infernos que parecia não ter fim…
7.      Por isso, também, este tomo recompilatório do início de um novo período da vida do super-herói cego – na qual Matt Murdock tem que assumir a sua profissão de advogado quando todos sabem que ele é também Daredevil e o utilizam em tribunal contra ele – surpreende pelo seu tom mais luminoso, menos intimista e menos desesperado.
8.     E se uma boa quota-parte da responsabilidade por isso tem que ser assacada a Mark Waid (re)conhecido pela capacidade de mostrar o lado melhor e mais positivo de cada um dos super-heróis com que tem trabalhado (embora no caso presente isso implique por uma pedra sobre (quase todo) o passado e aceitar um reinício quase do zero) …
9.      … seria injusto deixar de fora o belo trabalho gráfico de Paolo Rivera  e Marcos Martín, dois desenhadores soberbos…
10.  Quer do ponto de vista anatómico e de cenários, onde cada objecto parece o que realmente é, graças ao seu traço realista, límpido, praticamente linha clara…
11.   Quer enquanto narradores de histórias aos quadradinhos, com pranchas de grande legibilidade – mesmo quando nelas existe algum experimentalismo e o ultrapassar aqui e ali de convenções geralmente “tabus” no género de super-heróis – onde cada elemento (tira, vinheta, a sua desconstrução, balão, onomatopeia…) tem um papel fundamental para a constituição do todo.
12.  Mas também pelo trabalho de cor de Vicente e Rodríguez, baseado em cores planas, vivas e (muitas vezes) luminosas, que contrastam em grande medida com o colorido (e o tom) negro seguido ao longo dos últimos anos.
13.  Porque, se bem que esteja presente a narrativa de super-heróis mais “pura e dura”, se assim posso escrever, que passa por um confronto entre Daredevil e o Capitão América ou pela destruição do bando de Klaw, a verdade é que são os aspectos mais humanos dos relatos, nomeadamente quando o advogado Murdock utiliza os seus conhecimentos legais para ajudar os seus clientes a defenderem-se “sozinhos”, que mais me atraem neste novo ciclo de Daredevil…
14.  … e que – também em meu entender – justificam os três prémios com que foi distinguida na mais recente entrega dos Eisner.


30/05/2012

Capitán América - El hombre fuera del tiempo








Colecção 100% Marvel
Mark Waid (argumento)
Jorge Molina (desenho)
Karl Kesel e Scott Hanna (arte-final)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Maio de 2012)
170 x 260 mm, 120 p., cor, brochado com badanas
11,00 €


Resumo
Compilação dos 5 números da mini-série “Captain America: Man Out of Time” narra a readaptação de Steve Rogers/Capitão América ao “novo mundo” que descobre, depois o seu corpo, em animação suspensa há cerca de meio século, ter sido recuperado pelos Vingadores.

Desenvolvimento
“El hombre fuera del tiempo” segue - em falta de termo melhor – uma “receita” que tem originado – desculpem-me os fãs de super-heróis puros e duros – algumas das melhores obras dentro do género: a humanização do super-herói – no caso do Capitão América – para estabelecer uma maior proximidade com o leitor, ao mesmo tempo que o isola de maxi-sagas intermináveis e de crises infinitas (e muitas vezes incompreensíveis).
Porque, neste caso, Steve Rogers/Capitão América, herói da II Guerra Mundial desaparecido em combate em 1945, já nessa época surge como alguém com dúvidas quanto ao que realmente quer fazer da sua vida, após o fim desse conflito, embora a sua prioridade seja sempre a vontade do exército (dos EUA).
E, após o resgate pelos Vingadores, depois de passar cerca de meio século em animação suspensa, é apenas um “homem fora do seu tempo”, um desajustado da (nova) sociedade que encontra. Alguém proveniente dos anos 1940, que fechou os olhos e, quando os abriu de novo, está em pleno século XXI, num mundo que já possui multibanco, internet, televisão, delinquência juvenil, miscelânea cultural e racial…
E é sentindo na pele este choque – porque de um verdadeiro choque se trata – entre o que conhecia e a nova realidade, que o protagonista tem que encontrar o seu caminho, com a agravante de que já ninguém (re)conhece o super-herói que ele é (foi?), enquanto que o homem luta para se adaptar a uma nova e estranha realidade - embora seja incompreensível que não tenha havido uma “reciclagem” por parte dos Vingadores aquando do resgate – na qual já não vive quase nenhum dos seus antigos amigos ou companheiros, num país muito diferente também, que perdeu a guerra do Vietname, tem políticos corruptos, desemprego, droga a rodos, falta de valores e ideais…
Uma realidade díspar daquela pela qual lutou, para a qual não quis contribuir, que o deixa perplexo, frustrado e desiludido. Mas uma realidade que continua a fazer sonhar muitos e na qual – inevitavelmente – acabará por (re)encontrar o seu (novo) lugar.
É neste jogo de contrastes que a obra assenta, com Steve Rogers/Capitão América a tentar – em vão – encontrar referências e conhecidos, perante uma nova ordem – nacional, mundial – que o rejeita e o tenta afastar. O que o leva para um caminho que poderia ser de não retorno – e aí este livro seria bem mais do que apenas uma leitura interessante e bem estruturada – quando tenta regressar ao momento do seu desaparecimento – e da morte do seu parceiro Bucky – para mudar esse passado e (re)construir/(re)viver – com ele, a sua namorada e outros mais – o sonho – o ideal – pelo qual deu tudo.
O argumento de Mark Waid, muito forte de início, mas abrandando à medida que o relato de super-heróis se sobrepõe ao factor humano, sem os excessos palavrosos que tantas vezes cortam o ritmo de leitura nos comics, consegue transmitir bem a dualidade que Rogers vive e captar a atenção do leitor.
Para isso conta com o contributo do traço realista, agradável, bem trabalhado e colorido de Molina, Kesel e Hanna, pleno de movimento, com grande diversidade de planos e a inclusão regular de imagens fortes – muitas vezes de página completa ou quase – que, se por um lado quebram o ritmo de leitura que Waid marcou, por isso mesmo obrigam a repensar as sequências que finalizam e aumentam a adrenalina em jogo.

A reter
- Como os comics de super-heróis são tão bem mais legíveis e estimulantes, quando deixam de lado as intermináveis sagas, e exploram o lado humano dos seus super-heróis.
- Uma boa edição, cuidada e bem impressa, que inclui as capas originais, e que está disponível em Espanha, mesmo aqui ao lado…

Menos conseguido
- ... e é nestas alturas que, olhando para a vitalidade e diversidade do mercado espanhol, de tebeos (que é como quem diz BD), penso que estaríamos bem melhor – no que a essa mesma BD diz respeito – se D. Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira e/ou os revoltosos de 1 de Dezembro de 1640 tivessem estado quietinhos ou pertencessem a uma das muitas realidades paralelas em que os comics de super-heróis são férteis…


16/06/2009

Batman Barcelona

Batman Barcelona – El Caballero del Dragón
Mark Waid (argumento)
Diego Olmos (desenho)
Marta Martinez (cor)
Planeta DeAgostini (Espanha, Maio de 2009)
198 x 304 mm, 48 p., cor, capa cartonada


Resumo

O Crocodilo foge do Asilo Arkham e vai para Barcelona, depois de ser convencido pelo Espantalho que é a reencarnação do Dragão que segundo a lenda S. Jorge matou, sendo perseguido pelo Batman.

Desenvolvimento
Na génese, Mark Waid pretendia transportar para a actualidade a lenda de S. Jorge e do Dragão, muito popular na Catalunha, onde está na origem até de uma festa popular semelhante ao Dia dos Namorados. A (re)interpretá-los estariam, respectivamente, Batman e o Crocodilo. Só que a ideia, que não é de todo desinteressante, é abordada apenas superficialmente, sendo o comic um banal confronto entre herói e vilão. Sem complicações psicológicas, sem intermináveis crossovers, sem segundas leituras nem interpretações subjectivas, apenas e tão só uma história simples, linear, com acção q.b. e o esperado combate final, no interior da catedral da Sagrada Família.
Graficamente, a obra está também longe de ser apelativa, com o traço de Diego Olmos (prejudicado pelo formato maior desta edição) a apresentar diversas limitações, desde logo na representação da figura humana, mas também na integração dos protagonistas nos cenários reais de Barcelona que, muitas vezes, parecem demasiado fotográficos em comparação com o traço geral da obra. Apesar disso, merece ser apreciada a forma sombria como retrata o Batman, bem como alguns apontamentos interessantes, como a sombra que o avião de Bruce Wayne projecta logo na imagem de abertura ou algumas cenas de acção.
A nível da cor, Marta Martinez, consegue um registo equilibrado entre tom negro e obscuro típico das histórias do Homem-Morcego, e a luminosidade resplandecente da capital da Catalunha.
Finalizando, sabendo que o livro foi um sucesso, em termos mediáticos e de público, em Barcelona (e também em Espanha), para quem foi especificamente concebido, duvido que seja tão bem recebido noutros mercados e mesmo se terá os desejados efeitos de cartaz turístico. Mas a verdade é que só nesta breve resenha há cerca de uma dezena de referências aquela cidade e a alguns dos seus pontos turísticos mais conhecidos…

A reter
- Alguns pormenores interessantes do argumento: o facto de Batman ter pequenas “batcavernas” escondidas pelo mundo, algo indispensável no mundo actual obcecado com a segurança; a ideia de que fora de Gotham, Batman se sente menos à vontade (pouco explorada nesta história); o terror e o pânico que a sua aparição provoca em Barcelona.
- A edição em si, graficamente bem conseguida e enriquecida com a história do projecto, entrevistas com os autores, um making-off da capa e outro da aplicação da cor.

Menos conseguido
- A banalidade da história.
- A capa de Jim Lee, decalcada de outra que fez há alguns anos e para mais impossível no cenário real da Sagrada Família.

Curiosidades
- A ideia deste projecto surgiu durante a San Diego Comic Con 2008 e é uma evidência da importância crescente do Salón del Comic de Barcelona.
- O desenhador e a colorista vivem em Barcelona, o que era uma das imposições iniciais do projecto.
- A obra foi editada em simultâneo nos EUA, em Espanha e em Itália.
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