Outro exemplo do ‘regresso’ dos Humanöides Associés aos comics, depois de Meyer, Ignited toma como ponto de partida um tiroteio num liceu norte-americano, espelhando factos reais que, infelizmente nos habituámos a ver recorrentemente nos noticiários.
...e
não
faço nenhuma revelação nem cometo
qualquer inconfidência, ao esclarecer que essa diferença é o facto
de um punhado de adolescentes sobreviventes ter adquirido
super-poderes durante o traumático acontecimento.
Este volume
inicial da série arranca com o desejo de alguns sectores da cidade
de armar os professores - mantendo assim o foco numa certa
actualidade… - e centra-se nas reacções adversas que tal situação
desencadeia: a oposição activista por um lado, o apoio
incondicional de determinadas franjas por outro e, principalmente,
o aparecimento de um ‘comando’ que ameaça fazer-se ouvir a todo
o custo.
Por outro
lado, começamos a descobrir os detentores dos tais super-poderes -
ao
mesmo tempo que eles se vão descobrindo a si próprios e uns aos
outros e aprendendo, com maior ou menor dificuldade, a aceitar a(s)
diferença(s) e a usar as novas aptidões para tentar prevenir que
uma situação similar se possa repetir.
Assumindo um
tom intermédio, equilibrando o retrato social com o lado
super-heróico,
com base na visão adolescente - insegura, ambiciosa, impulsiva… -
dos protagonistas,
não obrigatoriamente em doses iguais, Ignited
tem o condão de prender o leitor sem que na verdade faça grandes
revelações quanto às principais dúvidas que
suscita:
Porque foram escolhidos aqueles adolescentes? Como
adquiriram os seus poderes?
A forma como a
resposta venha a ser dada na continuação da série, definirá o seu
interesse global mas,
para já, é uma série a seguir.
Ignited T.01: Activés
Mark Waid e Kwanza Osajvefo
(argumento)
Phil Briones (desenho)
Humanöides Associés
França,
Outubro
de 2019
176
x 266
mm, 92
p., cor,
capa dura
EAN: 9782731668650
14,99 €
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