Se
é verdade que já abordei a maior parte das narrativas (mais ou
menos) curtas incluídas neste livro de Marcello Quintanilha, aquando
da minha leitura de Sábado dos meus amores (um
dos dois livros nele incluídos; o outro é Almas Públicas)
para a qual obviamente remeto - bem
como para a entrevista feita ao autor brasileiro aquando da sua passagem pelo Amadora BD 2019, a sua
confirmação como um dos
grandes cronistas do quotidiano multifacetado do seu país (há
mais de
uma década)
não permite que deixe passar este lançamento.
A
primeira, negativa, vai para a edição da Polvo. Sendo relatos
originalmente publicados num tamanho um
pouco mais generoso, 215 x
280 mm, mas já de si
inferior ao que seria
consentâneo com a sua estrutura de quatro tiras por página, o
actual formato mais reduzido
(e de margens bem maiores) prejudica a leitura e a devida apreciação
da arte detalhada de Quintanilha.
A
segunda,
serve para
destacar a pérola que é De como Djalma Branco perdeu o
amigo em dia de jogo, o relato
que abre o livro - e que por si só justificava a sua compra - não
só pelo belíssimo retrato, misto de superstição, crendice e
paixão futebolística que ele encerra, mas também pela sua
estrutura, que é uma autêntica lição de narrativa.
Folia
de Reis
Marcello
Quintanilha
Polvo
Portugal,
Outubro de 2019
190
x 260 mm, 84
p., cor, capa mole com badanas
13,99
€
Sem comentários:
Enviar um comentário