O Agente Sommos está de regresso - embora não tenha passado assim tanto tempo desde O Beliscão Atômico - e está tal e qual o recordávamos: um tanto ou quanto desastrado, pouco desenvolto, razoavelmente inepto e, por isso tudo, divertido, num relato equilibrado entre a homenagem e a paródia.
Na verdade, acho que se pode dizer que, ao
segundo álbum, o agente secreto já conquistou os seus leitores, que
sabem o que podem esperar dele mostrando que, fosse outra a época e
o local de nascimento do seu criador,
Sommos poderia perfeitamente figurar de forma recorrente nas páginas
de uma revista semanal de BD.
Desta vez, o ponto de partida de
Hora,
hora, hora, Sommos! - com
o humor, mais uma vez, a começar no título...- após
escapar pela enésima vez à enésima armadilha mortal (?) preparada
pelo seu arqui-inimigo, o agente secreto da MENAS tem de investigar uma série de atentados bombistas que têm lugar em
simultâneo em diversos locais do Brasil.
Investigação que decorre em jeito de
homenagem e paródia sentidas -
como já escrevi
acima e
agora complemento - a
séries de TV, actores de cinema e personagens dos quadr(ad)inhos que
todos nós (re)conhecemos e (re)lembrámos, do óbvio 007, a outros
menos evidentes - mas que a presente banda desenhada se encarrega de
justificar ou tão só evocar - como Laurel & Hardy, Iznogoud,
Sónia Braga (Gabriela) ou Mortadelo y Filémon… Estão todos lá -
e mais alguns! - em páginas dinâmicas de leitura rápida - e que
pedem releitura atenta para apanhar os
piscares de olho que Flávio Luiz nos lança - nas quais a
consistência e coerência da história às vezes cede preponderância
à supremacia do humor, que também usa os diálogos entre criador e
editor para nos provocar sorrisos.
Tudo em mais uma narrativa ambientada no Brasil natal do autor, servida por um traço enérgico, nervoso e caricatural, que acentua o tom pretendido e nos leva - de forma demasiado rápida - chega-se ao final com sabor a pouco e vontade de mais - ao longo de páginas de gags, peripécias e surpresas.
Nota final
Todos aqueles que quiseram tornar-se agente da MENAS tiveram agora o privilégio extra de aparecer nas páginas deste álbum, numa grande reunião de agentes secretos, como pode ser visto na ilustração ao lado, onde é possível reconhecer algumas personalidades ilustres... ou ilustradas!
Tudo em mais uma narrativa ambientada no Brasil natal do autor, servida por um traço enérgico, nervoso e caricatural, que acentua o tom pretendido e nos leva - de forma demasiado rápida - chega-se ao final com sabor a pouco e vontade de mais - ao longo de páginas de gags, peripécias e surpresas.
Nota final
Todos aqueles que quiseram tornar-se agente da MENAS tiveram agora o privilégio extra de aparecer nas páginas deste álbum, numa grande reunião de agentes secretos, como pode ser visto na ilustração ao lado, onde é possível reconhecer algumas personalidades ilustres... ou ilustradas!
Hora, hora, hora, Sommos!
Flávio Luiz
Papel A2 Texto & Arte
Brasil, Novembro de 2019
210 x 290 mm, 44 p., cor, capa mole
R$ 35,00 - Encomendas directas ao autor: flavioluizcartum@uol.com.br
(imagens disponibilizadas pelo autor; clicar
nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
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