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20/07/2015

A Guerra dos Tronos Vol. 4













A edição deste quarto tomo de A Guerra dos Tronos, para além de concluir a adaptação aos quadradinhos do primeiro volume do original de Georges R. R. Martin, revela-se importante por uma outra questão que passo a explicar.

19/06/2015

Leitura Nova: A Guerra dos Tronos, Vol. 4





Já leu os livros.
Já viu a série.
Agora desfrute da BD.
Chega agora mais um livro da aclamada série da adaptação em banda desenhada de A Guerra dos Tronos, a quarta parte da saga best-seller em todo o mundo, que conta com quatro volumes.
Este quarto livro finaliza o primeiro volume da série.

25/04/2013

A Guerra dos Tronos Vol. 2










George R. R. Martin (obra original)
Daniel Abraham (argumento)
Tommy Patterson (desenho)
Mike S. Miller e Michael Komark (cor)
Planeta
Portugal, Abril de 2013
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonada
17,76 €


Para além do aumento da oferta, a edição de BD por editoras cuja aposta global não passa por este género, pode ter (pelo menos) três vantagens não negligenciáveis: a exploração de segmentos inexplorados que a editora conhece de outras áreas (no caso a literatura fantástica em geral e o universo criado por George Martin, em particular); a colocação dessas obras fora dos habituais “guetos” a que (muit)os livreiros ainda confinam os quadradinhos, portanto  mais próximo dos seus potenciais leitores; uma  capacidade (e um hábito) diferente de aproveitar factores externos para editar/promover as suas edições (e esta versão aos quadradinhos de A Guerra dos Tronos surge na sequência do sucesso televisivo homónimo, cuja 3.ª temporada está actualmente em exibição em Portugal no canal SyFy).
Para lá disso, como é óbvio, nada disto chega nem interessa se a obra não justificar a aposta feita, mas a verdade é que “A Guerra dos Tronos” aos quadradinhos cumpre também este requisito.
Longa saga, ambientada no universo de Westeros, onde as estações do ano duram gerações, numa época em que a magia e as criaturas lendárias já desapareceram, centrada nos confrontos e intrigas que dividem os habitantes dos Sete Reinos, funciona de forma autónoma do original literário e da sequela televisiva, conseguindo captar a atenção de leitor e levá-lo a embrenhar-se cada vez mais nas relações, disputas, traições e conquistas das famílias Stark, Lannister e Targaryen que constituem o cerne da narrativa.
Mesmo tendo em conta que a grande quantidade de personagens envolvidos leva a que alguns se assemelhem demasiado, obrigando o leitor a um esforço extra para os identificar, apesar de alguns expedientes gráficos que o atenuam, a verdade é que uma planificação diversificada e dinâmica, algumas composições de página interessantes e a recriação dos diversos cenários exigidos pelo relato – castelos, aldeias, montanha, florestas, campos – criam o ambiente necessário para propiciar o mergulho na narrativa e tornam-se um motivo extra para, parafraseando a publicidade, “depois de ler os livros e ver a série, desfrutar a BD”.


08/08/2012

Daredevil, el hombre sin miedo #1

La sonrisa del diablo







Colecção Marvel 100 %
Mark Waid (argumento)
Paolo Rivera e Marcos Martín (desenho)
Joe Rivera (arte-final)
Muntsa Vicente e Jaime Rodríguez (cor)
Panini (Espanha , Julho de 2012)
250 x 170 mm, 144 p., cor, capa brochada com badanas
12,00 €




1.       Daredevil (possivelmente a ausência mais marcante da colecção Heróis Marvel, da Levoir/Público ) constitui, com o Homem-Aranha e Batman, o meu triunvirato preferido no que aos super-heróis diz respeito.
2.      Talvez porque – tal como os outros dois – embora “super” mantém uma forte componente humana…
3.      Talvez porque a sua incapacidade física o torna narrativamente mais interessante…
4.      Talvez porque o descobri na sua melhor fase, quando foi escrito – de forma brilhante e genial – por Frank Miller.
5.      E se nessa altura teve a sua primeira descida aos abismos – quando ocorreu a sua primeira queda…
6.      A verdade é que – como bem destaca Julián M. Clemente na interessante introdução deste livro, mais um magnífico objecto da colecção Marvel 100 % da Panini espanhola – os sucessivos autores que assumiram o seu controlo sentiram a necessidade de o tornar cada vez mais negro, de o fazer cair cada vez mais e mais, numa descida aos infernos que parecia não ter fim…
7.      Por isso, também, este tomo recompilatório do início de um novo período da vida do super-herói cego – na qual Matt Murdock tem que assumir a sua profissão de advogado quando todos sabem que ele é também Daredevil e o utilizam em tribunal contra ele – surpreende pelo seu tom mais luminoso, menos intimista e menos desesperado.
8.     E se uma boa quota-parte da responsabilidade por isso tem que ser assacada a Mark Waid (re)conhecido pela capacidade de mostrar o lado melhor e mais positivo de cada um dos super-heróis com que tem trabalhado (embora no caso presente isso implique por uma pedra sobre (quase todo) o passado e aceitar um reinício quase do zero) …
9.      … seria injusto deixar de fora o belo trabalho gráfico de Paolo Rivera  e Marcos Martín, dois desenhadores soberbos…
10.  Quer do ponto de vista anatómico e de cenários, onde cada objecto parece o que realmente é, graças ao seu traço realista, límpido, praticamente linha clara…
11.   Quer enquanto narradores de histórias aos quadradinhos, com pranchas de grande legibilidade – mesmo quando nelas existe algum experimentalismo e o ultrapassar aqui e ali de convenções geralmente “tabus” no género de super-heróis – onde cada elemento (tira, vinheta, a sua desconstrução, balão, onomatopeia…) tem um papel fundamental para a constituição do todo.
12.  Mas também pelo trabalho de cor de Vicente e Rodríguez, baseado em cores planas, vivas e (muitas vezes) luminosas, que contrastam em grande medida com o colorido (e o tom) negro seguido ao longo dos últimos anos.
13.  Porque, se bem que esteja presente a narrativa de super-heróis mais “pura e dura”, se assim posso escrever, que passa por um confronto entre Daredevil e o Capitão América ou pela destruição do bando de Klaw, a verdade é que são os aspectos mais humanos dos relatos, nomeadamente quando o advogado Murdock utiliza os seus conhecimentos legais para ajudar os seus clientes a defenderem-se “sozinhos”, que mais me atraem neste novo ciclo de Daredevil…
14.  … e que – também em meu entender – justificam os três prémios com que foi distinguida na mais recente entrega dos Eisner.


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