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13/09/2024

Júlia #20

Equilíbrios


Podendo não parecer, conseguir num mesmo relato equilibrar o lado emocional, o sentimental, uma investigação policial e até a aventura, é algo extremamente difícil de conseguir para conseguir satisfazer os diferentes leitores que procuram especificamente um ou outro dos aspectos referidos.
Giancarlo Berardi, com Lorenzo Calza, consegue-o mais uma vez neste Júlia: A chantagem do passado.

13/02/2024

Dylan Dog: Picada mortal

Descida ao inferno numa cidade chamada céu


Hoje em dia, quando se fala de banda desenhada popular, de certa forma evocando um tempo em que ela se encontrava em generosas quantidades nos quiosques, há um nome que vem logo à mente, o de Sergio Bonelli e da editora italiana que leva o seu nome. Alicerçado no sucesso de Tex, um western puro e duro em publicação ininterrupta desde 1948, este editor milanês conseguiu criar um sistema editorial que permite alimentar, sem grandes oscilações de qualidade, ao nível gráfico e temático, as revistas de 100 páginas que mensalmente são colocadas à venda.

16/11/2023

Tex Gigante #37: O ouro de Old South

Partida a meio





Foi uma sensação brusca e incómoda: durante a leitura deste Tex Gigante, senti a história estava partida a meio e que as duas partes (quase) faziam sentido em separado.

20/10/2023

Tex #638-#644 + Júlia #9

(Sem) regras (n)e(m) princípios

Qualquer série de banda desenhada (o que me interessa no presente caso) obedece a um determinado número de regras e princípios.
São eles definem o que a série é, que lhe dão consistência e continuidade e que permitem ao leitor saber o que deve esperar quando se abeira dela - é isso que faz dele leitor fiel (ou não).
Paradoxalmente, a quebra dessas regras ou os desvios a esses princípios não são necessariamente negativos e, nalguns casos, até podem (e)levar a sua leitura a um outro nível.

10/07/2023

Tex, o implacável

Mais do que outros


Já ouvi dizer - no alto da sua ignorância e/ou suposta superioridade - que ‘os livros do Tex são todos iguais’ mas parafraseando vocês sabem quem, apetece escrever que na verdade ’há uns mais iguais do que outros’. Que é como quem diz, pela negativa - que neste caso, na verdade é pela positiva - que alguns são bem diferentes, para melhor, como acontece com este Tex, o implacável.

04/07/2023

Tex, mais que um herói

Tudo o que sempre quiseram saber sobre Tex


Se em mercados em que a banda desenhada tem maior expressão e indústria são vulgares obras sobre ela própria, os autores ou os heróis, devido à pequena dimensão do mercado português são poucas as obras com estas temáticas
Uma das excepções - e também uma das mais significativas - é Tex - Mais que um herói, uma edição da cooperativa A Seita, com assinatura de Mário João Marques, lançada no final do ano passado.

14/06/2023

Tex #636/#637/#636 bis

História, histórias

Para (leitores) coleccionadores - para aqueles que em determinado momento das suas vidas, geralmente n(o final d)a infância e adolescência (e por aí fora), colecciona(ra)m revistas de banda desenhada - há momentos - editoriais - que fazem História e poder acompanhá-los - mesmo que a alguma distância temporal (na verdade isto aconteceu há meses...) - proporciona experiências que são inexplicáveis para quem nunca as vivenciou.
É o que acontece - duplamente - com estas edições de Tex que hoje aqui trago - primeiras de muitas, desejam os seguidores do ranger.

02/06/2023

Coney Island

Versões





Quem conta um conto, acrescenta um ponto”, diz o provérbio e em Coney Island, são vários os narradores, orquestrados pelo ‘narrador supremo’, Gianfranco Manfredi (o mesmo de Mágico Vento).

30/04/2023

Tex está de regresso a Anadia



O Museu Vinho Bairrada, em Anadia, acolhe este fim-de-semana a 8.ª Mostra do Clube Tex Portugal, dedicada ao western aos quadradinhos há mais tempo em publicação ininterrupta. Autores italianos Rossano Rossi e Dante Spada e o português João Amaral, são os destaques.

A notícia completa pode ser lida clicando nesta ligação.

(clicar na imagem para a aproveitar em toda a sua extensão; clicar nos textos a cor diferente para saber mais sobre os temas destacados)

22/03/2023

Mister No Revolution: Amazonia

Final inglório


É um sinal de tempos mais ou menos recentes, o revisitar das origens de heróis da banda desenhada, e não só para tentar tirar partido da sua popularidade e da sua pertença ao imaginário colectivo.
Este tipo de exercício, feliz nalguns casos, infeliz noutros, comporta sempre dois riscos: por um lado, quanto maior é a popularidade da personagem revisitada, mais arriscado se torna mexer com o que maravilhou gerações; por outro lado, se a nova obra beneficia sempre do conhecimento prévio do original por parte do leitor, também tem que se apresentar autónoma em si mesma, para seduzir quem se aproxima dela virgem do tema.
É neste último aspecto que falha o volume final deste tríptico de Mister No, que transpõe as suas deambulações para 25 anos depois do tempo em que o situou o seu criador.

23/09/2022

J. Kendall #153

Grandes mudanças... inconsequentes






Demasiada proximidade de uma personagem de ficção - no caso de banda desenhada - tem um risco: perdermos (alguma) noção da realidade e deixarmos que ela, de alguma forma, entre na nossa vida e se torne quase parte da nossa família. Risco que se revela acrescido, quando começamos a fantasiar (com) situações da vida delas E que a nossa, de leitores empedernidos, já nos ensinou serem irrealizáveis.

29/08/2022

J. Kendall #151

Sem (a) protagonista



Nas histórias de Julia Kendall, é normal que ela partilhe o protagonismo com os criminosos que acabará por investigar. Menos normal, penso eu - confesso que não fui verificar - é que lhes entregue completamente a boca de cena, deixando-se ficar no fundo, quase na sombra.
Escrito de outra forma, nas duas histórias deste volume, Julia apenas aparece em 40 das 126 pranchas de A gangue e em 35 do segundo relato, O quarto de pânico.

10/06/2022

Martin Mystère #29 e #30

Mystère investiga... Zagor?!

A Sergio Bonelli Editore - como outras grandes editoras populares - volta e meia 'marca' encontros entre os seus heróis - ou com heróis de outras editoras, como aconteceu recentemente com a DC Comics - os crossovers que garantem atenção mediática e a atenção redobrada dos fãs das personagens envolvidas e... dos outros.
Este díptico - La hacha encantada/La astronave de los seres perdidos - de Martin Mystère. embora com características bem diferentes, de alguma forma pode corporizar um género de crossover diferente.

20/05/2022

Tex: O Vingador/Justiça em Corpus Christi

Solidificação

Em anos recentes, tem sido visível o esforço por parte da Sergio Bonelli Editore para diversificar a sua oferta em geral, e no que a Tex diz respeito, em particular.
Neste último caso, a par da introdução da cor em edições clássicas - criadas para o preto e branco... - tem havido histórias coloridas, formatos diferentes e - o que vos trago aqui hoje - o preenchimento das muitas lacunas do passado do ranger, que Gianluigi Bonelli no seu tempo apenas referir episodicamente e de forma passageira.

13/05/2022

Nathan Never: El alma de la ciudad

A mesma história



Para aqueles que defendem que só há um número muito restrito de histórias para contar, mudando depois a forma e o estilo para as tornar diferentes, El alma de la ciudad é um bom exemplo disso.
Relato policial de contornos humanos, tanto se podia situar no mundo hiper-futurista de Nathan Never, como em qualquer outro tempo e espaço - atrevo-me a dizer em todo e qualquer dos universos Bonelli...

20/04/2022

J. Kendall #148

O poder de uma capa



Costuma dizer-se que a capa é a porta de entrada num livro. É dela que, muitas vezes, depende a compra impulsiva de uma obra - ou, em sentido inverso, a recusa dessa compra. Mais a mais, numa publicação regular mensal como é Julia em Itália - e agora também no Brasil, travestida de Júlia - em que a capa pode ter papel preponderante na captação do leitor ocasional ou de passagem.

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