26/01/2019

2018: Um ano de grandes colecções no Público




O ano passado foi, atrevo-me a escrever, se não o melhor, pelo menos um dos melhores anos de sempre no que a colecções de BD publicadas com o jornal Público diz respeito. A tónica geral foi diversidade e qualidade.
No total, foram seis colecções, num total de 56 volumes. Quatro da Levoir (36 volumes) e duas da ASA (20 volumes). Colecções mais curtas do que em anos anteriores, uma tendência para manter - e até talvez acentuar - no futuro.
Eis a sua listagem:

[Voluntária e conscientemente omiti nesta lista a colecção Y, O último homem (Levoir), não por falta de qualidade, bem pelo contrário, mas pela lógica de publicação diferenciada.]
Desta forma, passamos a ter em Portugal acesso a traduções de três séries de referência em versão integral: Torpedo 1936, IR$ e Largo Winch - a primeira e a última fundamentais em qualquer biblioteca de BD.
Duas das colecções são mostruário de dois catálogos de referência, o da Sergio Bonelli Editore e o da Vertigo, e ambas, juntamente, mais uma vez, com a Novela Gráfica serviram para alargar horizontes de quem lê BD em Portugal.
Estes 56 livros foram editados entre 1 de Fevereiro e 5 de Dezembro. Atendendo a que houve 7 semanas sem nenhuma edição e que foram editados mais quatro volumes do que as semanas do ano, isso significa que ao longo do ano houve sobreposição de edições em 11 semanas. É uma ocorrência que o jornal pretende reduzir ou mesmo evitar de futuro. O que significará menos edições por ano.
Dos 56 livros, 48 eram inéditos em português e oito já tinham sido editados parcial ou completamente no nosso país.
Quanto à origem, houve uma colecção espanhola, duas franco-belgas, uma italiana, uma norte-americana e uma com obras de várias proveniências. Distribuindo esta última, ficamos com 13 livros originalmente espanhóis, 25 franco-belgas, 10 italianos, 9 norte-americanos e um sul-americano.
Com um ou outro lapso que deve ser considerado de pormenor no computo geral, lamentando a não edição pela ASA dos volumes seguintes da suas suas colecções que, mais a mais, encerram dípticos, estamos perante edições de qualidade, de obras de referência, de temáticas e estilos muito variados, capazes de agradar a uma vasta gama de leitores, para mais a preços agradáveis.

Resta esperar que o Público e os seus parceiros nos proporcionem, em 2019, (tantas) boas leituras como no ano transacto.
As hostilidades vão abrir já na primeira quinzena de Fevereiro [com mais 2 volumes de Y, O último homem], seguindo-se, a partir da segunda quinzena do mesmo mês, os 10 volumes já anunciados da colecção dedicada aos 80 Anos de Batman. A seguir - previsivelmente em Abril/Maio - é de contar com uma colecção franco-belga e o meio do ano trará - e esta é uma previsão de As Leituras do Pedro feita com razoável certeza - a Novela Gráfica 2019. Depois, só o futuro o dirá...

(clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar no texto de cor diferente para saber mais sobre as obras)

17 comentários:

  1. No ano passado ultrapassei 2000 euros em BD... Facil.... Tenham piedade de mim...

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    1. E não há sinais de ESSE problema ir melhorar... felizmente! ;)
      Boas leituras!

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    2. Problema? ...
      Quantas mais edições melhor.
      Compramos o que gostamos...

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  2. Essa de Franco-Belga, ouvi dizer que seria o ´Spirou´, espero bem que sim.

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  3. Adoraria uma ´2ª serie´da Bonelli...

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    1. Eu também, mas não me parece provável...
      Boas leituras!

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    2. Foram más as vendas?

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  4. A novela gráfica 2019 espero que não seja novela espanhola 2019.

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    1. Em Espanha, como noutros países, há títulos suficientes e suficientemente bons para fazer uma colecção Novela Gráfica completa...
      Mas também concordo que a diversidade - neste caso geográfica e, por arrastamento, temática - deveria ser um dos pontos distintivos da Novela Gráfica.
      Boas leituras!

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  5. Quem edita tem todo o direito de editar o que quiser. Quem compra tem todo o direito de comprar o que quiser. E é claro que também têm todo o direito de reclamar com o que é editado. Simplesmente, esta "perseguição" às NG por causa de livro espanhois, já me está a irritar. Montem uma editora e editem o que acham que devem editar.....

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    1. Concordo plenamente com a sua opinião, bons deveriam ser os tempos em que a BD publicada era quase inexistente. Tenho descoberto BD's muito interessantes nas novelas gráficas e algumas até são de autores espanhóis. Acho que a dificuldade é escolhermos o que queremos/podemos comprar e só por isso já somos afortunados.

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  6. Sabendo nós que a imprensa escrita está pelas horas da morte e sabendo que grande parte de nós não compra o jornal em conjunto com o livro, (eu sou um deles), durante quanto tempo durará estas parcerias?
    De qq forma, os meus parabéns e obrigado ao Público pelas parcerias de edição de BD.

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    1. Se fores a uma banca do Público e quiseres comprar apenas o livro obrigam-te a comprar o jornal também, nem interessa se for uma BD antiga que não tenha saído com o atual jornal :P

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    2. Depende das bancas. Há muitas que vendem o livro sem o jornal.
      Boas leituras!

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    3. Não é essa a minha experiência: na maioria dos pontos de venda a que tenho ido, vendem os livros sem obrigação de comprar o jornal. Imagino que hajam bancas em que obriguem, mas parece-me que serão uma minoria.

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  7. Vamos se é desta que temos integrais de Tanguy e Laverdure, Buck Danny, Jeremiah ou Hans.

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  8. Come and take my money!
    Admito o plágio...

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