O ano passado foi, atrevo-me a escrever,
se não o melhor, pelo menos um dos melhores anos de sempre no que a
colecções de BD publicadas com o jornal Público diz respeito. A
tónica geral foi diversidade e qualidade.
No total, foram seis colecções, num
total de 56 volumes. Quatro da Levoir (36 volumes) e duas da ASA (20
volumes). Colecções mais curtas do que em anos anteriores, uma
tendência para manter - e até talvez acentuar - no futuro.
Eis a sua listagem:
- Torpedo 1936 integral (Levoir): 6 volumes
- IR$ (ASA): 9 volumes
- Bonelli (Levoir): 10 volumes
- Novela Gráfica 2018 (Levoir): 12 volumes
- Vertigo 25 anos (Levoir): 5+3 volumes
- Largo Winch (ASA):11 volumes
[Voluntária e conscientemente omiti
nesta lista a colecção Y, O último homem (Levoir), não por falta
de qualidade, bem pelo contrário, mas pela lógica de publicação
diferenciada.]
Desta forma, passamos a ter em Portugal acesso a traduções de três
séries de referência em versão integral: Torpedo 1936, IR$
e Largo Winch - a primeira e a última fundamentais em
qualquer biblioteca de BD.
Duas das colecções são mostruário de dois catálogos de
referência, o da Sergio Bonelli Editore e o da Vertigo, e ambas,
juntamente, mais uma vez, com a Novela Gráfica serviram para alargar
horizontes de quem lê BD em Portugal.
Estes 56 livros foram editados entre 1 de
Fevereiro e 5 de Dezembro. Atendendo a que houve 7 semanas sem
nenhuma edição e que foram editados mais quatro volumes do que as
semanas do ano, isso significa que ao longo do ano houve sobreposição
de edições em 11 semanas. É uma ocorrência que o jornal pretende
reduzir ou mesmo evitar de futuro.
O que significará menos edições por ano.
Dos 56 livros, 48 eram inéditos em
português e oito já tinham sido editados parcial ou completamente
no nosso país.
Quanto à
origem, houve uma colecção espanhola, duas franco-belgas, uma
italiana, uma norte-americana e uma com obras de várias
proveniências. Distribuindo
esta
última, ficamos com 13
livros originalmente espanhóis, 25 franco-belgas, 10 italianos, 9
norte-americanos e um sul-americano.
Com um ou outro lapso que deve ser
considerado de pormenor no computo geral, lamentando a não edição
pela ASA dos volumes seguintes da suas suas colecções que, mais a
mais, encerram dípticos, estamos perante edições de qualidade, de
obras de referência, de temáticas e estilos muito variados, capazes
de agradar a uma vasta gama de leitores, para mais a preços
agradáveis.
Resta esperar que o Público e os seus
parceiros nos proporcionem, em 2019, (tantas) boas leituras como no ano
transacto.
As hostilidades vão abrir já na
primeira quinzena de Fevereiro [com
mais 2 volumes de Y, O último homem],
seguindo-se, a partir da segunda quinzena do mesmo mês, os 10
volumes já anunciados da colecção dedicada aos 80 Anos de Batman.
A seguir - previsivelmente em Abril/Maio - é de contar com uma
colecção franco-belga e o meio do ano trará - e esta é uma
previsão de As Leituras do Pedro
feita com razoável certeza - a
Novela Gráfica 2019. Depois, só
o futuro o dirá...
(clicar
nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar no
texto de cor diferente para saber mais sobre as obras)
No ano passado ultrapassei 2000 euros em BD... Facil.... Tenham piedade de mim...
ResponderEliminarE não há sinais de ESSE problema ir melhorar... felizmente! ;)
EliminarBoas leituras!
Problema? ...
EliminarQuantas mais edições melhor.
Compramos o que gostamos...
Essa de Franco-Belga, ouvi dizer que seria o ´Spirou´, espero bem que sim.
ResponderEliminarAdoraria uma ´2ª serie´da Bonelli...
ResponderEliminarEu também, mas não me parece provável...
EliminarBoas leituras!
Foram más as vendas?
EliminarA novela gráfica 2019 espero que não seja novela espanhola 2019.
ResponderEliminarEm Espanha, como noutros países, há títulos suficientes e suficientemente bons para fazer uma colecção Novela Gráfica completa...
EliminarMas também concordo que a diversidade - neste caso geográfica e, por arrastamento, temática - deveria ser um dos pontos distintivos da Novela Gráfica.
Boas leituras!
Quem edita tem todo o direito de editar o que quiser. Quem compra tem todo o direito de comprar o que quiser. E é claro que também têm todo o direito de reclamar com o que é editado. Simplesmente, esta "perseguição" às NG por causa de livro espanhois, já me está a irritar. Montem uma editora e editem o que acham que devem editar.....
ResponderEliminarConcordo plenamente com a sua opinião, bons deveriam ser os tempos em que a BD publicada era quase inexistente. Tenho descoberto BD's muito interessantes nas novelas gráficas e algumas até são de autores espanhóis. Acho que a dificuldade é escolhermos o que queremos/podemos comprar e só por isso já somos afortunados.
EliminarSabendo nós que a imprensa escrita está pelas horas da morte e sabendo que grande parte de nós não compra o jornal em conjunto com o livro, (eu sou um deles), durante quanto tempo durará estas parcerias?
ResponderEliminarDe qq forma, os meus parabéns e obrigado ao Público pelas parcerias de edição de BD.
Se fores a uma banca do Público e quiseres comprar apenas o livro obrigam-te a comprar o jornal também, nem interessa se for uma BD antiga que não tenha saído com o atual jornal :P
EliminarDepende das bancas. Há muitas que vendem o livro sem o jornal.
EliminarBoas leituras!
Não é essa a minha experiência: na maioria dos pontos de venda a que tenho ido, vendem os livros sem obrigação de comprar o jornal. Imagino que hajam bancas em que obriguem, mas parece-me que serão uma minoria.
EliminarVamos se é desta que temos integrais de Tanguy e Laverdure, Buck Danny, Jeremiah ou Hans.
ResponderEliminarCome and take my money!
ResponderEliminarAdmito o plágio...