21/03/2019

Príncipe Valente: Tudo (?) o que queriam saber...

A chegada - de surpresa - aos quiosques e bancas portugueses de um coleccionável dedicado ao Príncipe Valente, levantou uma série de dúvidas e questões - muitas das quais não pensava que existissem.
Ficam a seguir algumas respostas às perguntas colocadas - ou ainda por colocar...

O criador
O criador do Príncipe Valente foi Harold Rudolf Foster (mais sinteticamente Hal Foster), que nasceu a 16 de Agosto de 1892, no Canadá.
Teve uma infância financeiramente complicada, mas foi nela que ganhou o gosto pela natureza que depois espelharia na sua obra.
Casou em 1915 com Helen Wells e, seis anos mais tarde, depois de desempenhar uma série de actividades profissionais, a procura de melhores condições de vida levou-o até Chicago, nos Estados Unidos. Começou por trabalhar em publicidade, frequentou diversos institutos de arte, fez ilustração comercial e uma adaptação ilustrada de Tarzan of the Apes, a célebre obra de Edgar Rice Burroughs que na altura desfrutava de grande sucesso.
Na sequência do crash da bolsa, em 1929, e da Grande Depressão que se seguiu, aquele trabalho levou a que lhe propusessem a prancha dominical de Tarzan, já em publicação, que ele assinou a partir de 27 de Setembro de 1931 e durante aproximadamente seis anos.
Algum descontentamento com os argumentos e a vontade de criar uma obra mais pessoal, acabaria por originar Prince Valiant - In the Days of King Arthur, que seria o trabalho da sua vida. Escreveu-a e desenhou-a até o início da década de 197o, e manteve-se como responsável pela escrita e esboço da planificação até à prancha publicada a 10 de Fevereiro de 1980.
Faleceu a 25 de Julho de 1982, com 89 anos de idade.
[A maior parte da informação acima, bem como de parte da que se segue, foi retirada do livro Foster e Val - Os trabalhos e os dias do criador de 'Prince Valiant', de Manuel Caldas, fundamental para quem quiser aprofundar os seus conhecimentos sobre a série e o autor.]

Outros autores
John Cullen Murphy trabalhou com Foster, a partir do seu texto e dos seus esboços entre 1971 e 1980. Quando o criador abandonou definitivamente a série, seria substituído na escrita por Cullen Murphy, filho do desenhador.
Murphy, por sua vez, deixaria o Príncipe Valente em 2004, que passou a ter desenho de Gary Gianni e texto de Mark Schultz.
Actualmente este último continua como escritor, estando o desenho entregue a Thomas Yeates.

A obra
1. A forma
Prince Valiant - In the Days of King Arthur iniciou a sua publicação a 13 de Fevereiro de 1937, um sábado, nos suplementos coloridos de banda desenhada de alguns jornais norte-americanos.
Ao longo da sua existência, foi sempre publicado apenas como prancha semanal, nunca tendo tido tiras diárias, ao contrário do que era habitual na época.
A série foi sempre publicada a cores.
Ao contrário do que também já era habitual, o Príncipe Valente de Foster não apresentava balões, sendo o texto apresentando sob as vinhetas - ou no seu interior, mas sempre 'à margem' do desenho.
Preso à matriz (de 4 tiras de 3 vinhetas por página) das pranchas de Tarzan, Foster rapidamente evoluiu para uma planificação menos pesada, raramente com mais de 7 vinhetas por página, por isso de maior dimensão, o que lhe permitiu dar largas ao seu virtuosismo gráfico e ao seu sentido de composição.
Quando Foster abandonou a série, esta passou ser ocupar apenas meia página nos jornais.

2. O conteúdo
É uma saga medieval épica, centrada na figura do Príncipe Valente, um adolescente no início, que ao longo dos anos vais crescer, tornar-se cavaleiro da Távola Redonda, casar e constituir família.
A combinação de alguns elementos históricos, com outros de pura ficção, o cruzamento com personagens reais e um ou outro toque de fantástico - como a visão do futuro de Valente que se pode ver logo no volume inicial - são os trunfos da série. Uma forte componente aventurosa, viagens que o levarão aos quatro cantos do mundo, e a alternância de tudo isto com o lado humano da personagem, a sua vida familiar e a sua substituição ocasional no papel de protagonista por personagens pontuais ou, mais tarde, pelos seus próprios filhos, fizeram desta gesta uma obra única na banda desenhada.
Isto permitiu que se diversificasse ao longo de décadas, mantendo o interesse dos leitores e um elevado nível.
[Havia muito mais a dizer sobre o Príncipe Valente. Aconselho uma visita aos textos sobre a série já publicados neste blog, acessíveis a partir deste link ou aproveitando o respectivo separador sob o título do blog.]

3. A escrita
Apesar de redundante em relação ao desenho em algumas situações, o texto de Príncipe Valente apresenta uma elevada qualidade literária, o que o tornou um dos aspectos distintivos da série.
Muitas vezes descritivo, com recurso a diálogos quando necessário, apresenta frequentemente momentos de humor inusitados e até divagações do autor.

4. O desenho
O traço de Foster evoluiu rapidamente quando se libertou das vinhetas de pequena dimensão iniciais. Feito de traço fino, clássico e até barroco, revela-se de excelência gráfica a toda a prova, tão capaz de nos mostrar grandes planos do ser humano como grandiosas cenas globais de batalha, construções pormenorizadas, animais representados com assinalável dinamismo ou cenas de maior intimidade familiar.

A colecção
1. A colecção
Esta colecção, já publicada há uma meia dúzia de anos em Espanha, segue a edição restaurada pela editora alemã Bocola, e não a da Fantagrapghics, ao contrário do que chegou a ser adiantado.
Em termos de colorido, baseia-se nas cores originais restauradas dos jornais norte-americanos.
A colecção esteve em fases de testes no Brasil a partir de Outubro de 2018. Agora foi anunciado o seu lançamento efectivo no Brasil, a partir do próximo mês de Abril.

2. Os livros
Príncipe Valente é uma colecção de 82 volumes da Planeta DeAgostini Brasil.
Inicia-se com o volume com as pranchas de 1937 e terminará com o volume 82 com as pranchas de 2018.
Os livros são em capa dura, lombada em tecido e formato 225 x 310 mm.
No final, as lombadas formarão uma imagem.
O volume inicial tem 64 páginas a cores, sendo as pranchas de 1937 complementadas com textos sobre a série e uma galeria final de vinhetas.

3. Periodicidade, preço e formas de compra
Os livros serão lançados quinzenalmente, ao longo de 38 meses, entre Março de 2019 e Maio de 2022.
O volume 1 custa 1,99 €.
O volume 2 custa 5,99 €
Os volumes 3 a 82 custarão 10,99 €.
A colecção ficará por 887,18 €.
Os volumes iniciais poderão ser encontrados em banca. Numa fase posterior, como acontece neste tipo de colecções, só haverá livros para quem fizer Reserva em Banca. Não está prevista a modalidade de assinatura.
Segundo a lei portuguesa, a editora é obrigada a levar a colecção até ao final, salvo em caso de força maior, como uma falência.
A informação completa sobre a colecção deve ser consultada no site português da Planeta DeAgostini.

A edição
1. Os livros
O volume 1 apresenta acabamento cuidado, bom papel e boa impressão. As cores são suaves e agradáveis.

2. A tradução
Os livros desta colecção são produzidos no Brasil, por isso encontram-se em "português do Brasil".
Pessoalmente não tenho qualquer problema em ler em brasileiro e acho que o texto apresentado é de fácil compreensão mesmo para quem não tenha essa facilidade. Obviamente haverá alguns termos que soarão menos bem.
Chocou-me a expressão 'espada cantarina' para designar a arma que acompanhará o protagonista a partir de certa altura, uma vez que, quer em Portugal, quer mesmo no Brasil, sempre foi designada por 'espada Cantante'. Como o termo surge, para já, apenas no folheto de apresentação, pode ser que não passe de um lapso e depois surja correctamente nos livros.
A tradução feita optou por actualizar e simplificar a linguagem erudita usada originalmente por Foster. Se é verdade que torna a leitura mais leve e fluída retirou à obra algum do seu peso.
[Veja-se ao lado a comparação das versões de Manuel Caldas e da Planeta DeAgostini]

3. Opinião
Esta é uma boa colecção? Sim e não. É boa na edição em si e na impressão, é menos interessante - para os portugueses - pelo brasileiro utilizado e pela actualização da linguagem.
E poderia ter um preço um pouco mais convidativo.
Dito isto, a verdade é que possivelmente nunca haverá outra edição portuguesa do Príncipe Valente. O conselho que deixo é: comprem os dois primeiros volumes, aproveitando até o bom preço e considerem o segundo um bom exemplo do que a série vai ser e tomem depois a decisão...
Nota final: a fase de Foster é magnífica. Corresponde, enquanto autor completo, aos primeiros 34 volumes da colecção, seguindo-se outros 10 em que apenas escreveu os textos e esboçou a planificação. O restante da série é bem menos interessante.
[Como curiosidade, em termos de cor, compare-se, aqui ao lado, a edição da ASA e a da Planeta DeAgostini.]

Príncipe Valente em Portugal
1. Em revista
O herói de Foster estreou-se em Portugal no Mosquito #933, de 2 de Junho de 1948.
O Mundo de Aventuras publicou-o pela primeira vez no #74, de 11 de Janeiro de 1951.
A principal publicação desta obra no nosso país aconteceu no jornal O Primeiro de Janeiro, que o incluiu no seu suplemento dominical, em página inteira de grande formato e a cores, a partir de 19 de Abril de 1959 e ao longo de 1348 edições!
Ao longo das décadas, o Príncipe Valente surgiria em inúmeras publicações (muitas vezes retalhado miseravelmente): Audácia, Ciclone, Condor Popular (em 105 x 145 mm!!!), Comix, Jornal do Cuto... 
  

2. Em álbum
O Príncipe Valente teve igualmente várias edições em álbum pela Portugal Press, Presença e Futura (na sua Antologia da BD Clássica).
Há ainda três outras edições em álbum a considerar:

1. ASA
Sete álbuns a cores, a partir de 1990.
Reúnem cerca de 300 pranchas.
Formato franco-belga, capa dura, 48 páginas por álbum, com colorido digital empastelado e demasiado forte.
2. Livros de Papel
Cinco álbuns a preto e branco, a partir de 2005.
Apresentam as pranchas de 1937 a 1946.
Formato 260 x 340 mm, capa mole com badanas, 112 páginas por álbum (dois anos da série), a preto e branco.
Edição restaurada minuciosamente por Manuel Caldas, que trabalhou a partir de páginas de jornais para recuperar o traço original de Foster. Tem o inconveniente de não apresentar os pormenores que não eram desenhados, sendo deixados para a cor.

3. Bonecos Rebeldes
Quatro álbuns a preto e branco, a partir de 2007.
Apresentam as pranchas de 1947 a 1954.
Formato 260 x 340 mm, capa mole com badanas, 112 páginas por álbum (dois anos da série), a preto e branco.
O primeiro volume é fruto da parceria entre José Manuel Vilela e Manuel Caldas, continuando este último responsável pelo restauro.
Uma desavença entre os dois levou Vilela a prosseguir com a edição, que contou com mais dois volumes, paginados por Catherine Labey, com menor qualidade.

[4. Libri Impressi
Após a separação da Bonecos Rebeldes, Manuel Caldas prosseguiu o seu sonho da restauração integral da obra-prima de Foster a preto e branco, agora em edição em espanhol, que prossegue até à actualidade. O último volume publicado até agora, em Dezembro de 2018, abarca os anos de 1967 e 1968.]

(imagens disponibilizadas pela editora ou da responsabilidade de As Leituras do Pedro; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)

35 comentários:

  1. Excelente artigo, como sempre, Pedro - tudo bem explicado e não ter duvidas, parabéns. Eu vou fazer a colecção toda, ou pelo menos, até onde ela for ou chegar por cá. Vi algumas pessoas a criticarem, especialmente no Notas Bedéfilas,mas pessoalmente, não me faz diferença alguma. Eu vejo como uma oportunidade de ter Príncipe Valente que de outra forma era bem dificil. Já tentei procurar versões em inglês, mas são caras ou não encontro tudo. Por isso fica ao critério de cada um.

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    1. Obrigado.
      E, como sempre e em tudo, fica ao critério de cada um. O texto pretende que a opção possa ser mais informada.
      Boas leituras!

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  2. Terminará com o volume das pranchas de 1982 ou 2018?

    Letrée

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    1. Não percebi a dúvida, mas são 82 volumes, que publicarão toda a série de 1937 até 2018.
      Boas leituras!

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  3. CORRECÇÃO

    3. Bonecos Rebeldes
    Quatro álbuns a preto e branco, a partir de 2007.
    Apresentam as pranchas de 1947 a 1954.
    Formato 260 x 340 mm, capa mole com badanas, 112 páginas por álbum (dois anos da série), a preto e branco.
    O primeiro volume é ainda fruto da parceria entre José Manuel Vilela e Manuel Caldas, continuando este último responsável pelo restauro.
    Uma desavença entre os dois levou Vilela a prosseguir com a edição, que contou com mais três volumes, paginados por Catherine Labey, que teve o bom senso de não considerar o seu trabalho "restauro", pois limitou-se a usar as digitalizações enviadas pela King Features, péssimas e sem possibilidade de melhoramento algum.

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    1. Obrigado pela leitura atenta. Correcção inserida no texto.
      Boas leituras!

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  4. É uma personagem e tipo de BD que não me atrai por aí além. Aderi à publicação do M Caldas por ser uma edição que me pareceu extraordinária ao ser feita mais por amor que por interesse financeiro. E porque gosto de recompensar pequenos autores ou editoras pelos riscos que correm.

    A Salvat está a cancelar ou a diminuir a qt de volumes de coleções deste tipo (no Brasil), não sei se a PlanetaDeAgostini não decidirá fazer o mesmo.

    Resumindo, eu passo esta (e vou passar tb a do Homem-Aranha da Salvat).

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  5. Esqueci-me de dar os parabéns ao Pedro por este post verdadeiramente 'serviço público' relativo a esta coleção. :-)

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  6. No texto diz "Inicia-se com o volume com as pranchas de 1937 e terminará com o volume com as pranchas de 1982." Fiquei com a dúvida se seria assim ou 2018. entretanto esclareci-me. Peço desculpa. Os meus agradecimentos.

    Letrée

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    1. Tem toda a razão, caro Letrée. Era lapso e já está corrigido...
      Boas leituras!

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  7. Bem, vou me aventurar... Temos que ser valentes

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  8. Eu comprei o primeiro álbum e considerei fazer a colecção, mas decidi que não a vou fazer por uma série de razões que para mim fazem sentido.
    Não é uma edição nacional, é a edição brasileira vendida cá, e embora o português do Brasil não me incomode, pois passei a infância a ler Walt Disney, acho uma falta de atenção para o público português não traduzirem para o português de Camões.
    Também não gostei das mudanças referidas na tradução de modo a aligeirar o texto. Para mim o texto original, não só faz parte da obra como é uma das suas mais valias.
    O facto de Foster corresponder apenas a 34 volumes dos 82 também a meu ver faz como que a obra não seja de todo homogénea.
    O preço, sinceramente, acho um exagero, sobretudo para uma edição "brasileira" vendida cá. Se a tivessem traduzido o valor seria um pouco mais aceitável.
    Gostei muito do primeiro álbum, mas tendo em conta o que escrevi e a relação custo-benefício, para mim não vale a pena o investimento.
    Abraços

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    1. Essa parece-me a opção correcta: experimentar, para depois tomar uma decisão informada.
      Diferente de pessoa para pessoa, em função das expectativas e da exigência pessoal.
      (Outras) boas leituras!

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  9. Ora bem, desde ontem pra hoje já tenho os dois primeiros fascículos do PV. E já assinei a obra toda (contanto que ela saia na íntegra!). O PV é uma das minhas referências de infância, já no tempo das publicações na Agência Portuguesa de Revistas (Condor, Mundo de Aventuras, Tigre, etc.). E tentei fazer a coleção com a Presença, a ASA e os Bonecos rebeldes, mas é sp o mesmo: chega a menos de um sexto e pára. Snif snif. Talvez seja agora, uma vez que a Agostini se propõe publicar os 80 anos do PV. Isso quer dizer que incluirão o trabalho do Foster, do Gray Morrow, do John Cullen Murphy e do Gary Gianni. Yupi! Oxalá!

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  10. Meus caros,
    Por uma questão de honestidade, volto aqui para me penitenciar... :)
    Não retirando nenhum dos argumentos que escrevi no post anterior, confesso-vos que comprei o primeiro álbum... gostei muito e depois comprei o 2º... depois decidi voltar a comprar o 3º... e o 4º... e o 5º...
    Não consegui resistir, a colecção está realmente para coleccionadores, e também afinal a vou fazer!
    Abraços

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    1. Acho que a atitude deve ser sempre essa: na dúvida comprar, experimentar e depois decidir.
      (Continuação de) boas leituras!

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    2. MHUAHAHAHA!!! O que se podia esperar dum colecionador ferrenho como o meu amigo?!Isso faz-me lembrar aquele conhecido aforismo, que se aplica aqui à maravilha: "Quem sai aos seus...não regenera"! Quanto ao resto, concordo plenamente; preço um bocado esticado, tradução muuuuuito pior do que no saudoso Mundo de Aventuras, ou mesmo nas outras edições que apareceram por cá ao longo dos anos. E o tamanho: quem já leu as edições de Manuel Caldas não se consegue impedir de comparar, desfavoravelmente.são as únicas ressalvas que faço à coleção. Mas é o que há, e existe a mais-valia de ser a coleção completa.

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    3. Eu sempre ouvi dizer: "Quem sai aos seus... não degenera!"

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Jartur Mamede, neste caso, e conhecendo o Vagos como conheço... é MESMO REGENERA!!!

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    2. Quem sai aos seus não degenera! O provérbio que atrás colei, fui buscá-lo, rigorosamente, a um dos Dicionários de Provérbios Portugueses, disponíveis na "Net". Assim, fico mais crente na minha velha memória. Saudações cordiais.

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  12. Aparentemente a Agostini propõe aos seus aficionados do Principe valente um jogo: descubra as diferenças. Refiro-me às capas dos fascículos de 1944 e de 1945. De entre centenas de desenhos foram escolher dois quase iguais, e logo em edições contíguas. Bom trabalho, Agostini! Sempre a considerar o cliente!

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  13. Boa noite, Também eu resolvi arriscar na esperança que publiquem a colecção toda.

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  14. Caros irmãos (i.e., interessados assanhadamente no PV...), perante as notícias no site da agostini, não stressem: o que se passa é que a colecção vai deixar (entre agosto e novembro)de sair na ordem cronológica de publicação original, isto é, vai começar a chegar "aos bochechos", saltando para a 13ª, 16ª, etc. Em novembro entrará (alegadamente) nos eixos de novo. De qq modo, a editora garantiu-me que a ordem de publicação não apresenta problema algum, e que receberemos por fim os fascículos todos! Assim, e se bem que seja chato não poder ler o que vai saindo de forma lógica e continuada, nada está perdido.

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    1. Sim, a publicação 'desordenada' não significa que não sejam publicados todos os volumes, mas não deixa de ser penalizador para o comprador/leitor...
      Boas leituras!

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  15. Apercebi-me hoje de que o álbum relativo ao ano de 1952 tem completamente desalinhados na lombada os algarismos do ano relativamente aos outros álbuns, tal como o pequeno logotipo na parte inferior da lombada, que também é muito menos brilhante do que os outros (o mesmo de passa com o álbum de 1953). Aliás tendo agora os 13 álbuns já publicados todos juntos, podemos aperceber-nos de que o alinhamento global está longe de ser perfeito. Estes "pormenores" lamentáveis juntamente com a trapalhada que estão a fazer com as entregas, já me fizeram arrepender de ter começado isto... Estou a pensar já não tanto nos 143 euros que já investi, mas nos mais de 700 que posso poupar se abandonar a colecção. Estamos a falar de uma colecção de praticamente mil euros, acho tudo isto uma grande falta de profissionalismo e de respeito para com os clientes.

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  16. E continua a balda por parte da Agostini na ordem de saída das publicações. Hoje saíu o álbum de 1956, continuam a faltar os dos anos 1946, 1948 e 1954. Não dão explicação nenhuma, nem respondem aos emails. Atenção a cliente é zero. Uma vergonha.

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  17. Pois. Se bem que tenham já (duma forma muuuuuuito superficial e não comprometedora)dito que "os álbuns hão-de sair todos ATÉ NOVEMBRO" (pois sim!!!), eles continuam a brilhar pela sua ausência, desprestigiando uma grande série e uma editora que, sem muito custo, poderia ser anos luz melhor. Mas aparentemente preferem apostar na quantidade.

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  18. Eu decidi mesmo desistir desta colecção. Não só nunca tiveram a atenção de dar uma explicação válida para a falta de dois números desde há meses, como recentemente veio um álbum com um balão de diálogo em espanhol. Há ainda um álbum completamente desalinhado em termos de lombada. Quando falei com eles, disseram que iam participar à gráfica, como se isso resolvesse alguma coisa. Agora com a situação do Covid houve dois álbuns que não foram entregues. Quando questionei novamente, disseram que estavam à espera de stock. Ora eu tenho reserva garantida. Sinceramente perdi a paciência de vez.
    Nota: a quem possa interessar, tenho os álbuns à venda no olx

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    1. Eu ainda sou principiante nestas coisas de intervir nos "blogues", e por isso não estou a responder a o que quer que seja, mas apenas a anotar aqui algumas deficiências que encontrei na colecção, da qual sou assinante.
      Estou convencido de que bastantes assinantes, que já haviam usufruído, como eu, de muitos episódios desta saga, em publicações diversas, e muitas vezes sem sequência, estão a guardar os volumes até à recepção do último, para depois fazer, paulatinamente, uma leitura/observação sequencial. Portanto, não notaram ainda "mazelas" de que então se irão aperceber. E digo isto, porque já chamei a atenção de 3 Amigos - também dos tais assinantes - para um defeito indesculpável que aparece no volume referente a 1967, recebido há 2 ou 3 quinzenas. Bastaria pedir-vos que observem - nem é necessária muita atenção - a 5.ª vinheta da página 31, ou seja a prancha original n.º 1580, de 21.05.1967. É isso mesmo: um enigma para os leitores decifrarem. A legenda de 6 linhas que deveria estar no cimo da vinheta, escrita em castelhano, caiu em cima da legenda inferior. Eu, e esses três admiradores do Hall Foster, já enviámos a consequentes reclamações, que nos informarem terem sido enviadas para o Editor. Cumprimentos para todos.

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  19. Deixo abaixo a descrição dos problemas todos que encontrei e que me fizeram desistir desta colecção. Já devia ter desistido há muitos meses!
    No meu caso, desisti de fazer a colecção precisamente porque já investi mais do que suficiente para continuar a persistir numa colecção que só me tem dado aborrecimentos desde o início. Eu não estou a pensar no dinheiro que já investi. Estou a pensar no que vou poupar desistindo, pois ainda faltam uns 50 números, e também estou a pensar, olhando para o histórico, na quantidade de chatices que vou evitar. Ora vejamos: os números correspondentes aos anos 1948 e 1954 andam para sair há cerca de um ano. A empresa diz que hão-de sair e já avançou várias datas, mas nunca saíram. Lamentavelmente nunca deram uma explicação para o sucedido ou pediram desculpa aos coleccionadores. Até parece que é normal para eles as pessoas fazerem uma colecção com números em falta pelo meio. Mais tarde, o álbum correspondente ao número 1958, saiu com o grafismo da lombada (ano, logotipo e desenho do título) completamente desalinhados dos restantes e situados muito mais acima na lombada do que os outros, além do logotipo estar bastante mais desmaiado em termos de cor). Quando reclamei, tiveram a lata de dizer que iam participar à gráfica, como se isso resolvesse alguma coisa quanto ao álbum "desalinhado" dos outros. Recentemente no álbum de 1967, na página 31, vem um balão de texto em espanhol e com palavras sobrepostas! A empresa também não adiantou nada relatvamente a isso, penso que a postura deles deve ser a de que os clientes comem e calam e ainda devem ficar agradecidos. O que me fez desistir mesmo, foi a gota de água... tenho amigos que já receberam os álbuns de 1965 e de 1966 e os meus nunca mais chegavam. Quanto perguntei no meu quiosque, a senhora de lá ligou à minha frente para a empresa, ou para a distribuidora, e responderam-lhe que "estavam à espera de stock!". Ora, tendo eu reserva garantida, reagi como calculam da pior maneira possível em termos de irritação Foi apenas a gota de água. Desisti ali mesmo. E garanto-vos que o alívio que sinto é grande. É uma pena isto ser um pouco uma república das bananas, pois deviam existir regras apertadas relativamente à publicação e critérios de qualidade ligados às colecções. A Planeta d'Agostini não tem o mínimo respeito pelos clientes, não tem critérios nem controlo de qualidade, não cumpre em termos de distribuição não resolve os problemas, não dialoga com os clientes e tem uma postura medíocre e arrogante. Compreendo quem goste tanto da colecção que persista, mas para mim não faz qualquer sentido persistir num erro e numa empresa que anda a gozar com as pessoas. Se todos os que tivessem reserva garantida desistissem com eu, eles aí sentiam na pele. Pela minha parte como referi, o alívio é grande. Vou manter os primeiros 5 anos, pois têm todos a lombada toda preta e os restantes 22 que tenho estou a tentar vendê-los por 5,00 cada para tentar recuperar algum dinheiro. A minha vontade era meter a Agostini em tribunal e pedir a devolução do meu dinheiro, mas já sabemos a tristeza de justiça que temos e os custos envolvidos. Se ninguém comprar os meus álbuns, sou capaz de os meter no lixo. Sinceramente, ganhei repugnância por esta colecção e pela Agostini e quero esquecer-me disto, não quero os álbuns para me fazer lembrar das irritações que os incompetentes da Agostini me fizeram passar

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  20. A idade média é um período que me atrai imenso, e os textos de Hal Foster começam a ser cada vez uma mais valia de desintoxicação aos que se vê á vezes nos canais"temáticos".
    E como o Pedro sugeriu, fui "experimentando" e fui comprando um a um (o peso do preço é um pouco tipo tortura medieval, é verdade).
    A minha meta é comprar até o volume de 1971, o último ano em que Foster desenhou a série.

    Um abraço e bom Blog.

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  21. Bem, em outras palavras... Tenho a coleção desde a prancha 01 até a prancha 1223, volumes 1 a 15 editado em preto e branco pela Editora Brasil-América (EBAL) em formato capa dura 27 cm por 36,5 cm, e da prancha 1224 até a prancha 1645, em 5 volumes editado pela Editora Opera Graphica.
    Infelizmente o volume 18, pranchas 1368 a 1440, no mesmo formato anterior e capa dura, da Opera Graphica, não consegui encontrar em lugar algum e a Editora não existe mais.
    A série toda está em preto e branco, exceto as capas que – algumas – tem cores, e sinceramente não sinto falta das cores.
    Não pretendo continuar com publicações de outras editoras, embora me interessasse seguir até a prancha 1788, a última desenhada por Foster.
    Depois dessa não tenho mais interesse algum de ver os desenhos de outros autores.

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