05/01/2015

2014: um balanço

Se é verdade que 2015 já começou há alguns dias, ainda vamos a tempo de um balanço – mais um – de 2014.
Este ano, decidi recordar o ano que passou através de três grandes blocos: Eventos, Edições e Personalidades.
Já a seguir.

Edições
A reter
- A edição regular e consistente por parte de uma série de editoras que asseguraram grande parte (da diversidade) da edição de BD em 2014; foram elas - por ordem alfabética -
El Pep
Devir
Kingpin Books
Polvo


- A importância crescente da edição de BD em parceria com os jornais. Este ano foram 51 livros – divididos por cinco colecções: Astérix à Volta do MundoSuper-Heróis DC Comics – série 2, Michel Vaillant, Universo Marvel e XIII e duas editoras Levoir e ASA - quase 50 % da edição de álbuns/livros de BD em Portugal.
 
  

- A continuação da aposta da Goody nas edições de bancas; apesar das quebras nas tiragens e do falhanço do projecto Real Lifeem 2014 foram mais de 70 edições Disney, a Comix atingiu o número 100 e houve lugar para o lançamento (bem sucedido) da Simpsons Comics.

 

A confirmar
- O renascimento editorial do grupo Babel (Arcádia, Verbo) e da G. Floy.
 

- O apagamento da ASA, confinada às edições com o jornal Público e a séries de sucesso certo (?): Michel Vaillant, Lucky Luke, Blake e Mortimer.

 A evitar
- O efémero regresso das edições Marvel em português, encabeçado pela Panini espanhola, que redundou num vergonhoso flop.

Edições do ano
 
  
 

Eventos
A reter
- por provar que o modelo das convenções norte-americanas podia vingar no nosso país, pelos grandes autores presentes (Brian K. Vaughan, Miguelanxo Prado, Carlos Pacheco…), pela junção num mesmo espaço de fãs de séries TV, videogos e BD, que têm tanto em comum, com óbvio benefício para as editoras/livrarias que quiseram marcar presença.

- A aposta consistente numa saudável marginalidade, bem combinada com grandes autores – este ano, Étienne Davodeau - e com o grande destaque dado à BD nacional
 

- Por ser o primeiro clube oficial de Tex;
- pela capacidade de mobilização da comunidade dos apreciadores do ranger Bonelli em Portugal (e não só);
 

A confirmar
- A estagnação de um modelo organizativo que o limita e (quase) impossibilita a presença de grandes autores, não bastando a qualidade de (muitas) das exposições para o compensar

Personalidades
(por ordem alfabética)

Daniel Henriques
- Pelo seu percurso na DC Comics, onde é actualmente arte-finalista de Green Arrow, depois de ter exercido igual função em Batgirl, Birds of Prey e Green Lantern New Guardians.
Filipe Andrade
- Pela afirmação no mercado de comics norte-americano, traduzida este ano em edições como as mini-séries  Seekers of the Weard, Figment e dois números de Rocket Raccoon.


Filipe Melo
(com Juan Cavia)
- Pela afirmação internacional de Dog Mendonça e Pizzaboy, recém-editados no Brasil;
- pelos 30 mil exemplares vendidos no conjunto das edições portuguesa e norte-americana.

Jorge Coelho
- Pela afirmação na indústria dos comics norte-americanos, feita a pulso, onde a diversidade de projectos – Venon, Polarity, Sleepy Hallow… - já a começa a ser significativa.

José de Freitas
- Pela importância crescente na edição de BD em Portugal, pois em 2014 coordenou as duas colecções de super-heróis da Levoir - Super-Heróis DC Comics – série 2 e Universo Marvel - foi consultor para as edições Marvel em português da Panini espanhola e é o rosto da G. Floy em Portugal.

Mário Freitas
- Como editor - e autor - da Kingpin Books, gerente da loja especializada homónima, principal rosto dos Prémios Profissionais de BD (apesar do seu esvaziamento em relação ao projecto inicial) e pelo crescimento e afirmação do Anicomics.

Manuel Caldas
- Pela insistência na reedição apaixonada, criteriosa e de qualidade ímpar de grandes clássicos da banda desenhada, mesmo que em espanhol.



Paulo Monteiro
- Pela edição no Brasil (depois de Espanha, Polónia, França e Reino Unido e da 3.ª edição da edição portuguesa) de O Amor Infinito que te tenho e outras histórias;
- pelos prémios que o livro conquistou em França e em Espanha.

1 comentário:

  1. Até ver a panini é o fiasco.A nova g floy uma incognita tal como a verbo.A asa reduziu o catalogo.a nova devir anda não completou nenhuma nova serie iniciada por ela,e algumas tipo naruto ou walking dead não tem fim vista.Colecoes com jornais é a forma mais certeira para leitores e editoras

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