Se é verdade que 2015 já começou há alguns dias, ainda vamos
a tempo de um balanço – mais um – de 2014.
Este ano, decidi recordar o ano que passou através de três
grandes blocos: Eventos, Edições e Personalidades.
Já a seguir.
Edições
A reter
- A edição regular e consistente por parte de uma série de
editoras que asseguraram grande parte (da diversidade) da edição de BD em 2014;
foram elas - por ordem alfabética -
El Pep
Devir
Kingpin Books
Polvo
- A importância crescente da edição de BD em parceria com os
jornais. Este ano foram 51 livros – divididos por cinco colecções: Astérix à Volta do Mundo, Super-Heróis
DC Comics – série 2, Michel
Vaillant, Universo
Marvel e XIII e duas editoras Levoir e ASA - quase 50 % da edição de álbuns/livros de BD em Portugal.
- A continuação da aposta da Goody nas edições de bancas; apesar
das quebras nas tiragens e do falhanço do projecto Real
Life, em 2014 foram mais de 70 edições Disney, a Comix atingiu o número 100 e houve lugar para o lançamento (bem sucedido) da Simpsons
Comics.
A confirmar
- O renascimento editorial do grupo Babel (Arcádia, Verbo) e da G. Floy.
- O apagamento da ASA, confinada às edições com o jornal
Público e a séries de sucesso certo (?): Michel
Vaillant, Lucky Luke, Blake e Mortimer.
A evitar
- O efémero
regresso das edições Marvel em português, encabeçado pela Panini espanhola,
que redundou num vergonhoso flop.
Edições do ano
Eventos
A reter
- por provar que o modelo das convenções norte-americanas
podia vingar no nosso país, pelos grandes autores presentes (Brian K. Vaughan,
Miguelanxo Prado, Carlos Pacheco…), pela junção num mesmo espaço de fãs de séries
TV, videogos e BD, que têm tanto em comum, com óbvio benefício para as
editoras/livrarias que quiseram marcar presença.
- A aposta consistente numa saudável marginalidade, bem
combinada com grandes autores – este ano, Étienne Davodeau - e com o grande destaque
dado à BD nacional
- Por ser o primeiro clube oficial de Tex;
- pela capacidade de mobilização da comunidade dos apreciadores
do ranger Bonelli em Portugal (e não só);
- pela dinâmica revelada, traduzida numa mostra
com a presença de Pasquale Del Vecchio e pela edição
da Revista do Clube Tex Portugal
A confirmar
- A estagnação de um modelo organizativo que o limita e (quase)
impossibilita a presença de grandes autores, não bastando a qualidade de
(muitas) das exposições para o compensar
Personalidades
(por ordem alfabética)
Daniel Henriques
- Pelo seu percurso na DC Comics, onde é actualmente arte-finalista
de Green Arrow, depois de ter
exercido igual função em Batgirl, Birds of Prey e Green Lantern New Guardians.
Filipe Andrade
- Pela afirmação no mercado de comics norte-americano, traduzida
este ano em edições como as mini-séries Seekers of the Weard, Figment
e dois
números de Rocket Raccoon.
Filipe Melo
(com Juan Cavia)
- Pela afirmação internacional de Dog
Mendonça e Pizzaboy, recém-editados no Brasil;
- pelos 30 mil exemplares vendidos no conjunto das edições
portuguesa e norte-americana.
Jorge Coelho
- Pela afirmação na indústria dos comics norte-americanos,
feita a pulso, onde a diversidade de projectos – Venon, Polarity, Sleepy Hallow… - já a começa a ser
significativa.
José de Freitas
- Pela importância crescente na edição de BD em Portugal, pois em 2014 coordenou as duas colecções de super-heróis da Levoir - Super-Heróis DC Comics – série 2 e Universo Marvel - foi consultor para as edições Marvel em português da Panini espanhola e é o rosto da G. Floy em Portugal.
Mário Freitas
- Como editor - e autor - da Kingpin Books, gerente da loja especializada homónima, principal rosto dos Prémios Profissionais de BD (apesar do seu esvaziamento em relação ao projecto inicial) e pelo crescimento e afirmação do Anicomics.
Manuel Caldas
- Pela insistência na reedição apaixonada, criteriosa e de qualidade ímpar de grandes clássicos da banda desenhada, mesmo que em espanhol.
Paulo Monteiro
- Pela edição
no Brasil (depois de Espanha, Polónia, França e Reino Unido e da 3.ª edição da edição portuguesa) de O Amor
Infinito que te tenho e outras histórias;
- pelos prémios que o livro conquistou em França
e em Espanha.
Até ver a panini é o fiasco.A nova g floy uma incognita tal como a verbo.A asa reduziu o catalogo.a nova devir anda não completou nenhuma nova serie iniciada por ela,e algumas tipo naruto ou walking dead não tem fim vista.Colecoes com jornais é a forma mais certeira para leitores e editoras
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