Uma semana após os atentados que dizimaram a sua redacção e provocaram
12 mortos, o jornal Charlie Hebdo regressa hoje às bancas francesas.
Na capa do #1178, da autoria do cartoonista Luz, estará mais
uma vez o profeta Maomé, segurando um cartaz com as palavras mais ouvidas esta
última semana: “Je suis Charlie”. Em título pode ler-se: “Tudo está perdoado”.
Nas oito páginas deste número especial será possível encontrar desenhos
inéditos de Wolinski, Charb, Cabu, Honoré e Tignous, os desenhadores mortos no
ataque.
Este número do jornal satírico terá uma tiragem excepcional
de 3 milhões de exemplares, ao contrário dos habituais 60 mil, será traduzido
em 16 línguas e estará à venda durante oito semanas.
Este rápido regresso só foi possível graças ao jornal
Libération que acolheu nas suas instalações a redacção do “Charlie Hebdo” e ao
financiamento de grupos como Le Monde, Canal+ ou Google. As distribuidoras
francesas também não vão cobrar qualquer percentagem na distribuição do
primeiro milhão de exemplares, cuja receita reverterá inteiramente para o
jornal.
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