2021 foi (mais) um ano atípico (também) para a BD. Prosseguindo o balanço que está a ser efectuado por As Leituras do Pedro, ficam alguns destaques.
A exposição (e o momento mais destacado) do ano - pela qualidade e mediatismo. E pelos catálogos.
Com um sucesso merecido e o desejo de que seja a primeira de grandes exposições de BD num local privilegiado.
Festivais de Beja e Amadora
Pelo regresso, em modo presencial, com bons programas e excelentes autores.
Espera-se que para continuarem neste modo, juntamente com aqueles que a pandemia (ainda) impediu em 2021.
(Mesmo que não muitas), muitas boas.
Seguindo, à nossa dimensão, as tendências de outros países em que a edição é mais relevantes: revisão autoral de heróis clássicos, edições integrais, adaptação de romances literários, reedição de obras fundamentais...
E com o franco-belga, paulatina e gradualmente, a retomar o primeiro lugar nas preferências dos editores - e obviamente dos leitores.
Se há área em que os leitores são completistas, é a BD. Independentemente disso, quem começa a comprar uma série, uma colecção, espera poder levá-la até ao fim, para a fruir integralmente. Em 2021, as editoras nacionais completaram 11 séries/colecções, tendo ainda iniciado/dado continuidade a outras 53. Em sentido contrário, apenas 2 foram canceladas.
A desconfiança em relação a estas edições, que durante anos foi apanágio dos mercado nacional de BD, já não tem razão de ser.
Crítica
O número de espaços online dedicados à análise/crítica/recensão de edições de BD, aumentou. Também aumentou, embora de forma mais modesta, a atenção recorrente dada a esta forma narrativa por alguns jornais.
São bons sinais, a consolidar no futuro.
Adeus
2021 obrigou-nos a despedir de nomes marcantes da BD. A nível nacional, registo a partida de João Paulo Cotrim. Ficam as obras, as memórias - e, já, as saudades.
Boas leituras!
(clicar nos textos a cor diferente para saber mais sobre os temas destacados; clicar mas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)
Por falar em colecções, para quando a nova edição das novelas gráficas da Levoir/Público, e a Asa/Público?
ResponderEliminarAs Novelas Gráficas não sei se voltam...
EliminarUma colecção ASA/Público será certamente mais provável, possivelmente dentro de algumas semanas...
Boas leituras!
Boa tarde Pedro. Na sua frase "As Novelas Gráficas não sei se voltam" denoto quase a certeza de um facto consumado. Será impressão minha ou tem conhecimento de constrangimentos inultrapassáveis ?
ResponderEliminarOlá Jorge,
EliminarFacto consumado, não. Mas perante o que aconteceu em 2021 e a situação actual, parece-me que será complicado haver mais alguma colecção Novela Gráfica, pelo menos nos moldes que conhecíamos.
Boas leituras!
Triste cenário esse, a confirmarem-se os rumores. Sempre defendi que a Levoir deveria lançar obras fora do âmbito de coleção de venda em banca, mesmo com algum acréscimo no valor final. Menos editoras significam menos títulos no mercado e um, inevitável, atrofiamento do mercado. Esperemos que Levoir saiba e queira dar a volta.
ResponderEliminar"Menos editoras significam menos títulos no mercado e um, inevitável, atrofiamento do mercado."
EliminarUma situação destas - a eventual desistência da Levoir da edição de BD - é sempre de lamentar, embora seja apenas o cumprimento de um ciclo que já teve outros protagonistas ao longo dos anos.
Mas esse facto também pode representar novas oportunidades para outras editoras, que venham a ocupar esses espaço.
PS - A Levoir já anunciou a publicação de Rugas, do Paco Roca, no primeiro semestre. Esperemos que seja um bom sinal e o prenúncio da retoma da sua actividade.
Boas leituras!
Essa é de facto uma boa notícia, uma vez que a edição de "Rugas" da Bertrand se encontra fora de catálogo desde á anos. E se, realmente, fôr prenúncio de de retoma todos os amantes de BD ficarão a ganhar. Aguardemos....
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