29/12/2020

Berck (1929-2020)

 





O desenhador belga Arthur Berckmans, faleceu aos 91 anos, vítima de causas naturais. Conhecido por Berck no mundo da BD, era natural de Louvain, onde nasceu a 3 de Maio de 1929.

28/12/2020

Camões + Vitor Péon Magazine


Três que são dois, de outros tempos

Quem é coleccionador, mesmo que moderado como eu, sabe que há épocas de seca e outras em que aparece tudo ao mesmo tempo. Foi o caso recente, quando consegui, praticamente em simultâneo, três edições que há muito me despertavam curiosidade e interesse. E que são, para o bem e para o mal, um belo mostruário de outros tempos.

27/12/2020

Mister No

Portugal Press (1978-1979)


Estava a terminar o ano de 1978 e, nos quiosques portugueses, a par de títulos estabelecidos, marcantes e resistentes, como Mundo de Aventuras, Falcão ou Tintin, as editoras multiplicavam as suas apostas em revistas de banda desenhada, a maioria das quais efémeras e rapidamente esquecidas.

Uma das mais prolíferas da época, a Portugal Press, de Roussado Pinto, que meses antes trouxera aos leitores portugueses o primeiro herói Bonelli em título próprio - Zagor - fazia nova aposta originária de terras italianas: Mister No.

25/12/2020

Feliz Natal

 Chlorophille e Minimum, do grande Raymond Macherot

23/12/2020

Shangai Dream

Por várias razões



Há obras que justificam destaque por várias razões e mesmo que nenhuma delas seja superlativa, o seu conjunto pode significar mais do que a simples 'soma'.

Shangai Dream é uma delas, para lá da obra em si, pela estreia em português das obras 'franco-belgas' de Jorge Miguel e pelo que significa no actual (bom) momento da edição de BD em Portugal.

22/12/2020

O Defunto Logan #2: Bem-vindo de volta, Logan

Orgia de violência e sangue




Se há algo que nunca se espera em relação a uma personagem como Logan - seja ele novo ou o Velho - é que alguma vez acabe bem. Mas, só nos melhores sonhos - ou pesadelos? - poderia acabar tão (bem) 'mal', afinal bem à imagem da forma soberba como surgiu, numa autêntica orgia de violência e sangue. 

21/12/2020

Ao som do fado

Fados




Sendo a minha única referência de Barral a (divertida) série As aventuras de Philip e Francis (uma bem conseguida sátira a Blake e Mortimer), confesso que não estava preparado para a descoberta que se constituiu este Ao som do fado, a segunda incursão, na colecção Novela Gráfica 2020, no período da ditadura portuguesa em geral, e da actuação da PIDE em particular.

20/12/2020

Novo endereço

As Leituras do Pedro a partir de agora têm novo
endereço: https://outrasleiturasdopedro.blogspot.com/

Divulguem a mudança, por favor, alterem-no nos vossos endereços guardados, se for o caso, e continuem a aparecer por cá!

Boas leituras!

18/12/2020

Sondagem: Novela Gráfica 2020



A colecção Novela Gráfica 2020 terminou há algumas semanas, por isso As Leituras do Pedro voltam a questionar os seus visitantes quanto à sua opinião sobre esta sexta série.

Não por hábito ou tradição, mas sim porque este parece, de alguma forma, um elemento interessante para avaliar do êxito da iniciativa e até, eventualmente, orientar futuras escolhas, como sempre feitas entre obras (re)conhecidas e outras de pura descoberta, entre autores de nomeada e absolutos desconhecidos.

17/12/2020

Acender uma fogueira

Frio abrasador





Grande admirador de Chabouté, embora tenha lido dele menos do que deveria e claramente se impunha, este era um dos livros que mais curiosidade me despertava na colecção Novela Gráfica 2020.

16/12/2020

O imortal Hulk #2

Puro terror



Escrevi aqui sensivelmente há um mês, a propósito do arranque deste novo Hulk - o imortal - e, entre outros aspectos, destaquei o reforço da referência ao Dr. Jekyll e Mister Hide, de Stevenson.

Agora, um mês - 5 comics originais - depois, a impressão que me fica de uma leitura (ainda) mais surpreendente, é que a citação deveria ter sido antes - ou deveria ser agora! - o Frankstein, de Mary Shelley. Porque, quero vincar, nesta segunda compilação, O Imortal Hulk é uma narrativa de puro terror.

15/12/2020

Almanaque do Louco #18 + Saiba Mais #15

Loucura e saúde

Desta vez junto duas das edições da Turma da Mônica distribuídas em Portugal este mês: pela loucura saudável e pela saúde em si.

10/12/2020

Rio #1: Deus para todos

Algumas considerações




Como já foi anunciado, começa hoje a colecção Rio em mais uma parceria ASA/Público. São apenas quatro volumes, que correspondem à publicação integral desta obra com argumento da brasileira Louise Garcia e desenho do francês Corentin Rouge. Contando entre 64 e 80 páginas, cada álbum a cores, em capa dura, custará 10,90 €.

09/12/2020

Os náufragos de Arroyoka + Histórias sem heróis + Vingt ans après


Três, por impulso

Uma publicação no Facebook e meia dúzia de comentários impulsionaram estas (re)leituras, quase de rajada, para confirmar memórias e avaliar da passagem do tempo.

Para o melhor e o pior, estão na mesma, como as recordava.

03/12/2020

Mao Tsé-Tung + Os Cinco e os Contrabandistas + Hercule Poirot

Três: uma biografia, duas adaptações

O tempo sobre as leituras vai passando, o texto que ia ser escrito, por este ou aquele motivo foi adiado, mas a referência continua a impor-se. Ficam aqui mais três.

02/12/2020

Airborne 44: Geração perdida / Sobre as nossas ruínas

 

Regresso sólido

Sendo de saudar a retoma pela ASA desta série lançada na forma de colecção com o jornal Público há cerca de (já!) três anos e meio, isso tona-se mais relevante quando, possivelmente, estamos perante o melhor dos quatro dípticos, aquele que apresenta o relato mais consistente e personagens e situações mais sólidas.

30/11/2020

O imortal Hulk #1

De todas as formas, cores, feitios...




Se há muitos anos há algo imutável no Universo Marvel, é a absoluta mutabilidade dos seus pressupostos e mesmo da essência das suas personagens.

O Hulk, é um dos exemplos - paradigmáticos? - pois já foi de (quase) todas as cores, formas, feitios e personalidades...

28/11/2020

A propósito de ex-libris...


A reboque do texto O passo seguinte e dos ex-libris recentemente propostos em Portugal nos álbuns Lucky Luke muda de sela (edição A Seita) e Shangai Dreams (co-edição Arte de Autor/A Seita) - de que já só restam pouquíssimos exemplares - recordo outros ex-libris ou prints especiais associados a algumas edições nacionais.

27/11/2020

Alice

Idade adulta

Descobri cedo o trabalho do Luís Louro - e, na altura, do Tó Zé Simões, parceiro imprescindível para esse arranque e o que se viria a seguir - salvo erro no Mundo de Aventuras. Entre histórias curtas aqui e ali, lembro-me da publicação no fanzine espanhol Camello (?) de Jim del Monaco a cores, quando o preto e branco das edições nacionais só ganhava cor na (nossa) imaginação dos leitores.

Desfeita a parceria, O Corvo marcou a estreia do Luís a solo, mas foi Alice que assinalou a sua entrada na idade adulta, como autor.

26/11/2020

O passo seguinte

Não fosse a sua exígua dimensão, e teríamos mais razões para estarmos satisfeitos com o mercado português de banda desenhada. Mas temo-las, mesmo assim, num momento em que aqui e ali há indicações de que ele já está a dar o passo seguinte.

25/11/2020

Tex #600

Dar consistência


Um aspecto evidente no trabalho editorial de Tex nos últimos anos, é o objectivo de dar à série uma consistência histórica, ordenando uma 'cronologia' que até então era praticamente inexistente. Por um lado.

Por outro, há uma óbvia opção por recuperar personagens que de alguma forma foram marcantes pelo tempo de uma história - ou pouco mais - apelando à memória e à nostalgia dos leitores mais antigos - e conseguindo assim, quem sabe, recuperar alguns que com o tempo se foram perdendo.

É o acontece neste significativo - pela marca alcançada - Tex #600 - #700, em Itália.

24/11/2020

Bruno Brazil: Black Program 2

A caminho da grande aventura


Aquilo que poderemos chamar 'grande aventura' - muita acção, adrenalina, situações impossíveis, volte-faces inesperados... - era, sem dúvida uma das imagens de marca de Greg e o melhor elogio que se pode fazer a este regresso (também mediático) de Bruno Brazil é que o grande argumentista belga certamente não se importaria de assinar este díptico.

O que não significa que o trabalho de Bollée (mais) e Aymond (menos) seja perfeito, mas tudo parece indicar que está no bom caminho. Tal como o trabalho editorial da Gradiva.