E
ao
quinto volume das
aventuras de Ideiafix
e os Irredutíveis, algo
que parecia mais ou menos inevitável,
acontece: a
participação de forma mais consistente e relevante de uma das
personagens da série principal.
De
regresso a casa após uma viagem de negócios e uma noite bem regada,
Hiroshi Nakahara, apanha por engano um comboio que o leva à sua
cidade natal, onde não ia
há anos. De visita à campa da mãe, no cemitério local, desmaia e,
quando acorda, constata que voltou ao seu corpo de adolescente,
embora mantendo a consciência, a sensibilidade e a experiência dos
seus 48 anos.
Parisiense
de nascimento, Christian Serge Gustave Godard, criador de Martin Milan, faleceu hoje. O anúncio
foi feito pela família que, em comunicado, referiu que o
argumentista e desenhador de banda desenhada "lutou
corajosamente durante mais de um ano contra o cancro e adormeceu para
sempre, na sua casa em Paris, perto da família, aos 92 anos".
Mais
um ano, mais uma viagem... até ao Amadora BD. Na
bagagem,
vazia para regressar repleta, alguns propósitos: conseguir alguns
autógrafos, apreciar belos originais e rever pessoas que só
encontro neste festival ou pouco mais. Já a seguir, um balanço que já devia ter publicado aqui.
Uma
das (muitas) imagens fortes que guardo das minhas passagens pelo
Festival de Angoulême no final do século passado - já! - é uma
parede coberta com os álbuns que Greg assinou durante a sua
prolífera carreira de argumentista mas também de desenhador. Diz-me
a memória que eram 367, mas não sei até que ponto posso confiar
nela.
Théo
é o último descendente da família Apotheóz. Está convencido que
uma maldição paira sobre ele, a mesma que aniquilou os seus
antepassados recentes sempre que se revelaram mais ambiciosos. Por
isso, a sua vida é de uma banalidade confrangedora: já na casa dos
30 anos, ainda vive em casa do pai, alcoólico, e sobrevive de
pequenas tarefas desinteressantes que se sucedem a um ritmo que lhe é
indiferente.
O
que pode unir,
nesta partilha de impressões de leituras, Tex
e Harlem,
mesmo que ação decorra
no
mesmo país,
embora em locais separados por mais de 1800 quilómetros e três
quartos de século? A
resposta, que
mantém triste actualidade nos nossos dias, está
já a seguir.
O
autor suíço Daniel Ceppi faleceu hoje, contava 73 anos. A série
que lhe granjeou maior sucesso foi "Stéphane", publicada
parcialmente pela Meribérica/Líber em português, no final da
década de 1980, sob o título "Uma aventura de Ernesto".
Peço
desculpa a quem pensou que ia ler
uma opinião sobre este álbum que,
subitamente,
ganhou mediatismo devido à decisão da editora Dupuis de o retirar
do mercado. Não é o caso. Na
minha lista há
muito, como admirador de Dany que sou, não cheguei - infelizmente -
a comprá-lo e nunca o li.