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13/09/2011

Daniel Hulet (1945-2011)

Daniel Hulet argumentista e desenhador de banda desenhada, natural de Bruxelas, faleceu no passado dia 9, aos 66 anos.Tendo iniciado a sua carreira profissional na publicidade, chegou à BD apenas aos 30 anos, tendo-se estreado na revista belga Tintin com “Charabia”, uma série humorística protagonizada por um gato, mas rapidamente adoptou um estilo realista, de traço fino e duro, que foi personalizando ao longo dos anos, para narrar episódios históricos contemporâneos.
Dois anos depois, em 1977, criou “Léo Gwen”, com argumento de Vicq, de que o Tintin português publicou meia dúzia de histórias curtas, seguindo-se “Pharaon” e “Chris Melville”, ambas escritas por André-Paul Duchâteau.
Em 1985, na “Vécu”, revista dedicada à BD histórica, criou “Les Chemins de la gloire” com Jan Bucquoy, série parcialmente publicada em álbum em Portugal, pela Merbérica/Líber.
A partir de 1987 passou a assinar argumento e desenho das suas bandas desenhadas, criando sucessivamente “L’État Morbide”, “Immondys” e “Extra-Muros”, nas quais desenvolveu universos opressivos e angustiantes que ficam como a sua imagem de marca.
Mais recentemente, desenhou dois tomos do spin-off do “Decálogo”, com Frank Giroud, e, no ano passado, o quarto tomo de “Destins: Paranoia”, com Valérie Mangin.





(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 11 de Setembro de 2011)
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