31/10/2022

Los Guerrilleros

Produção familiar


Nome maior de uma família de autores - que em reconhecimento pela sua qualidade artística os irmãos Adriano e Alejandro adoptaram como pseudónimo comum para as obras nascidas no estúdio doméstico - Jesus Blasco foi um dos autores que deslumbrou gerações de leitores portugueses - bem para além do Cuto adolescente que entre nós ficou como sua marca maior, com as suas aventuras vividas um pouco por todo o mundo conhecido - e desconhecido.

28/10/2022

Mário Freitas: “É uma BD curta, mas nem por isso menos ambiciosa”



Tem por título A Polaroid em branco, foi lançada no Amadora BD que decorre até dia 30 no Sky Skate Amadora Park e é a primeira banda desenhada portuguesa ilustrada com recurso a Inteligência Artificial (IA).
Motivos mais do que suficientes para uma conversa à distância por e-mail com Mário Freitas, simultaneamente seu autor e editor no novo selo Mário Breathes Comics, da Kingpin Books.
Fica já a seguir a versão integral que esteve na base do artigo O trabalho dosdesenhadores não está em perigo, publicado na página online do Jornal de Notícias a 19 de Outubro de 2022.

Amadora BD 2022 - Programa

29 e 30 de Outubro


O 33.º Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora fecha domingo, dia 30.

Para aproveitar ao máximo este último fim-de-semana, os horários, autores presentes, sessões de autógrafos, lançamentos e tudo o que interessa pode ser consultado directamente no site do Amadora BD e complementado na sua página oficial do Facebook.

27/10/2022

Lucky Luke: A arca de Rantanplan

Quando a porca torce o rabo...


Mesmo sem o mediatismo de Astérix, cada novo álbum de Lucky Luke agita o mercado de banda desenhada para lá do seu núcleo duro (cada vez mais alargado) habitual
Pessoalmente, tenho apreciado o consulado de Jul e Achdé e considero mesmo que é nele que se encontram alguns dos melhores álbuns pós-Goscinny. No entanto parece-me que - para me pôr em sintonia com a sua temática - foi desta que ‘a porca torceu o rabo’ - [ou será que, em tempos do enjoativo politicamente correcto, deveria escrever 'foi desta que a leguminosa enrolou a raiz'...?].

Lançamentos: Presa Branca + Um conto de Natal

Levoir/RTP

25/10/2022

Corto Maltese: Mū

Acreditar nas fábulas

A mim também me apraz acreditar nas fábulas…”
Corto Maltesz in Mū


Por vezes, a importância de um livro tem menos a ver com a sua qualidade ou características intrínsecas do que com um motivo exterior à obra que o justifica. É o caso da chamada, hoje, deste Mū, a última história de Corto Maltese que Hugo Pratt nos legou, que surge aqui como forma de destacar o facto de, pela primeira vez, uma editora nacional ter editado na mesma colecção todos os álbuns do marinheiro maltês, alter-ego do autor veneziano.

24/10/2022

Thorgal: A Selkie

Reencontros emotivos



Acredito que todos aqueles que leram séries de banda desenhada na idade certa - que não tem de ser/não é obrigatoriamente a mesma, para todos - criaram com elas laços de afectividade que resistem ao tempo e ao desenvolvimento do sentido crítico, fazendo com que cada nova leitura (inexplicavelmente…?) mantenha algo - às vezes muito - da emoção e da capacidade de maravilhar que teve da primeira vez.
Thorgal é, para mim, um desses casos.

20/10/2022

Amadora BD 2022 - Programa

22 e 23 de Outubro


Com a programação e as exposições divulgadas atempadamente, o 33.º Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora abre hoje oficialmente as suas portas - e ao público em geral no próximo sábado.

Horários, autores presentes, sessões de autógrafos, lançamentos e tudo o que interessa pode ser consultado directamente no site do Amadora BD e complementado na sua página oficial do Facebook.

Lançamento: Como antes

Devir


18/10/2022

Os Les Portugais

Histórias de emigrantes




Evocar uma história global a partir de uma narrativa particular é um dos grandes trunfos de Os Les Portugais, uma edição recente da Ala dos Livros cujo título estranho pretende reter a denominação pejorativa que os emigrantes portugueses tinham em França na década de 1970.

Ou, de mais forma genérica no que ao período temporal diz respeito, porque as características desse fenómeno pré-existente, que a Guerra Colonial fez crescer exponencialmente, não se alteraram muito ao longo das décadas da ditadura.

O argumentista é Olivier Afonso, filho de emigrantes portugueses, e a história que ele faz desfilar perante os nosso olhos será com certeza a do seu pai - e do amigo feito após passar a fronteira a salto - mas terá igualmente elementos de outras vivências, a um tempo semelhantes e díspares, por isso, como escreve no prefácio o professor Manuel Antunes da Cunha: “A emigração é sempre uma história individual e uma aventura colectiva”.

Dessa forma, muitos reconhecerão em diversos aspectos do relato a sua vivência ou a dos seus familiares, mas nenhum se identificará plenamente com os percursos de Mário, Nel e Eva - e de todos os outros - aqui contados. Seja a primeira mentira sofrida, logo por parte de quem era pago para atravessar fronteiras a salto e levar os emigrantes a Paris e os deixava bem longe da cidade luz - e terra de todos os sonhos. Seja a exploração de quem contratava para trabalhar nas obras homens sem papéis, que é como quem diz, sem direitos, regalias ou benefícios, só com obrigações. Sejam as miseráveis condições de vida nos bairros de lata…

Ou seja, por outro lado, as histórias do ‘desenrascanço’ bem português, os pequenos tráficos dos bens que mitigavam as saudades da terra - até as histórias de amores que resultaram e fizeram dos emigrantes e dos seus descendentes cidadãos de corpo inteiro.

Graficamente, Os Les Portugais tem assinatura de Chico, nascido francês como Aurélien Ottenwaelter, mas de pseudónimo bem luso. O tom de ficção documental em estilo neo-realista da obra, condimentado com pequenos apontamentos de humor, é reforçado pelo seu traço de limites indefinidos, pouco pormenorizado e por vezes a lembrar esboço, mas provido de um admirável dinamismo que tanto permite representar cenas mais movimentadas como momentos mais íntimos ou pessoais.


Os Les Portugais
Olivier Afonso (argumento)
Chico (desenho)
Ala dos Livros
Portugal, Setembro de 2022
210x270 mm, 136 p., cor, capa dura
24,00 €

(versão revista do texto publicado na página online do Jornal de Notícias a 7 de Outubro de 2022 e na sua versão em papel do dia seguinte; imagens disponibilizadas pela Ala dos Livros; clicar nesta ligação para ver mais pranchas ou nas aqui reproduzidas para as aproveitar em toda a sua extensão)

Lançamento: H-Alt #12

H-Alt

13/10/2022

O Imortal Hulk #9

Para que serve uma capa…?




A pergunta acima faz todo o sentido e já vou discorrer um pouco sobre o tema mas, para já, peço que apreciem com atenção (de novo?) a capa ao lado que originou este texto e que evocou em mim (um)a (versão da) velha anedota:
O Coisa e (um) Hulk (às vezes são tantos…) entram num bar e…’

Lançamento: Solo Leving #1

Editorial Presença

11/10/2022

Paper Girls #1 a #6

A amizade como valor absoluto

A história de Paper Girls começa em meados da década de 1980, numa cidadezinha anódina dos Estados Unidos, em tom de crónica quotidiana e sociológica. As protagonistas, são quatro adolescentes, com diferenças de raça, sociais e religiosas, que fazem entrega de jornais ao domicílio de madrugada, de bicicleta, assediadas por rapazes e a polícia local.
Este intróito, acaba por se revelar breve, quando as jovens descobrem numa cave algo que faz lembrar uma nave espacial. A partir desse momento, o argumentistas Brian Vaughn subverte completamente o registo, transformando-o numa saga de ficção-científica, com base em viagens temporais e num confronto espacio-temporal geracional, pelo controle e salvação do planeta.

Lançamento: Os Miseráveis II

Levoir/RTP

10/10/2022

Juventude

Surpresa, dúvida e confirmação



As palavras acima, descrevem os sentimentos que muitos poderão sentir perante Juventude, o mais recente livro de Marco Mendes.
Passo à explicação, já a seguir.

09/10/2022

Tango #6 (de 6)


Integral e fim



Num momento editorial estimulante, em que já se tornou comum a edição integral de séries, certamente poucos se terão apercebido que os 6 volumes de Tango demoraram apenas 13 meses a serem editados (Agosto 2021/Setembro 2022). Não sei se será um recorde para edições de livraria, mas que merece ser sublinhado, sem dúvida.

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