Integral e fim
Num momento editorial estimulante, em que já se tornou comum a edição integral de séries, certamente poucos se terão apercebido que os 6 volumes de Tango demoraram apenas 13 meses a serem editados (Agosto 2021/Setembro 2022). Não sei se será um recorde para edições de livraria, mas que merece ser sublinhado, sem dúvida.
E mesmo que, eventualmente, os autores possam regressar ao seu herói - é isso que Tango é - até prova em contrário a série está fechada e O rio das três fronteiras é inegavelmente o final de ciclo que levou Tango e Mário a viajarem por paisagens exóticas e a América do Sul, divididos entre uma existência tranquila e a fuga/busca de problemas.
América do Sul onde Manz e Xavier colocaram o ponto final, na tripla fronteira maldita entre a Argentina, o Paraguai e o Brasil, uma terra de ninguém, sem lei nem ordem, onde os protagonistas são chamados para ajudarem um amigo e descobrirem que afinal alguém mais estava à sua espera nas sombras.
Tempo de acertar velhas contas para Tango, encerrando definitivamente o capítulo das pendências, numa série bem ritmada, com predominância dos momentos de acção, alguns momentos dramáticos e um desenho competente potenciado pelas belas cores que o servem e que os cenários propiciam.
A faltar, num momento em que as novidades aos quadradinhos se atropelam, fica uma leitura integral de seguida, para avaliar se todas as pontas são atadas e se a coerência que a leitura sincopada mostrou, se confirma nesse novo olhar.
Tango
#6
O
rio das três fronteiras
Matz
(argumento)
Philippe
Xavier (desenho)
Gradiva
Portugal,
Setembro
de 2021
233
x 313 mm, 56 p., cor, capa dura
18,00
€
(imagens disponibilizadas pela Gradiva; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
Muito bom. Serie imprescindível para os rapazes como eu que leram Bruno Brazil no Tintin das décadas de 70 e 80 do século passado.
ResponderEliminarExcelente série, que é com pena que vejo terminar! Muito boa!
ResponderEliminar5 estrelas!!!
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