É
sempre fascinante saber o que os heróis julgam
que a bondade é
Não
fui confirmar mas quase de certeza que já escrevi a propósito desta
colecção - e a declaração é extensível a outras... - que a
maior ou menor empatia que temos com o (super-)herói que protagoniza
cada volume, torna mais interessantes ou menos aliciantes estas
narrativas curtas.
Já
o escrevi por aqui alguma vez, com certeza: um dos grandes prazeres
da leitura é pegar num livro sem expectativas - ou pior, com as
piores delas... - e ser surpreendido. Foi o que aconteceu com esta
obra que aplica o 'conceito' Preto,
branco & sangue aos
Marvel
Zombies, de
forma muito bem conseguida e para lá do expectável.
Nunca
fui leitor Marvel regular durante o tempo em que poderia ter sido
agarrado pelo género, a adolescência e juventude; nessa
época fiz apenas leituras esparsas de super-heróis e só
mais
tarde, por uma questão de conhecimento geral de banda desenhada,
procurei suprir essa minha lacuna.
Ao
contrário da maioria dos leitores, sou mais um seguidor de
argumentistas do que de desenhadores, mas isso não me isenta de uma
ou outra surpresa menos agradável. Foi
o caso desta abordagem de Jason Aaron ao Justiceiro, partindo de uma
premissa que me fez desde logo arrepiar: a ressurreição da sua
esposa pelo Tentáculo, para fazer de Castle o seu assassino de
serviço, forçando o conceito de que cada homem tem o seu preço.