Ao
contrário da maioria dos leitores, sou mais um seguidor de
argumentistas do que de desenhadores, mas isso não me isenta de uma
ou outra surpresa menos agradável. Foi
o caso desta abordagem de Jason Aaron ao Justiceiro, partindo de uma
premissa que me fez desde logo arrepiar: a ressurreição da sua
esposa pelo Tentáculo, para fazer de Castle o seu assassino de
serviço, forçando o conceito de que cada homem tem o seu preço.
Depois
de Caim e Abel, Jason Aaron e r. m. Guéra voltam à história
bíblica, para nos falar de “...quando os filhos de Deus se
uniram às filhas dos homens e delas tiveram filhos…” A
espera foi longa - demasiada, até - mas valeu indubitavelmente a
pena, como tento explicar já a seguir.
Por
mais que prometa a mim mesmo não o fazer, volta e meia ‘caio na
armadilha’ das super-sagas Marvel e dou por mim mergulhado em mais
um evento
que promete mudar tudo, para no fim tudo ficar igual. Talvez seja
essa a essência da magia dos super-heróis: a certeza de
que,
aconteça
o que acontecer,
são imutáveis e eternos.
Volto
a afirmar: não sou - nunca fui - fã de super-heróis - embora os
leia desde a adolescência. Por razões várias, sou ainda menos fã
de Thor.
No
entanto, tendo acompanhado de forma (ir)regular o (longo) período de
Jason Aaron, desfrutei nele de boas histórias de Thor. Corrijo:
desfrutei nele de boas histórias. Ponto. Como
este final épico. Em grande.