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25/10/2024

A Bibliotecária de Auschwitz

A importância da memória


Há momentos da História que convém não deixar cair me esquecimento.
O que os nazis fizeram aos judeus durante a II Guerra Mundial, é um desses casos e livros como esta adaptação em banda desenhada do romance A bibliotecária de Auschwitz, de António Iturbe, são muito importantes para que as gerações mais novas tenham noção de certos acontecimentos - mesmo que incompleta e parcial porque seria impossível descrever numa obra para os mais novos toda a brutalidade, crueldade e bestialidade que foi empregue nos campos de concentração.

16/10/2024

A educação física

Pedacinhos



A educação física - mais uma aposta da Iguana na criação nacional - é um é um conjunto de retratos soltos de pessoas dos nossos dias, um retrato tristonho e até sombrio, sobre amizades, relações e a busca pela felicidade. Um conjunto de pedacinhos de vidas tangenciais, apanhados aqui e ali, de gente que quer viver mas que não sabe como, que só consegue sobreviver.

24/09/2024

O Segredo dos Mártires

Segredos escondidos com rabo de fora



Dentro da aposta continuada que a Penguin Random House, através do selo Iguana, tem vindo a fazer recentemente em autores portugueses de BD [e de cartoon], O Segredo dos Mártires é o primeiro a abordar uma narrativa de base histórica, com uma premissa que me agradou: revelar desde logo o final - um final...? - mas sendo capaz de mesmo assim surpreender o leitor.

29/07/2024

Erva

Um documentário trágico e chocante


Num mercado que continua a dar sinais de crescimento e diversificação, a presença da coreana Keum Suk Gendry-Kim já começa a ser natural; depois de no ano passado nos terem sido propostos Alexandra Kim (Levoir) e A espera (Iguana), agora, esta última editora sugere Erva, mais uma história real, sobre as adolescentes e mulheres que foram utilizadas pelos japoneses como escravas sexuais durante a II Guerra Mundial.

28/05/2024

Nas suas mãos

Lutadora e visionária antes do tempo




Nas suas mãos, edição muito recente da Iguana, é a biografia de Suzanne Noël (1978-1954), a primeira mulher a praticar cirurgia estética e uma lutadora pela emancipação feminina.

22/02/2024

Tempo

...
ou o que f(i)azemos dele



Há livros com títulos longos e desafiadores - e como eu gosto desse tipo de título… - e há outros que nos dizem de imediato ao que vamos, embora sem retirar o prazer da descoberta.
Tempo, de Jorge Pinto, Evandro Renan e Talita Nozomi obviamente entra na segunda categoria.

12/12/2023

A Espera

Olhar para um outro mundo



A Espera, oportuna edição recente da Iguana, é um relato biográfico em que a autora, a coreana Keum Suk Gendry-Kim, nos conta a vida da mãe antes, durante e depois da separação das duas Coreias, após a II Guerra Mundial e a divisão do mundo em dois blocos.
Obviamente, porque parte da narrativa decorre no tempo presente, há em A Espera também uma componente autobiográfica, numa exposição contida, e de alguma forma catártica, da autora, que se utiliza para realçar o momento actual da mãe e a sua relação nem sempre fácil com ela, como reflexo de tudo o que sofreu no momento da divisão da península coreana.

15/11/2023

Mau género/génio

Sem isenção


Quando estamos perante temáticas polémicas ou fracturantes, tentar separar o seu interesse/sucesso/impacto do mediatismo que inevitavelmente provocam ou da abordagem a questões de moda é sempre complicado e a leitura isenta também - para um ou outro lado, consoante o posicionamento do leitor perante os temas.
Mau género/génio - título imensamente feliz da tradução portuguesa, face ao duplo sentido do original Mauvais genre - é um exemplo do que acabo de escrever.

Lançamento: A espera

Penguin Random House/Iguana

24/10/2023

Mulher Vida Liberdade

Pelo direito ao cabelo ao vento


Acabado de editar em Portugal pela Iguana, acompanhando o lançamento a nível internacional, um ano após a morte da iraniana Mahsa Amini, espancada pela polícia local por não estar a utilizar correctamente o véu, Mulher Vida Liberdade ganha uma nova actualidade devido à recente atribuição do Prémio Nobel da Paz à activista iraniana de direitos humanos Narges Mhoammadi.

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