As Águias de Roma VI-VII

E de repente...

E de repente, ao sexto álbum, Marini cala aqueles que o acusavam de ser um argumentista medíocre: As Águias de Roma ganham em consistência, a leitura rápida que arrastava o leitor ao ritmo de cavalgadas e combates torna-se mais lenta, mas também mais consistente e os leitores ficam indecisos.

Ganharam em conteúdo, perderam um pouco - pouco, mesmo - em termos gráficos mas, em contrapartida, não sabem por quantos mais volumes o desenhador italiano - a quem agora, com propriedade e sentido também se pode chamar argumentista - vai prolongar a sua saga romano-germânica.

Entre vitórias e derrotas, sempre em combates épicos que Marini faz desfilar com mestria perante os nossos olhos, que brilham de deslumbramento quando as vinhetas se juntam e explodem em grandes formatos, o confronto entre Ermanamer, cada vez mais desejoso de ser rei, talvez até imperador dos bárbaros a quem os romanos chamam germânicos, e Falco, guiado apenas pelo desejo de vingança, parece incontornável e cada vez mais próximo...

...embora próximo seja um conceito a que Marini conseguiu apôr uma variabilidade e uma imprevisibilidade que tornam demasiado arriscadas quaisquer apostas.

As Águias de Roma VI e VII
Marini
ASA
Portugal, 2024/2025
235 x 310 mm, 88 + 84 p., cor, capa dura
16,50 €

(imagens disponibilizadas pela ASA; clicar nesta ligação para ver mais pranchas ou nas aqui reproduzidas para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar nos textos a cor diferente para saber mais sobre os temas destacados)