30/11/2020

O imortal Hulk #1

De todas as formas, cores, feitios...




Se há muitos anos há algo imutável no Universo Marvel, é a absoluta mutabilidade dos seus pressupostos e mesmo da essência das suas personagens.

O Hulk, é um dos exemplos - paradigmáticos? - pois já foi de (quase) todas as cores, formas, feitios e personalidades...

28/11/2020

A propósito de ex-libris...


A reboque do texto O passo seguinte e dos ex-libris recentemente propostos em Portugal nos álbuns Lucky Luke muda de sela (edição A Seita) e Shangai Dreams (co-edição Arte de Autor/A Seita) - de que já só restam pouquíssimos exemplares - recordo outros ex-libris ou prints especiais associados a algumas edições nacionais.

27/11/2020

Alice

Idade adulta

Descobri cedo o trabalho do Luís Louro - e, na altura, do Tó Zé Simões, parceiro imprescindível para esse arranque e o que se viria a seguir - salvo erro no Mundo de Aventuras. Entre histórias curtas aqui e ali, lembro-me da publicação no fanzine espanhol Camello (?) de Jim del Monaco a cores, quando o preto e branco das edições nacionais só ganhava cor na (nossa) imaginação dos leitores.

Desfeita a parceria, O Corvo marcou a estreia do Luís a solo, mas foi Alice que assinalou a sua entrada na idade adulta, como autor.

26/11/2020

O passo seguinte

Não fosse a sua exígua dimensão, e teríamos mais razões para estarmos satisfeitos com o mercado português de banda desenhada. Mas temo-las, mesmo assim, num momento em que aqui e ali há indicações de que ele já está a dar o passo seguinte.

25/11/2020

Tex #600

Dar consistência


Um aspecto evidente no trabalho editorial de Tex nos últimos anos, é o objectivo de dar à série uma consistência histórica, ordenando uma 'cronologia' que até então era praticamente inexistente. Por um lado.

Por outro, há uma óbvia opção por recuperar personagens que de alguma forma foram marcantes pelo tempo de uma história - ou pouco mais - apelando à memória e à nostalgia dos leitores mais antigos - e conseguindo assim, quem sabe, recuperar alguns que com o tempo se foram perdendo.

É o acontece neste significativo - pela marca alcançada - Tex #600 - #700, em Itália.

24/11/2020

Bruno Brazil: Black Program 2

A caminho da grande aventura


Aquilo que poderemos chamar 'grande aventura' - muita acção, adrenalina, situações impossíveis, volte-faces inesperados... - era, sem dúvida uma das imagens de marca de Greg e o melhor elogio que se pode fazer a este regresso (também mediático) de Bruno Brazil é que o grande argumentista belga certamente não se importaria de assinar este díptico.

O que não significa que o trabalho de Bollée (mais) e Aymond (menos) seja perfeito, mas tudo parece indicar que está no bom caminho. Tal como o trabalho editorial da Gradiva.

23/11/2020

Miles Morales Homem-Aranha #1

Ingenuidade



Tenho ideia que já o escrevi por aqui, mas não é demais relembrá-lo. Porque sim.

O que me atrai em Miles Morales, é (re)encontrar nele muito do Peter Parker original.

Este Direto do Brooklyn confirma-o mais uma vez, atenuada - mas presente - a questão mediática associada à cor da sua pele, que potenciou a sua criação.

19/11/2020

Spaghetti Bros #1

Negro e mordaz





Lançamento (ainda) recente da Arte de Autor, Spaghetti Bros compila uma série de histórias curtas sobre as vivências dos irmãos Centobucchi, de origem italiana como o nome indica, que no seu todo funcionam como uma crónica desencantada da América dos anos 1930.

18/11/2020

Os Vingadores #13 + Turma da Mônica Jovem #42 + Quarteto Fantástico: Etern4mente

Mais três

Entre descoberta, surpresa e confirmação - ou até um pouco de tudo, em todas - deixo três referências rápidas a outras tantas publicações da Panini Comics Brasil, distribuídas/a distribuir este mês em (alguns) quiosques e bancas portuguesas.

17/11/2020

Le Scorpion #13 + Assassination Classroom #16 + A viagem mais longa

Três, de uma vez

Por vezes as leituras não motivam grandes reflexões, mas há pequenos apontamentos de leitura - ou não - que ficam pendentes, mas podiam influenciar decisões.

Hoje, deixo três notas curtas, referentes a tantas outras edições, para tentar obviar aquela questão.

16/11/2020

1984

Angústia



Retomo aqui a introdução que escrevi há dias a propósito do volume Tom Sawyer, da colecção Clássicos da Literatura em BD: "Continuo a defender que uma boa adaptação em BD de uma obra literária - o que me interessa no caso presente - depende de três pontos fulcrais: a fidelidade ao original, a sua autonomia no novo género narrativo e o conhecimento prévio que o leitor tem - ou não - do original."

E confesso, agora, que a princípio custou-me aplicar este princípio, porque o terceiro ponto me pareceu errado. Até perceber porquê.

13/11/2020

Colecção Pré-História #1


A meio caminho





Algures no ano de 1977, surgia nos quiosques portuguesas mais uma revista de banda desenhada - então ainda histórias aos quadradinhos. Tinha por título Colecção Pré-História e publicava dois heróis franceses: Rahan e Kronos.

12/11/2020

Tom Sawyer

Adaptar





Continuo a defender que uma boa adaptação em BD de uma obra literária - o que me interessa no caso presente - depende de três pontos fulcrais: a fidelidade ao original, a sua autonomia no novo género narrativo e o conhecimento prévio que o leitor tem - ou não - do original.

11/11/2020

A Velha Guarda #1 Abrir fogo

Através dos tempos





Uma boa ideia base nem sempre garante uma boa banda desenhada. Desta vez, à originalidade do princípio correspondeu um desenvolvimento sólido e o resultado é uma boa leitura pontuada pela acção e a aventura

10/11/2020

O Defunto Logan #1: Pecados do Pai

Fim de ciclo




Compilação da mini-série Dead Man Logan (2019) e sequência da revista O Velho Logan, anteriormente distribuída em Portugal pela Panini, esto é o segmento final de um longo arco narrativo que (de certa forma) teve como ponto de partida o (muito aconselhável) O Velho Logan.

09/11/2020

Lançamentos: Panini Brasil Novembro 2020

   
Mudança de paradigma?

Previsivelmente, deverão chegar durante esta semana a (alguns) quiosques e bancas nacionais, as edições brasileiras da Marvel e da Turma da Mônica que, mensalmente, são trazidas para o nosso país pela Panini. Com uma mudança sensível, no que toca aos super-heróis: em lugar de uns poucos títulos mensais, teremos uma dezena de edições compiladas.

A mudança de paradigma parece, assim, evidente.

A vida é bela, se não desistires

De outro tempo




Originalmente publicada em 1996, descoberta pelos portugueses aquando da passagem do autor, Seth, pelo Salão Internacional de BD do Porto, com edição lusa que chegou a ser anunciada há algumas décadas, A vida é bela, se não desistires é uma obra de outro tempo. Por tudo o que fica escrito e também pelas razões que a seguir descobrirão.

05/11/2020

O Raio "U"

A meio caminho


Publicado em 1943, nas páginas da revista Bravo, O Raio U é a obra de estreia de Edgar P. Jacobs como autor completo de BD.

Com um sabor ingénuo e nostálgico, pode ser caracterizada como uma obra a 'meio caminho'.

A meio caminho entre duas obras que de alguma forma balizaram o percurso de Jacobs.

03/11/2020

Paper Girls #4

Baralhar...




Volto ao mesmo. Há séries que prendem, viciam, obrigam a seguir volume após volume. Não são as mesmas para todos, não são - seriam? - as mesmas para cada um, em todos os momentos.

Paper Girls é um dos meus vícios do momento...

02/11/2020

La Espada Salvaje de Conan #3

Consistência



Na continuidade da minha descoberta de La Espada Salvaje de Conan (The Savage Sword of Conan) desta vez o realce é para o aparecimento de narrativas longas - mais de 50 pranchas - que permitem outro desenvolvimento de situações e personagens e uma maior consistência.

E, nos dois casos concretos incluídos neste volume, possuem dois momentos muito especiais - na minha óptica - na cronologia do bárbaro.