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23/07/2012

Fábulas #1 - Lendas no Exílio












Bill Willingham (argumento)
Lan Medina (desenho)
Panini Comics (Brasil, Junho de 2012)
170 x 260 mm, 132 p., cor, brochada
R$ 18,90




A propósito da recente redição do primeiro tomo desta magnífica série pela Panini, no Brasil – onde já estão editados mais 10 tomos -  recordo aqui o texto “Fábulas?”, que escrevi a propósito da edição portuguesa da Devir, em 2004, que, infelizmente, (já não está disponível?) e ficou sem continuação.


Eu podia começar assim: “A nossa história principia numa bela manhã de Sol, num luxuoso condomínio privado em Nova Iorque, onde vivem Branca de Neve, a D. Bela, o Sr. Monstro, o Lorde Barba Azul, o Lobo Mau e um sem número de outras personagens que conhecemos dos contos de fadas, ali exiladas desde que foram expulsas dos seus mundos...”
Mas teria que acrescentar: “Personagens que, agora, se debatem com os mesmos problemas que o comum dos mortais: como manter a harmonia conjugal, como pagar as contas ao fim do mês, etc., etc. ... e ainda alguns outros: como manter aparência normal (humana) quando as maldições regressam e assim ocultar a sua existência no meio cosmopolita onde habitam...
Porque é esta a base de Fábulas: Lendas no Exílio (Devir, de Bill Willingham e Lan Medina, que começa com a notícia de que Rosa Vermelha, a irmã de Branca de Neve, foi assassinada durante uma das suas festas/orgias. Encarrega-se então o Lobo Mau, de descobrir a verdade, numa trama policial bem desenvolvida, de desfecho inesperado como manda a tradição, mas cujo grande trunfo é sem dúvida o que são agora estas personagens que todos bem conhecemos – com quem todos, possivelmente já sonhamos. Quase todas são divorciadas ou em vias disso, o Príncipe Encantado é um oportunista que vive à custa das suas conquistas ocasionais, o Lobo Mau tornou-se detective particular e Branca de Neve tem uma língua viperina difícil de imaginar na tímida jovem que viveu com os sete anões. E todos parecem ter desenvolvido o que de pior há no ser humano, tornando-se uma caricatura cruel do mundo em que vivemos.



(Texto publicado no Jornal de Notícias de 2 de Agosto de 2004)




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