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05/12/2016
Leitura nova: Apocryphus
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26/07/2013
Os Escudos da Lusitânia #0
João
Figueiredo e Adelina Menaia (argumento)
João Raz, Paulo Marques, Ana Saúde, Claudino
Monteiro e João Amaral (desenho)
Verbos
& Letras / Grupo Entropia
Portugal,
Junho de 2013
147 x 205 mm, 24 p., cor, cartonado
6,00 €
Este é um projecto (bem?) mais ambicioso do que
o seu aspecto – edição de pequeno formato, com poucas páginas e, apesar da cor, modesta - leva a
pensar.
Novo projecto da BD portuguesa, na sequência das
diversas iniciativas que o Grupo Entropia tem levado a cabo, esta revista “Os
Escudos da Lusitânia” é por isso uma surpresa ao mesmo tempo que deixa um sabor
amargo na boca.
Um projecto destes merecia artes mais cuidadas e
equilibradas, ou seja autores com mais maturidade, domónio da anatomia, da planificação e da aplicação da cor, uma dimensão maior que facilitasse a leitura e, acima de tudo,
justificava uma periodicidade mais curta – ou em alternativa uma edição mais
volumosa - sem o que se arrisca a perder-se na voragem do tempo.
(E eu sei que os autores estão certamente a
trabalhar pelo amor à arte e que este não passa de um projecto paralelo às suas
existências, que não lhes traz o vil metal nem lhes assegura a subsistência,
apenas os satisfaz do ponto de vista criativo, pelo que certamente este foi/é o
único modelo viável…) Esperemos que o tempo que vai passar entre esta edição e
a próxima, possa contribuir para o crescimento gráfico dos desenhadores
envolvidos.
Porque, na verdade, “Os Escudos da Lusitânia” tem
todo o aspecto de ser um projecto estruturado, com uma base que parece estável,
e, apesar de alguma inexperiência (?), aparenta ter (boas) pernas para andar, pela
forma como nestas (muito) curtas 24 páginas se multiplicam os protagonistas e
os registos, unidos pela ideia base e pelo cenário comum: a Leikitânea (ou
Lusitânia), um território místico, onde “magia e seres fantásticos” são vulgares,
invadido por “demónios e seus lacaios” a quem vão fazer frente “os seus heróis.
Homens. Elfos e Anões. Guerreiros destemidos, capazes de dar a vida para
defender os seus povos”, no qual somos (desta forma) desafiados a
aventurarmo-nos.
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